JULIETA A gravidez não estava indo bem comigo, todos os dias eu me sentia mal. As manhãs eram um pesadelo, e ela vivia cansada. Durante a semana, Christian ficou de olho em mim, me contou sobre os problemas que teve com Paulino. A pobrezinha era tão ruim ou pior do que eu. Parecíamos um casal doente, nossa aparência estava pior, nós dois não dormíamos há dias. Aquele estressado por ter que colocar seu tio na cadeia. Mas se adicionarmos a isso o fato de que ele passava suas noites me observando. Hoje era o dia em que Paulino seria feito prisioneiro, poucos de nós sabíamos o que iria acontecer. Estávamos à mesa almoçando em família, tanto cristã quanto minha. Eu mal podia comer uma mordida. Todos estavam normais, exceto aqueles de nós que sabiam o que aconteceria em questão de minutos. Meu pai ficou olhando a hora. Christian estava no mesmo. Quadros. Bem, Marcos estava como nas nuvens pensativo. E o pai de Cristiano não tirou os olhos do irmão. No caso de ele suspeitar de

JulietaFaz uma semana que saí da clínica. Há duas semanas eu acordei do coma.Minha memória estava em branco. Eu me senti confuso e apavorado que três meses da minha vida fossem apagados.Me atormentava não saber de nada. A última coisa de que me lembro é do funeral do vovô.Os médicos dizem que minha memória vai voltar aos poucos. Mas a incerteza de não saber nada está me deixando louco.Meu primo Marcos tem me contado algumas coisas. Ele fala comigo sobre o que aconteceu na leitura do testamento. Explico a mim mesmo que ambos estamos comprometidos desde antes de nascermos.Apenas lhe disse que era uma loucura, que não acreditava nele, que como era possível que, segundo ele, eu tivesse concordado em me casar com um estranho. Mas ele me deixou mais confuso quando me contou como as coisas foram em Roma. Segundo ele, nossos noivos são excelentes pessoas. Que sua namorada se tornou minha amiga durante nossa estada em Roma. Que mesmo parecendo loucura para ele, ele se apaixonou por ela,

JULIETA.Nós dois estávamos sentados no jardim da casa, nenhum de nós disse nada. Mas a atmosfera parecia carregada. Mas não de um jeito ruim, era uma energia de atração. Senti a necessidade de voar sobre ele, era uma vontade de beijá-lo que eu não suportava, não entendia o que estava acontecendo comigo.Christiano me olhava sedutoramente, e em seus olhos pude ver que o mesmo acontecia com ele e comigo.Eu não aguento mais. Eu me levantei e virei as costas para ele.Julieta? - meu nome é Eu me virei e o encarei. Deus que homem lindo estava olhando para mim, eu realmente tinha um relacionamento com esse homem?Caminhei lentamente em direção a ele e parei quando cheguei bem na frente dele. E eu não sei o que aconteceu comigo. Mas eu sentei nele e o beijei.Ele ficou surpreso por alguns segundos, mas então ele me beijou de volta. Foi um beijo carregado de tantas emoções, senti que já conhecia seus lábios e que fazia muito tempo que não os experimentava. Meu coração disparou, quando ele a

JULIETAAcordei com muito frio, com a garganta seca e olhos pesados. Eu lentamente abri meus olhos e olhei para tudo ao meu redor. Eu estava em um hospital ou sala de clínica. Olhei para o quarto novamente, eu estava sozinho, não havia ninguém além de mim.Toquei todo o meu corpo para verificar se estava bem, a única coisa que tinha era uma linha na veia que certamente me fornecia soro.Respire fundo. Minha cabeça doía tremendamente. Novamente. Fechei os olhos com dor e depois os abri. Acabei de perceber que minha memória havia voltado. Lembrei-me de tudo, totalmente de tudo.Deus! Pobre Cristiano pelo que passou — pensei — tenho que vê-lo, procurá-lo e dizer-lhe que já me lembro de tudo.Sentei na cama e tentei sair dela, mas a dor de cabeça não deixava, me desorientava, era tão forte que meus olhos se fecharam sozinhos.Consegui abaixar uma perna, o frio que senti pelos pés descalços, tocando o chão, foi refrescante.Quando abaixei a outra perna, a porta do quarto se abriu, a luz qu

JULIETA Nas nuvens. Me sinto assim. Esses dias com Christiano foram maravilhosos. Estamos aqui há apenas 5 dias e ele me mostrou que realmente me ama. Ele quase nunca me deixa em paz, está sempre procurando uma maneira de me mostrar que está feliz, seja através de uma carícia, um beijo ou simplesmente me dizendo. Evangelina e Marcos são iguais a nós dois. Embora ao contrário deles, saímos do quarto, para passear pelo local ou nadar na piscina. Não como eles que só saem para comer. O fato é que me sinto completo, todos os acontecimentos passados que obscureceram nossa felicidade estão sendo apagados. É como se estar aqui longe de todos nos permitisse apagar magicamente o que aconteceu. Hoje em nosso quinto dia mágico, nos encontramos novamente deitados em uma rede à beira da piscina. Sozinho de novo. Não que não sentíssemos falta dos meninos, mas gostávamos de estar sozinhos. Mesmo sem conversar entre os dois, apenas nos abraçando, nos divertimos. Será que hoje eles não vão nos aco