- Não compreende o que as pessoas falam? - Perguntou Isabela, irada.Giulia sorriu friamente:- Afinal, quem é que não compreende o que as pessoas falam? - Enquanto falava, agarrou o cabelo de Isabela. - Já te disse para ficar longe da Gabi. Como não entende isso? Precisa mesmo que eu aja para saber o que é melhor para você?Isabela sentiu uma dor aguda ao ser puxada, mas, pensando em Dulce, que ainda estava lá, suportou sem gritar de dor e revidou, agarrando o cabelo de Giulia: - Me solte! Caso contrário, não serei gentil!Mas quem diria que Giulia era louca? Isabela arrastou ela até à beira da estrada: - Se é tão corajosa, me solte e me empurre! Se eu e o bebê morrermos, vamos ver se o Gabi não te mata!Naquele instante, Isabela realmente pensou em empurrá-la.Mas, se lembrando de Dulce ali perto, apenas conseguiu puxar Giulia de volta, afastando ela da beira da estrada.- Giulia, se vai ser mãe, precisa mesmo ser tão louca?- Louca? Claro que estou louca! Quem mandou essa vadia se

Em outro lugar, Gabriel observava Isabela se afastando, sentindo uma dor súbita no peito.Era mais dolorosa do que a ferida sangrando em seu corpo.No entanto, ele não nutria nenhum ressentimento, sentindo apenas que merecia aquilo.- Gabi...Ao ouvir isso, Gabriel levantou a cabeça abruptamente, com os olhos vermelhos como sangue, se assemelhando muito a um Satanás enfurecido, fazendo Giulia estremecer de medo.- Quem te deu permissão para chamar meu nome?Gabriel levantou a mão e agarrou seu pescoço, sua voz fria e sem calor:- Eu te dei tantas chances, por que você simplesmente não as valoriza? - Disse ele, apertando mais forte, fazendo com que Giulia mal conseguisse respirar.Quando Giulia estava prestes a sufocar, Rodrigo chegou correndo por trás, tentando afastar Gabriel.- Senhor, por favor, pare!Gabriel, com os olhos injetados de sangue, desejava matar Giulia naquele momento, segurando seu pescoço sem qualquer intenção de soltar.- Senhor, se ela morrer, não poderemos capturar

Isabela balançou a cabeça sem pensar muito:- Não tem problema.- Na verdade, não me lembro de muita coisa. Só continuo lembrando de que havia algo muito importante no dia do acidente, mas, por mais que tente, não consigo recordar...Imediatamente, Carina ergueu a cabeça e a olhou fixamente:- Fefe, você sabe do que se trata?Ela devia estar se referindo àquela vez em que queria se declarar para o Cláudio... Mas, considerando a situação atual, parecia inapropriado mencionar isso agora.Isabela apertou os lábios e sorriu sem graça:- Também não me lembro, mas ainda há tempo. Pense com calma, não é tarde para falar quando se lembrar.Carina não pareceu suspeitar e assentiu:- Então, vou pensar com calma. - Após um momento, ela lambeu os lábios secos. - Fefe, na verdade, você não precisa ficar aqui comigo. É melhor você levar Dulce de volta.- Acabei de prometer ao seu primo que ficaria com você.- Ele só disse isso, você não precisa levar tão a sério. Além disso... Dulce teve algum probl

Isabela compreendeu claramente o que ele queria dizer, mas optou por não dar atenção.- Gabriel, não estou brincando, minha paciência com Giulia já atingiu o limite. Se Dulce não estivesse lá esta tarde, eu certamente não teria deixado Giulia escapar assim. - Isabela fez uma pausa antes de prosseguir. - Agora que ela está grávida do seu filho, é também sua responsabilidade cuidar dela. Caso contrário, você perderá seu filho mais uma vez. Não diga que não avisei.Ouvindo isso, Gabriel franziu a testa, sentindo uma dor aguda no peito que dificultava sua respiração.Ela ainda o odiava, de fato.Houve um tempo em que ele pensou que poderiam realmente começar tudo de novo.Naquela época, ela lhe pediu explicitamente para aguardar um pouco mais, mas agora...Ele encostou a cabeça no sofá e suspirou profundamente.Queria explicar mais uma vez que não tinha nenhum relacionamento com Giulia, que tudo era um plano de Caio.- Isa. - Ele chamou seu nome suavemente, com uma voz gentil e um tanto de

Carina esboçou um sorriso forçado:- Queria ver se você teria coragem de trair a Fefe.- Trair a Isa? - Pedro a encarou com incredulidade. - Jamais faria isso! Ela é meu porto seguro, como poderia traí-la?- Por causa daquele homem que surgiu outro dia... - Carina, agora mais calma, se levantou e vestiu o casaco que estava ao lado. - Aquele homem é terrível, e você parece estar envolvido com ele de alguma forma. É óbvio que eu ficaria preocupada.Pedro suspirou profundamente ao ouvir isso:- Aquele homem é meu pai biológico. - Disse ele, seus olhos escurecendo enquanto cerrava o punho, socando com força o sofá. - Por isso, tenho que lidar com isso sozinho, não posso envolver a Isa.Depois, se levantou e caminhou para fora:- Não se esqueça do que prometeu, não conte nada à Isa.Carina o observou se afastar em silêncio, mas no fundo já havia tomado uma decisão.Inicialmente, ela havia decidido manter segredo.Mas agora, parecia que não tinha outra opção a não ser falar.Ela pegou o celu