Eloisa entrou no quarto de Elisa, notando o clima tenso que pairava no ar. O silêncio era palpável, e os olhares de Oliver e Antonella estavam carregados de conflitos e perguntas. Oliver estava de pé próximo a porta, com os olhos fixos em Antonella, que estava de pé ao lado da cama, com a cabeça baixa e as mãos tremendo enquanto segurava seu caderno. Eloisa sentiu uma pontada de nervosismo ao notar a tensão no ar. Ela tentou quebrar o silêncio se colocando entre os dois. — Que cara de enterro são essas? Quem morreu?— perguntou, tentando soar alegre e descontraída. Mas Oliver e Antonella não responderam. Eles apenas continuaram a se olhar, com os olhos cheios perdidos um no outro. Eloisa sentiu uma onda de ciúme e possessividade. Ela se aproximou de Oliver e se agarrar no seu pescoço, com uma das mãos colocou o braço dele em torno da sua cintura, olhando para Antonella com um olhar de desafio.— Vocês estão brigando? Se tiver eu saio e deixo vocês terminarem.— provocou sutilmente. An

Anos se passaram desde o beijo entre Antonella e Collor. Muito havia mudado desde então. Antonella, com a ajuda de Collor, havia conseguido uma bolsa para fazer medicina em uma das melhores universidades do país. Ela seguiu determinada a seguir seus sonhos e se tornar uma médica. Depois do beijo, Antonella e Collor começaram a namorar. No começo, ela ficou com receio. Antonella não o amava, ela só queria se sentir importante para alguém. A carência era quase sua inimiga depois de ter perdido todos que amava. Collor sabia que demoraria para seus sentimentos por ele se tornassem reais, então fazia todo o possível para conquista-la e fazia com prazer. Pouco a pouco, eles se tornaram inseparáveis. Seus sentimentos que tanto havia guardado só para Oliver começaram a surgir em Collor. Seu carinho e sua dedicação fizeram com que ela deixasse o amor que sentia por Oliver em um lugar adormecido e distante em seu coração. A relação entre Antonella e Collor era cheias de amor, cumplicidade

Oliver começou a suar frio, parecia que cada vez mais ele estava se sentindo sufocado. O ar na sala parecia ter se tornado mais denso, e ele não conseguia respirar. Ele se levantou rapidamente em silêncio, tentando não chamar a atenção de ninguém, e foi em direção ao banheiro. Oliver entrou no banheiro e fechou a porta atrás de si, sentindo-se como se estivesse preso em uma armadilha sem saída. O ar estava pesado e sufocante, e ele podia sentir o peso da sua própria frustração. Ele se apoiou na pia, tentando se recompor, mas não conseguia parar de pensar em Antonella e no que ele havia perdido. Seu olhar vagueou pelo banheiro, mas logo se fixou no espelho em frente a ele. Ele olhou para si mesmo e viu um homem derrotado, um homem que havia perdido a chance de estar com a pessoa que amava. Seu rosto estava pálido e tenso, e seus olhos estavam carregados de tristeza. Ele estava bem em só saber de Antonella por algum comentário de Collor e pela Elisa, vê-la pessoalmente, sentir seu ch

Na sala, Antonella abria o presente de aniversário de Oliver, seu coração batendo mais rápido com a expectativa. Ela pegou o presente com um pouco de hesitação, seu olhar distante e seus pensamentos conflitantes. Seus olhos encontraram os de Oliver, e por um momento, eles se perderam em um olhar silencioso, cheio de significado. Oliver sorriu levemente, seu olhar fixo nos olhos de Antonella. — Espero que goste — disse ele, sua voz baixa e suave, cheia de emoção. Antonella sentiu seu rosto esquentar, seu coração batendo mais forte. Ela sorriu timidamente, sentindo-se como se estivesse flutuando em um sonho. Com mãos trêmulas, ela abriu a caixinha de veludo, cuidadosamente para não estragar o laço. Quando ela viu a pulseira, seu olhar se arregalou de surpresa. Ela levou as mãos à boca, abafando seu estado de surpresa. A pulseira era linda, uma obra de arte feita de brilhantes rosa e um delicado pingente com a letra A, cheio de pedrinhas delicadas e brilhantes. — É lindo, Oliver

Antonella e Collor estavam sentados no sofá, em silêncio, eles pareciam estar tentando compreender tudo que aconteceu ali. O apartamento estava uma bagunça, com taças espalhadas por todos os lugares, uma mancha de vinho no sofá onde Eloisa derramou, o resto de sobremesa ainda em cima da mesa, mas o que incomodava Antonella era o comentário que Eloisa insinuou sobre o desejo de Collor em ser pai. A frase ecoava na mente de Antonella como um eco persistente, fazendo-a questionar o que estava acontecendo. Ela olhou para Collor, que estava sentado ao seu lado, com os olhos fixos no chão. Ele parecia estar perdido em seus próprios pensamentos, e Antonella não sabia como abordar o assunto. O silêncio entre eles era pesado e desconfortável, e Antonella sentia que precisava quebrá-lo. Ela abriu a boca para falar, mas as palavras não saíram. Em vez disso, ela apenas olhou para Collor, esperando que ele dissesse algo, qualquer coisa, para aliviar a tensão que estava crescendo entre eles.