A história de nós doisCapítulo 22 – Primeiro dia de trabalhoEdward DaviesÉ incrível como em menos de duas semanas tantas coisas podem mudar. Ao falar isso, não me refiro apenas à minha vida, falo mesmo é para o novo rosto da padaria dos meus pais para o qual estou olhando agora mesmo. O novo nome do estabelecimento brilha em tons neons, juntamente com algumas xícaras de café. O interior também parece ter sido bem repaginado, já que consigo vê-lo bem mais cheio do que antes. Há quadros por toda parte, música tocando, as cadeiras, antes em tom amadeirado, agora possuem um tom preto e mais refinado.A padaria está cheia... É bom vê-la assim, porém, me sinto um tanto mal e não consigo deixar de pensar no porquê isso não acontecia quando meus pais estavam aqui. Balanço minha cabeça a fim de livrar-me dos pensamentos depressivos, caminho pela lateral da padaria arrastando a minha bicicleta até os fundos o estabelecimento, na entrada dos funcionários, onde eu deixo minha bicicleta presa e

A história de nós doisCapítulo 24 – Líder de torcidaElla Williams— Bom dia, amor. — Entro no carro de Chad e recebo um selinho dele que me faz sorrir.— Está linda. — Ele fala e eu sei que se refere à saia do uniforme. Eu ainda não me sinto muito bem com ela, mas Chad gosta e isso é um belo diferencial. Segundo ele, é apenas uma questão de costume. — Obrigada. — Sorrio em resposta e sinto o carro começar a se mover.— Então, já pensou sobre o assunto? Vamos para a casa de praia?— Chad, os meus pais odeiam mentira. — Sou sincera. — Eu não gosto nem de imaginar o que eles são capazes de fazer se descobrem que eu não fui para o acampamento e estava em um lugar totalmente diferente. — Rio nervosa.— Amor, eles não vão descobrir que você não está no acampamento. — Chad garante. — Fazemos isso todo ano. Eu tenho tudo sob controle, gatinha... — Uma de suas mãos está sobre o volante, e a outra recai sobre a minha coxa, apertando o local. — Vai ser divertido, sabe? Sempre é... Praia o d

A história de nós dois Capítulo 25 - Brigas (Parte 2)— Você, arruma logo essa cozinha e deixa a minha filha em paz. — Monique me dá a ordem enquanto puxa a filha firme pelo pulso.Ava nada diz, apenas se vai com a mãe pela porta, como se já tivesse desistido. Afinal, do que adiante lutar contra tamanha ignorância? São em horas como essa que eu vejo que minha família não é tão azarada. Não somos ricos, mas nunca tratamos uns aos outros assim. Sempre houve o respeito, amor e o carinho. Do que adianta eles serem ricos e serem podres? Do que adianta terem tudo e viverem uma vida infernal como essa? É mais forte do que eu, depois de ver tudo isso, eu sinto mesmo é pena de Ava. Uma pessoa tão boa como ela não merecia estar passando por um momento difícil como esse, muito menos ter uma mãe tão ruim como a que ela tem....A tarde passa bem rápido. Não sei se tive essa impressão porque fiz milhares de coisas na cozinha que foi revirada pelo furacão dos meus patrões, ou se ela realmente pas

Capítulo 27 – Primeiro passo (Parte 1) Edward Davies É estranho precisar agir como um fugitivo quando na verdade eu não fiz nada de errado. É mais estranho ainda ter que me esconder de alguém como se eu estivesse fazendo algo de errado. O que houve comigo? Ava equilibra-se na árvore que fica perto da janela do seu quarto e, cuidadosamente, desce por ela para poder sair comigo. Pelo que entendi, Monique não gostou mesmo de mim. Ela quer evitar ao máximo o meu contato com sua filha. Não que ela tenha sido clara quanto a isso me falando, mas eu percebi. Eu percebo muitas coisas em silêncio. Ser observador é uma qualidade, mas às vezes eu considero como um defeito. Monique mal deixa a menina ir à cozinha da padaria buscar algo durante toda a tarde em que eu estou lá trabalhando. Hoje, para completar, brigou com a filha quando viu que chegamos juntos. Seu olhar me fuzila, suas palavras são sempre carregadas de superioridade e grosseria. Ela só não me demitiu ainda, pois eu aposto que n

Capítulo 28 – Um ato de coragemAlguns dias depois...Ella WilliamsOs dias se passaram e eu continuo sem falar com Edward. Todas as suas palavras, seu olhar e suas últimas atitudes, ainda mexem comigo e me deixam extremamente confusa. Eu não fiz nada além do que Chad havia sugerido e... BUM! Fui altamente surpreendida com sua revelação ao mesmo tempo em que fui levada ao fundo do poço. Então é assim? Ele fala que é apaixonado por mim, mas que não sabe nem se é mais o meu amigo? Que espécie de paixão é essa? Que sentimento é esse que ele consegue ignorar enquanto passa os dias agarrado àquela ‘’amiga’’? Como ele consegue passar os dias vivendo sob o mesmo teto que eu sem me dizer um simples ‘’olá’’?Contudo, ao mesmo tempo em que eu tento nutrir um sentimento de ódio no meu peito, eu me pego pensando em todas as atitudes dele para comigo antes do ‘’rompimento’’ da nossa amizade. Havia algo diferente em suas atitudes, em cada olhar, toque, abraço, palavra, em cada gesto mínimo que fos