Manuel, relutante, soltou Rosana e, visivelmente insatisfeito, resmungou:— Agora você está com uma coragem tremenda, trazendo qualquer um para casa sem me avisar.Rosana, irritada, retrucou:— Você nunca aparece em casa e ainda me impede de trazer alguém? Além do mais, não estou trazendo nenhum homem!Manuel, como se fosse uma punição, apertou a cintura de Rosana com força, e seus olhos semicerrados brilhavam com uma luz ameaçadora, enquanto dizia:— Você ousaria trazer um homem?Nesse momento, Otília, que estava dentro de casa, gritou:— Tio Manuel, você voltou? Tio Manuel, oi!Otília era uma criança muito extrovertida; qualquer pessoa que conversasse com ela por três minutos logo se tornava sua amiga.Manuel estava prestes a beijar Rosana, mas o grito de Otília o fez perder o interesse.Apanhando o momento, Manuel rapidamente disse:— Oi, Otília. Vai logo tomar banho e dormir, está bem?Otília, ainda do lado de dentro, respondeu:— Tio Manuel, você nunca deixa a minha madrinha entra
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