— Otávio! — Mônica ficou aflita, se recusando a ir embora, até o tratamento mudou. — Você não admite? Acha que pode simplesmente mudar os fatos? O Daniel é da família Barbosa! Basta fazer um exame, e a lei vai reconhecer isso por você!Ademir abriu a porta e viu Mônica gritando com o avô.Ele imediatamente se aproximou, a segurando e a puxando para fora:— Que lugar você acha que é esse? Quem te deu permissão para fazer escândalo aqui? Saia agora!Ao ver Ademir pela primeira vez, Mônica ficou atônita.— Você é o Ademir? Você e o Daniel estão realmente...Ademir não queria ouvir mais nada:— Se você não sair, vou chamar alguém para te tirar daqui!— Você se atreve?— Veja se eu não me atrevo. Enzo, venha!A porta se abriu, e Enzo entrou com outras pessoas.Mônica ficou paralisada e disse:— Muito bem, você é bom! Espere só!— Ótimo, eu espero! — Ademir soltou o pulso dela com força e empurrou Mônica para fora. — Aqui é a Cidade J, com suas artimanhas, quero ver o que você pode fazer!Co

Ainda assim, ele disse ao Daniel:— Vá embora! Caso contrário, não me culpe por ser indelicado. Você está em uma cadeira de rodas, eu nem preciso fazer força para acabar com você.Atrás dele, Daniel ficou em silêncio por um momento e então disse:— Tudo bem, eu vou embora.Finalmente, ele se foi...Ademir fechou os olhos com pesar, apoiando a mão na lápide com tanta força que parecia que queria quebrar os dedos.— Mãe. Desculpe. — Esse pedido de desculpas era por ter culpado sua mãe no passado...Ademir culpou sua mãe, questionando o que a teria levado a abandonar seu filho pequeno e não querer mais viver neste mundo.Agora ele entendia.“Passar pela vida que minha mãe teve só poderia a levar a desejar a morte. A família e as pessoas próximas, todos a machucaram! Naquele tempo, como deve ter sido doloroso para minha mãe? Eu, sendo apenas seu filho, já não conseguia aceitar, imagine ela? Então, minha mãe sucumbiu. Ela me abandonou, mas antes de tudo, ela era ela mesma, vivendo sem esper

Esse não era o propósito da vida delas.Ademir disse isso enquanto acariciava a cabeça de Joyce:— Nossa pequena princesa também não precisa aprender essas coisas. Você é o tesouro do papai e será bem cuidada. — Então, ele olhou para Joyce com um olhar preocupado de pai. — Joyce, se lembre, nunca procure um homem que precise que você cuide dele.Isso não era um homem de verdade.Como Joyce poderia entender essas coisas?Ela apenas sorriu para o pai e assentiu seriamente:— Certo! Quero encontrar um marido como o papai, igual ao que a mamãe tem!Ao ouvir isso, os dois se entreolharam e, em seguida, desviaram o olhar.Eles já estavam separados.Joyce talvez não entendesse o que significava estar separado.— Tudo bem.— Tudo bem.Ademir apontou para Joyce:— Karina, leve a Joyce para brincar. A cozinha está uma bagunça, e se ela se machucar, não será bom.— Está bem.Karina levou Joyce para a sala de estar, ligou a televisão e colocou no programa favorito da menina.Depois, lhe serviu um

Lá fora, ainda estava chovendo, e estava muito frio.Karina subiu as escadas com Joyce nos braços, a colocou na cama e, de repente, se lembrou de que Ademir havia deixado o casaco para trás.Ela desceu rapidamente, pegou o casaco e correu para fora da casa.No entanto, o carro de Ademir já não estava mais lá; ele tinha ido embora.Ela tocou o bolso e percebeu que tinha esquecido o celular.Karina correu de volta para dentro, encontrou o celular na sala de estar e discou o número de Ademir.Mas ninguém atendeu...Ademir viu o nome piscando na tela do celular e se sentiu mal, mas não atendeu.Se atendesse, temia que algumas coisas escapassem de sua boca, coisas que Karina não esperava ouvir.Já era suficiente.O encontro daquela noite já tinha sido suficiente.Continuar significaria machucar Karina.Karina segurou o celular, esperando por um longo tempo."Ele não atendeu? Sim, ele não atendeu."Ela se sentou no sofá, desapontada, sem saber o que pensar...Depois de um tempo, de repente,

— Então é assim...Essa foi uma maneira muito educada e cavalheiresca de falar.— Sr. Ademir, por favor, se sente, vamos começar.— Certo.Essa conversa durou uma hora.O projeto do Departamento de Construção Urbana era extenso.Se Ademir assumisse, seria um trabalho que duraria muitos anos.Os interesses em jogo eram significativos.Naturalmente, havia muitos concorrentes.O Grupo Barbosa tinha vantagens, mas até a confirmação, qualquer imprevisto poderia ocorrer.— Sr. Ademir. — Mário ouviu tudo e, pelo que parecia, estava bastante satisfeito. — Vou ficar com os documentos por enquanto, e depois de uma análise completa, entraremos em contato.Não era só a empresa deles que estava competindo por esse projeto, então Mário precisava avaliar tudo antes de discutir com o pessoal do Departamento de Construção Urbana.Ademir entendeu:— Certo, vou aguardar notícias. Se houver algum problema, pode me contatar a qualquer momento.— Sem problemas.— Ótimo.Mário acompanhou Ademir até a porta e