— Chegamos. — Ademir permaneceu sentado. — Minha perna não está muito bem, mesmo que estivesse, acho que você não precisa de ajuda. Pode descer sozinha.— Obrigado, estou indo. — Karina se virou, abriu a porta do carro e saiu.Observando suas costas, Ademir não abaixou a janela do carro.— Sr. Ademir? — Após esperar um momento, quando já não podia mais a vê, o motorista falou cautelosamente. — Vamos?— Vamos. — Ademir desviou o olhar, refletiu por um instante e pegou o celular.— Irmão, encontre alguém para seguir a Karina. Quero saber tudo o que ela faz, aonde vai e com quem se encontra.— Certo, irmão.À noite.Patrícia chegou à Mansão da família Costa.Ela olhou ao redor e comentou:— Este lugar é realmente muito bom.Ela e Karina eram colegas desde a escola primária, então Patrícia já havia visitado a Mansão da família Costa antes.No entanto, depois que a mansão mudou de dona, ela passou a ir menos.— Claro. — Karina lhe serviu uma xícara de café. — Esta casa foi escolhida pela mi

Não havia muito o que perguntar.A saúde da mãe de Patrícia sempre foi frágil, e nos últimos dois anos a família Santos passou por muitas dificuldades, mas as coisas estavam melhorando...Paulo deu um tapinha na mão da irmã:— Ela já está sendo atendida, vai ficar tudo bem.— Familiares, por favor, venham aqui para saber mais sobre a situação!— Estou indo!Patrícia estudou medicina, então era natural que ela entendesse melhor.— Dra. Patrícia, é sua mãe, não é? — O médico a reconheceu. — Que bom, você pode preencher os formulários.— Claro.O processo de resgate e atendimento foi muito demorado.Finalmente, o médico saiu da sala de emergência.Ele tirou a máscara e explicou a Patrícia:— A situação não é muito boa, sua mãe está estável por enquanto, mas precisa de cirurgia o mais rápido possível, de preferência dentro de 24 horas.Patrícia não entendia por que não agendaram a cirurgia imediatamente.— É o seguinte... — Disse o médico. — Atualmente, no país, apenas o Dr. Felipe pode re

O coração de Patrícia estava aquecido.Ela tentou controlar suas emoções, mas não conseguiu segurar as lágrimas que começaram a cair.Filipe ficou surpreso.— Por que está chorando de novo? — Ele perguntou, ansioso, enquanto enxugava as lágrimas dela. — Eu fiz tudo isso para te deixar tranquila, justamente para que você não chorasse!Vendo que Patrícia não conseguia parar de chorar, Filipe ficou sem saber o que fazer.— Tudo bem, chore o quanto quiser. — Ele a abraçou suavemente. — Ficou assustada? Não tenha medo.Filipe falou essas palavras em seu ouvido, como se estivesse acalmando uma criança.Patrícia escondeu o rosto em seu peito, se aproximando ainda mais.Naquele momento, Filipe ficou paralisado, sem saber como reagir.Apesar de se conhecerem há tanto tempo, essa foi a atitude mais íntima que Patrícia já teve com ele.Embora ele já a tivesse beijado, a sensação agora era completamente diferente.Filipe sorriu, desejando que o tempo passasse mais devagar enquanto ela estava em se

— Tudo bem.Ruben olhou para Filipe, querendo falar, mas não disse nada.Filipe tomou a iniciativa:— Não se preocupe, tio, eu vou levar a Patrícia de volta.— Certo. — Ruben assentiu, agora que sua esposa estava segura, sua maior preocupação era a saúde da filha. — Obrigado, Sr. Pinto.Depois de se despedir do pai e do irmão, Patrícia voltou para a Rua Alameda.No carro de Filipe, logo chegaram à casa de Patrícia.Filipe a acompanhou até a porta do apartamento, que se abriu.Patrícia se virou para ele e convidou Filipe:— Você quer entrar e descansar um pouco?Os olhos de Filipe brilharam instantaneamente, e ele perguntou:— Posso?— Claro. — Patrícia sorriu. — Entre.O apartamento era pequeno, mas estava limpo e organizado.Filipe já havia visitado o antigo apartamento dela e olhou ao redor:— Parece mais bonito que o anterior.Patrícia lhe serviu um copo de água:— Você deve achar um apartamento assim bem comum.— Não. — Filipe pegou a água e balançou a cabeça. — Eu acho ótimo.Fili

Túlio assentiu.— Isso é bom. — Karina disse, sorrindo. — Sentir algo é bom. Por exemplo, pessoas que não se exercitam ficam cansadas quando começam a correr, mas com o tempo, deixam de se sentir cansadas.Ela se levantou, estendeu a mão para ele e disse:— Aperte minha mão com força, não tenha medo de me machucar.Túlio sabia que ela estava brincando com ele.Com a força que ele tinha agora, como poderia machucar ela?Ele sorriu para ela e tentou apertar sua mão devagar.Ela continuou incentivando Túlio:— Vamos lá.Júlia entrou pela porta e, ao ver a cena, lágrimas começaram a escorrer lentamente.Desde que seu filho acordou, ela também fazia essas atividades com ele todos os dias, mas somente quando Karina estava presente ele sorria.De fato, o médico estava certo: um bom estado emocional era crucial para a recuperação.Júlia se aproximou, colocou frutas na mesa e disse:— Vamos, coma um pouco de fruta.— Obrigada.Karina olhou e viu que, além da bandeja de frutas, havia uma tigela