Após a saída de Nataly do meu escritório, bebi uma dose de whisky, nunca fui de beber logo cedo, mas o meu embate com ela sempre me deixa nervoso. Gian, ao me ver com a bebida na mão, me lança um olhar de interrogação — Bebida logo pela manhã, não deveria estar tomando café? — Gian adora me infernizar com as suas perguntas. — Nataly esteve aqui, veio me culpar por Lyon se apaixonar pela sua amiga e segundo ela, fui eu que tramei tudo isso dele se apaixonar pela amiga dela, e eu sou o culpado. Já viu, Gian? Eu sou culpado de tudo. — Uau, que história legal! — Gian fala. — Legal porque não é você que leva a culpa de tudo, vou logo avisando, se tiver muito trabalho não conte comigo. — Falo nervoso. — Já reparou que você e Nataly estão entrelaçados? Quanto mais vocês tentam se afastar, mais o destino junta vocês, um ímã sempre puxando os dois. — Tenho essa sensação às vezes, mas é melhor irmos trabalhar. Cadê papai, já chegou? — Pergunto tomando a minha bebida. — Seu pai não

Acordei sem saber realmente onde estava, passo a mão nos cabelos, vi a minha arma sobre o criado mudo e lembrei que estou no apartamento da Nataly. O que eu fiz?! Bebi demais, se ela quisesse ter me matado ontem teria conseguido. Um homem como eu não pode andar assim, inconsequentemente. Lavei o meu rosto e daria tudo para não ter que olhar para Nataly depois do vexame de ontem, estou com vergonha, preciso acabar com essa loucura hoje. Ao sair do quarto, vejo Nataly despercebida arrumando a mesa do café e ela ao me ver, fala comigo. Pela primeira vez, pedi desculpas a ela por vir acordar ela de madrugada e mais uma vez menti para ela ao dizer que não senti ciúmes dela e pus a culpa na bebida. Prometi não a perseguir mais e Nataly, calma, só responde com uma simples frase,“ tá bem”. Saí por aquela porta um pouco desnorteado, não querendo imaginar coisas. Balanço a cabeça em negativa, procuro o meu celular, vejo estar descarregado. — Droga! — Falo. E o porteiro se aproxima de m

Desde que conheci Nataly, perdi completamente a razão, faço e falo coisas sem pensar, virei um completo sem noção e fui atrás dela novamente em um dos momentos em que jurei deixá-la seguir, sinto falta dela. Eu estava lá parado na sua porta na esperança que ela dissesse que uma só palavra minha, bastaria para ela voltar pra mim. Mas não foi bem assim, inocência minha, pensar que Nataly me receberia com flores após tudo o que falei e fiz com ela, mas notei que Nataly estava diferente era como se ela tivesse nojo de mim, não sei explicar, a mesma passou mal com a minha aproximação. Eu não vou, me perdoa se Nataly estiver gostando de outra pessoa, só pode ser isso para ela sentir nojo de mim, não é possível que um mês foi o suficiente para Nataly me esquecer. Completamente frustrado, voltei para a casa, quero estar nesse casamento do Lyon, preciso saber quem estará lá com Nataly. Cheguei em casa, troco de roupa, deitei na minha cama e fico a lembrar de Nataly, tive ela nas minhas mãos

Ficar longe de Nataly não está sendo fácil, principalmente quando sei que tem algo acontecendo com ela e não sei exatamente o que é, Nataly está diferente. Apaixonada por outro alguém não é, ninguém além de Lisa, entra no seu apartamento, ela não sai para nenhum lugar. Com a minha cabeça cheia de loucuras, imagino que Nataly ama outro alguém em segredo e por isso quer ir embora. Mas não vai, não vou deixar ela ir. — Nataly, Nataly. — Falo sozinho. — Não sabia que conversa sozinho, percebo uma inquietação em você. — Gian fala. — Rasguei a passagem da Nataly para ela não ir embora. — Para quem não ama Nataly, estou achando você um desesperado. — Gian fala rindo. — Estou desesperado mesmo, assumo! Ela me perdoou, mas não voltou para mim. — Medo e insegurança, é isso o que ela tem, você sabe o que fazer, vai ao casamento amanhã? — Gian pergunta. — Não posso deixar de ir, Nataly estará presente. Gian espera-me e saímos juntos da empresa, fui para a casa, amanhã terei um dia

Saber que vou ser pai me renovou, eu não sei ao certo explicar, só sei que estou feliz e como é bom matar a saudade que eu estava de Nataly, como é louca a sensação de poder tocar e decifrar cada parte do seu corpo maravilhoso, e só meu. Sinto-me o homem mais sortudo do mundo e privilegiado de ter sido o único a me perder nas curvas do seu belo corpo, onde perco todos os meus sentidos. Onde chego, falo para todos que vou ser pai e na empresa não foi diferente. A primeira pessoa que vejo é Gian na minha frente, o abracei e ele sem saber o que está acontecendo, somente retribui o abraço e me olha estranho. — Nunca te vi assim, o que tanto comemora? Vejo um brilho diferente no seu olhar. — Vou ser pai — Falo silabando. — Isso é sério? Meus parabéns! É verdade mesmo, você e Nataly juntos? — Gian abraça- me. — Sim, trouxe Nataly de volta com um belo presente. — Romero, estou muito feliz, meu amigo, por você se dar uma chance, de verdade, estou muito feliz por você. — Estou fel