Depois de mais algumas horas o segundo grupo voltava para Londres, Adam foi guiando o carro ao lado de Morgan, Pietra foi deitada no peito de Argos, dormiu a maior parte da viagem.Assim que chegaram Dayse apareceu na porta, saiu e abraçou Adam, ele a beijou suavemente, disse algo em seu ouvido que a fez sorrir.Danilo se levantou e desceu movido pelo barulho da chegada, ele viu o sorriso de Dayse, sabia que o amor entre os dois era verdadeiro. Ele se aproximou de Adam e Dayse entrou.— Foi isso, não foi? — Perguntou Danilo.— O que?— Foi isso que minha cunhada viu e agora está com medo de você. — Não era uma pergunta, Danilo tinha certeza.— Sim, tenho um galpão em minhas terras, ela não pode entrar lá, mas meu irmão disse para ela ir lá, ele sabia o que eu estava fazendo, agora Dayse acha que sou um monstro. — Respondeu Adam.— Vou falar com ela... Você provou sua lealdade hoje, é o mínimo que posso fazer. — Disse Danilo.Argos pegou Pietra que ainda dormia e a levou para o

Já haviam se passado quatro meses, Pietra estava discutindo com o avô no telefone, ele ligava quase todos os dias para a neta e despejava sua fúria por ser contrariado por ela. Neste dia, Carlos estava acompanhando a conversa.— Você quer me matar, né Pietra? Só pode ser isso, estou lhe dando uma ordem, e vai me obedecer!— Não vovô, eu faço o que eu quiser da minha vida, eu não cresci nessa merda toda, não pedi por isso, então vou viver como eu quero! Minha mãe nunca ligou, meu pai e meu padrasto estão mortos, não vai ser o senhor a mandar em mim.— Carlos, chama o seu soldado! Essa menina me tira do sério. — Leonel bufava na ligação.— Senhor Blink, meu filho já foi chamá-lo.Argos entrou com Danilo.— Queria me ver Carlos...? — Disse Argos.— Quem vai falar sou eu! É a primeira vez que nos falamos soldado e logo seremos da mesma família.Argos engoliu seco e olhou para Pietra.— Se casará com a minha neta, após o casamento vem morar comigo, deixa seu posto de soldado para

No outro dia, Danilo e Violeta passaram na loja, queriam agradecer a moça que salvou Violeta.Eles chegaram e ela estava no balcão mexendo no celular, não era uma loja muito movimentada, as peças eram caras e com certeza poucos ali poderiam pagar.— Olá lindo casal, no que posso ser útil? — A atendente perguntou sorridente, pensou que talvez Danilo aceitasse sua proposta ou pelo menos estariam ali para compras que lhe renderiam uma boa comissão.— Viemos apenas agradecer, você salvou a minha vida... — Disse Violeta.— Ah... Eu sou salva-vidas na praia nas horas vagas, por isso tenho acesso a ela quando eu quiser, sou treinada para esse tipo de situação, não precisa agradecer...— De qualquer jeito muito obrigado. — Completou Danilo.Eles iam saindo quando a moça o chamou.— Pensou na minha proposta? — Ela disse mordendo o lábio.— Nem cogitei! — Danilo respondeu. — Mas te convido para um jantar, pense nisso como uma recompensa, o que acha?— Tá, eu preferiria nós três em uma

No dia seguinte eles embarcaram no cruzeiro, não precisaram acordar muito cedo, porque já estavam próximos. A experiência era nova para os dois, nunca tinham viajado despreocupados ou feito um passeio assim. Argos desde de cedo tinha a sua vida voltada para a Máfia, estava em um posto que não podia descansar, Pietra apesar de crescer longe da organização precisava ser o mais discreta possível, levava uma vida simples e independente.Eles se acomodaram na cabine e logo saíram, o navio tinha muito a aproveitar.Eles passaram a manhã na piscina, Argos gostava de nadar e Pietra de tomar sol, eles tomaram drinks e namoravam. A tarde comeram no restaurante italiano escolhido por Pietra, tinham várias opções de menu, mas o restaurante italiano era o mais próximo do que eles já conheciam em termos de comida. Se aventuraram com frutos do mar, na verdade apenas Argos comeu, Pietra não podia devido a gestação e de noite iriam para o cassino.Pietra estava com um vestido longo preto, tinha uma

Argos estava na cozinha, estava preparando uma bandeja com frutas e pães, ele nunca teve medo de colocar a mão na massa, ainda mais se era por Pietra. As empregadas o olhavam com malícia, ele estava sem camisa, e era um colírio para os olhos. Elas não eram tão jovens, mas ele também não, pode-se dizer que tinham quase a mesma idade.Leonel levantou cedo como sempre, depois de uma certa idade, o velho não dormia muito, se deitava tarde e acordava com o nascer do sol. Ele passou pela sala de jantar com a sua bengala, viu a mesa já posta, e um café mexido, alguém esteve ali antes dele. Ele foi até a cozinha e viu as empregadas observando Argos.— Ao invez de ficarem olhando, deveriam ver o que ele quer e fazer vocês mesmas! — A voz rouca da idade ainda causava medo, era o respeito de anos naquela posição.— Desculpe-me! — Disseram juntas.— O senhor precisa que façamos o que? — Perguntou Lind, era a mais nova das empregadas, na casa e de idade, tinha 23 anos, a mesma idade que Pietra.—