No dia seguinte estou esperando a visita dos meus filhos e do Carlos, estava bem melhor do que me aconteceu na noite anterior, pois para falar a verdade, tudo o que fiz foi me desligar por um segundo do plano terrestre para me colocar em paz com as minhas, minhas preces surtiram efeito e agradeci muito a de cima por ter me dado a oportunidade de conversar com meus pais, mesmo que fosse apenas um sonho, senti muito real, em outros tempos alguém teria me contou uma experiência assim e pra falar a verdade eu não teria acreditado, era incrível demais, mas eu vivi e senti e isso é o que conta.Chegou a hora da visita, a porta do meu quarto se abre, meus filhos vêm vestidos de preto, seus rostos estão tristes e seu brilho empalidece, Camille traz consigo um baú marrom com uma fita dourada, naquele momento eu sabia que eram do meu pai cinzas, isso parte-me completamente o coração, mas ia ficar com a imagem da noite anterior e com a paz e felicidade que senti.As duas se jogam em minha direçã

— Veja bem, se você pudesse fazer as coisas direito, assim que aqueles policiais saíssem, nós sairíamos desta casa, então mexa-se, prepare as coisas das crianças, o básico que vamos tirar daqui. — Christopher não para de apontar a arma, seja para Lúcia, seja para a filha- Para onde vamos? — Lúcia estava louca para que a polícia tivesse entendido seu recado e que a qualquer momento eles entrassem pela porta do jardim e a ajudassem— Não é isso que importa agora, é só se preparar que vamos embora, MEXA-SE! — Christopher a coage para que Lúcia se mexa, ela foge como pode, estava nervosa, consegue ver pelo canto do olho como as sombras de alguns pés passaram pela porta, mas não faz o menor movimento errado para que Christopher não seja notado.De um momento para o outro, ela sente como a porta da cozinha se abre, e dois policiais entram apontando para Christopher, ela pega seu filho nos braços e eles pedem para os policiais não atirarem, ele estava segurando sua filha.— NÃO ATIRE POR FA

A captura de Cristopher tornou-se oficial, ele saiu da casa de Lúcia algemado, seu rosto não mudou, ele continuou parecendo perdido e maníaco, talvez malvado, tudo é que o pesadelo para essas mulheres havia acabado.A Lúcia estava sentada numa ambulância, abraçada aos seus pequeninos, a maçaneta virava um campo de batalha, havia sangue por todo o lado dos polícias feridos e ainda não tinham retirado o polícia morto, ela não queria voltar para aquela casa , outro agente toma seu depoimento, enquanto ela fala tudo o que sabe, desde o primeiro momento em que começou seu relacionamento com Christopher, seus olhos estavam afundados em uma tristeza profunda, ela se sentiu decepcionada, usada e acima de tudo estranha, ela não podia acreditar como o amor da sua vida tinha feito tudo o que ele causou, ele se arrependeu de ser o pai de seus filhos, porque através deles ele teria uma memória indelével para sempre, e não é que ele se arrependeu deles, é que o deixou triste por eles não teria tido

Depois da visita que fiz a Christopher, entendi que não precisava que ele me pedisse perdão para me curar, que ele estava totalmente perturbado e que, para curar toda a dor que sentia, ele só precisava de tempo. passar e se cuidar, colocar tudo no seu devido lugar.Os dias passaram e o dia do julgamento de Christopher se aproximava, estou vestindo um lindo terno, estou arrumando minha peruca, meus filhos não iam comparecer, não deveriam presenciar todas as aberrações que iam ser discutidas naquele julgamento, então eu iria com Carlos, meu fiel e incondicional companheiro." Você está pronto para isso?" - ele me pergunta segurando minha mão— Não sei, mas é uma coisa que não posso negar, precisamos ir, vão condená-lo, vão nos fazer falar e um júri vai dizer quanto tempo de cadeia ele merece." Amanda, a justiça será feita . " Eu olho para ele e sei que ele está certo.Nós dois fomos direto para o julgamento, embora eu estivesse nervoso, o apoio de Carlos foi mais que suficiente, quando

2 anos depois2 anos se passaram desde o meu casamento, embora eu tenha pensado muito nisso, decidimos ter um filho com o Carlos, ele está quase para nascer, tudo é felicidade na minha casa, tudo de ruim tornou-se uma simples lembrança, uma muito ruim, mas o que Ele nunca mais esteve conosco.— Carlos, meu amor, acho que está na hora, sinto muitas dores e não aguento mais com as contrações, preciso que a gente vá ao médico imediatamente — estamos passando os últimos dias da minha gravidez em La mansão , não tínhamos ido trabalhar na empresa porque estávamos esperando a chegada da nossa filha, se o céu tivesse nos presenteado com uma linda menina.— Oh, meu amor, não é verdade! Estou morrendo de nervos não sei como ela vai reagir ao nascimento da Aby, estamos esperando ela há tanto tempo que ela sente que vou desmaiar — essas palavras me fazem rir mas a dor foi tão forte que ao invés disso eu o agarrei e dei um beliscão em seu braço- por favor reaja que não aguento mais a dor, acho qu