Mariana não sabia o que fazer com ele e, fechando os olhos, disse:— Rápido!Lucas estendeu os braços e a abraçou com força.O ambiente ao redor parecia ter ficado em silêncio, não se ouvindo nada além dos próprios corações batendo.Ou talvez, o coração do outro.— Mariana… — Lucas sussurrou em seu ouvido. — Me dá uma chance, tudo o que você quiser, tudo o que eu tiver, até minha vida.Mariana o empurrou.— Para que quero sua vida…Lucas não a soltou.— Se um dia eu te fizer ficar brava, você pode pegar uma faca e me matar!— Então eu também teria que pagar com minha vida! — Mariana respondeu. — Não era só um abraço? Solta!— Ok.Lucas, percebendo que estava indo longe demais, soltou ela, mas seus olhos, carregados de paixão, pareciam quase tangíveis, como se pudessem se esticar até ela.Mariana não teve coragem de olhar em seus olhos. Ela abriu a porta e o empurrou para fora:— Vai embora!— Então amanhã de manhã eu volto. — Lucas segurou a porta para ela não fechar. — O que você quer

Mariana ficou em silêncio.Lúcia continuou:— Com as suas qualidades, você pode escolher qualquer homem, por que se apegar a ele? Se ele te deixou uma vez, pode te deixar de novo. Homens não valorizam o que conquistam facilmente. Na cabeça dele, você vale o quê? Ele bate a mão e você volta. Não é uma vergonha?— Eu não me acho uma vítima. Se as minhas escolhas forem influenciadas pela opinião dos outros, aí, sim, seria uma vergonha.— Você está é se fazendo de forte. Olha a mãe do Lucas, que até hoje não perdoa o pai dele. Mas o pai dele, o que faz? Fica lá esperando ela voltar. E você, que perdoou ele tão facilmente… Vou te dizer, esse tipo de homem não vai te valorizar.— Então, eu deveria te agradecer pelo conselho?— O que estou dizendo faz sentido, não faz? Você já não percebeu como homem é? Já foi machucada e ainda não percebeu?Mariana olhou para Lúcia com a expressão séria.— Posso te fazer uma pergunta? — Mariana perguntou de repente.Lúcia olhou para ela com os olhos endurece

— Já morreu? — Perguntou Lucas, com a voz tensa.— Não. — Respondeu à pessoa no celular. — Mas ele perdeu muito sangue. Aqui, as condições médicas são insuficientes, e o banco de sangue não tem o tipo dele.Lucas perguntou se ele tinha morrido, mas ainda não estava tão fora de si a ponto de tentar matar ele.Lucas perguntou: — Que tipo de sangue ele tem, que o banco de sangue não tem?— O médico aqui disse ser sangue raro. Se não transferirem ele, com certeza ele vai morrer.— Sangue raro? — Lucas se levantou de um salto. — Tem certeza?— Tenho, o médico foi quem falou.Lucas disse, com a voz firme: — Encontre alguém, mande um helicóptero o levar para o melhor hospital, não deixe ele morrer!Após desligar o celular, o coração de Lucas estava acelerado.Ele sentia que essa situação estava estranha!A família Oliveira nunca teve sangue raro!Imediatamente, ele ligou para Afonso: — Você sabe qual é o tipo sanguíneo da mãe do Felipe?Afonso, surpreso por o filho ter ligado para ele, ficou

Ela olhou nos olhos de Lucas enquanto falava:— Talvez o tipo de amor e casamento que você deseja, eu não possa te dar. Talvez, se ficarmos juntos, você se decepcione.Lucas, desesperado, segurou a mão dela:— O motivo de você pensar assim é porque eu te machuquei. Entendo isso, e apoio o que você decidir. Você não precisa se preocupar com nada, basta estar aqui, que vou até você.— Você já pensou que isso vai ser muito cansativo?Lucas respondeu:— Eu sei. Eu não espero que você ainda tenha sentimentos intensos por mim, mas, Mariana, se você me der uma chance, já serei muito grato. Só de estarmos juntos, já estarei feliz.— Então… posso não te amar mais, você consegue aceitar isso?Mariana viu a luta e a dor nos olhos dele.Ela abaixou o olhar:— Não foi minha intenção dizer isso, eu só… desde que saí de lá, nunca mais pensei que fosse ter amor novamente. Parece que o amor se tornou algo dispensável, não uma necessidade. Você entende?— Eu entendo. — Lucas disse. — Talvez, isso seja u

— Vou dar um jeito, vou pedir pelo Lucas para você. Eu já entendi, o Lucas não gosta de mim, de que adianta eu fazer qualquer coisa?— Nem pense nisso! — Pedro ficou furioso. — Se você desistir, acredita que vou contar tudo?— Pode contar! — Gisela também se irritou. — Aquele assunto lá atrás foi você quem planejou! Se eu fiz algo de errado, no máximo fui cúmplice, mas você é o verdadeiro culpado!— Agora você quer se livrar da responsabilidade? — Pedro riu com desdém. — Eu te forcei a fazer isso naquela época?— Você não tem mais escolha. — Gisela disse. — No pior cenário, a gente quebra tudo, no máximo, eu deixo de ser a salvadora do Lucas, mas ele não vai me cobrar por isso. E você, o que vai fazer?Pedro mordeu os dentes:— Nós ainda temos uma chance, só precisa dar tudo o que tem…— E acabar como você? Passando o resto da vida na cadeia? — Gisela respondeu. — Estou feliz com a minha vida agora.— E eu? — Pedro gritou. — E o que eu faço?Gisela era a última esperança de Pedro, ele