Na empresa, por mais cansado que estivesse, Lucas ainda conseguia dormir três ou quatro horas seguidas.Agora, no entanto, com a mente completamente vazia e o corpo exausto, ele simplesmente não conseguia pregar os olhos.Nos dias anteriores, Lucas forçava-se a pensar apenas em trabalho. Afinal, estava na empresa, onde o ambiente o favorecia.Mas agora, na casa antiga, no quarto dos dois, na cama que eles compartilharam tantas noites, Lucas não pôde evitar pensar em Mariana.Ou melhor, a saudade que ele vinha reprimindo nos últimos dias parecia uma enchente rompendo uma barragem.Avassaladora.Esmagando-o sem piedade.Por fim, ele esmagou a caixa de cigarros nas mãos e se jogou na cama. Seus olhos fixaram-se no teto, vazios, assim permanecendo até o amanhecer.O fio que o mantinha sustentado finalmente cedeu.E ele não conseguiu mais voltar atrás.A saudade, como uma maré crescente, começou a sufocá-lo.Ao amanhecer, pegou o celular.Quando falou, sua voz estava tão rígida que parecia
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