Aquilo não valeu de nada. As palavras não saiam da minha cabeça, ele havia me enganado! Ele garantiu que ele não existia mais, então por qual motivo ele estava ligando para ele aquele horário? - Quase conseguiu me enganar não é mesmo? Quase conseguiu Matteo! - Do que você está falando? - Disse ele mantendo sua cara de descarado surpreso. - O seu celular tocando na cabeceira, é ela... Você já conseguiu o que queria, me comer era o objetivo! Já pode voltar e rir com ela. - Eu não sei o motivo da ligação, muito menos iria te enganar Assim! Acabamos de dizer que vamos tentar! - Ele me segurou - Isabella olha para mim, eu não tenho nada com essa mulher! Você pode acreditar em mim? me dar esse voto de confiança? - Eu a quero longe! - eu disse cheio de ódio - Você não é o Don não sei das quantas? se livra dela! eu a quero no próximo avião para o raio que a parta! Não quero saber que ela está respirando o mesmo ar que eu nesse país! você entendeu Matteo? é o único jeito do nosso casamen

- O que você pensa que está fazendo Isabella? Você enlouqueceu de vez! - Disse ele ao se sentar na mesa- Eu não quero te entregar querida - Disse Olívia - Mas Matteo, olha quem ela trouxe aqui com ela!Eles olharam todos ao mesmo tempo para Beatrice e após dez segundos ela sumiu da nossa vista. - O que tem? Ela é minha irmã! Eu só pedi ajuda para vir até aqui!- Você não pode confiar nela de jeito nenhum, você simplesmente enlouqueceu!- Não culpa a menina porra, você não contou nada a ela, você deixou ela no escuro e achou que ela ia aceitar isso numa boa? - Disse Olívia olhando dentro dos olhos de Matteo- Você fez não fez? - Disse ele fechando o punho em cima da mesa- Ah, sua pergunta é se eu contei a verdade a ela? Contei metade da verdade! É sua hora de brilhar, ela precisa saber de onde veio e para onde vai, precisa saber sobre a família dela e as intenções de todos! Você não está protegendo a Isabella mentindo para ela o tempo todo ou omitindo coisas sobre a maldita família

O beijo foi intenso, como se todas as palavras não ditas, todos os segredos e medos se dissolvessem naquele instante.Matteo hesitou por um breve momento, como se lutasse ainda contra si mesmo, mas então cedeu finalmente.Me puxou contra ele com uma urgência que tirou completamente o meu fôlego.Quando nos separamos, em meio a todas aquelas revelações sobre a minha vida, o ar estava mais denso, a tensão que havia entre nós a semanas estava nos perseguindo quase como algo que havia se materializado. Ele respirou fundo, segurou o meu rosto entre suas mãos, os olhos verdes queimando com uma mistura de desejo e dor.- Não foi assim que a planejei, não era assim que isso deveria acontecer – murmurou ele com uma voz rouca.- Como deveria ser então? – perguntei com os lábios formigando e o coração explodindo dentro do meu peito.- Eu deveria ter te mantido longe. Deveria ter deixado você viver uma maldita vida normal, mas saber que você iria se casar com Pedro mudou tudo. Eu falhei, deveria

A escuridão era espessa e bem acolhedora, eu acabei caindo no sono, entrelaçada ao colchão confortável e os lençóis de seda. Meu corpo estava afundado, cada músculo finalmente descontraído após aquele dia interminável. A minha mente, apesar de tudo, ainda permanecia pensando em Matteo.A minha respiração estava em um rimo suave, um barco balançando em um mar calmo. Até que algo – um instinto ancestral, um estalo no carpete, o ínfimo rangido de um peso se transferindo, me puxou para a superfície do sono.As minhas pálpebras se abriram ainda pesadas, grudadas pelo cansaço. A penumbra do quarto invadia agressivamente os meus olhos, dançava diante de mim em formas indistintas se confundindo com a sombra dos móveis. Eu afastei dos meus olhos a névoa e então o meu coração parou.A silhueta, alta, larga de ombros, não era um móvel. Era escura, como se dentro do quarto estivesse o próprio diabo em pessoa. Era uma estátua vingativa de mal presságio. O ar saiu dos meus pulmões. Um bloqueio de g