6. Uma saída

Estávamos completamente encurraladas, e não havia como eu dar uma de super girl, eu olhava para Giselle que estava congelada de medo e não disfarçava, eram vários homens apontando para nós, que só um milagre resolveria nos livrar de uma possível morte.

- Levantem as mãos - ordenou um dos vilões, e eu agia feito uma desobediente como se não ouvisse ele, e ele repetiu mais duas vezes e honestamente eu não tinha opção e nenhuma ideia em mente, então levantei as mãos e lentamente comecei me abaixando e eu sentia cheiro de derrota se aproximando e com certeza não seria a nossa. Uma bomba de fumaça explodiu no nosso meio e eu peguei na Giselle e nos abaixamos, a fumaça começou a fazer efeito e nós não víamos nada, só começamos a ouvir disparos de um lado para o outro e parecia que tinha uma briga feia, até que o efeito começou passando e todos os vilões derrotados no chão, só assim eu pude ver que o nosso salvador do dia foi o Simon.

- Sejam rápidas - disse o Simon, Giselle levantou toda tremula e começou a desencriptar a m*****a porta, eu também levantei e encarei o Simon e ele também me encarou, talvez eu devesse agradecer ele por ter salvo os nossos traseiros, mas ele não fez mais do que a sua obrigação como uma equipa que somos.

- Consegui! - Deu um grito de vitória, e assim que a porta se abriu automaticamente nós vimos varias crianças aí, e todas assustadas, nós entramos.

- L prepara a Van - disse o Simon pelo altifalante - Vamos sair pela traseira.

- Não tenham medo - disse a Giselle se aproximando das crianças.

********** LIZ

Eu corria até a van enquanto que o Gregor me dava cobertura disparando contra os vilões, consegui entrar no carro e de seguida veio o Gregor que levou um tiro que raspou o seu braço, não foi nada grave mas ele deu um grito de dor, eu arranquei o carro e piso fundo no acelerador até chegar na parte de trás da fabrica, desci do carro e abri a porta da de trás da van e eles vinham logo com tantas crianças assustadas, eles se acomodaram e eu voltei ao volante e acelerei nos tirando daí.

************* KATHERINE

Chegamos na academia, acomodamos as crianças num dormitório esperando a noite passar para o dia seguinte levar elas aos seus pais, nos dirigimos ao escritório do Takeshi para prestar informações enquanto o Gregor foi para a enfermaria tratar do seu braço, ficamos todos em fila frente a ele que andava de um lado para o outro.

- Vocês fizeram um óptimo trabalho - disse Takeshi - trabalharam em equipa e o Simon liderou muito bem, estou orgulhoso de vocês.

- Obrigado mestre - Agradeceu o Simon.

- A  todos... meus parabéns - E meninas, fico feliz que não houve brigas, Katherine ... você se comportou bem? - Liz deixou escapar uma gargalhada e o Takeshi concentrou ela que logo se calou.

- Eu não matei ninguém - respondi.

- Eu duvido imenso - disse a Liz bem baixinho.

- Liz você pode se calar por um minuto? - Perguntou o Takeshi - Ou terei de obriga-la?

- Calei - ela respondeu-

Takeshi ficou me concentrando.

- E quem me garante que você não matou ninguém ?

- Eu! - Disse a Giselle - Eu estive com ela ... ela se saiu bem - Takeshi calou por uns segundos e depois disse:

- Me sinto feliz, amanhã eu farei questão de m****r essas crianças para os seus respectivos pais. Vocês estão dispensados!

Nós saímos do escritório, e cada um ia para o seu caminho, Liz e Gregor foram juntos no meio de uma escuridão e aposto que já ia rolar uma transa, não que fosse da minha conta, mas acho meio nojento transar em locais proibidos, Simon entrou para o seu dormitório, e eu segui a Giselle até o pátio, ela andava sozinha e ela se assustou me vendo se aproximando dela.

- Kate - disse a Giselle - que susto - ficamos frente a frente.

- Muito obrigada - agradeci.

- Mas ... porquê? Eu não menti, você não matou ninguém.

- Mas você conseguiu me livrar desse erro. Eu poderia cometer, mas você me impediu que isso acontecesse... então obrigada.

- Olha, essa noite eu pude perceber uma coisa acerca de ti. Tu és linda por fora, mas acredita em mim tu és mais linda por dentro, você precisa se dar uma oportunidade de libertar o amor que existe dentro de você. Todos nós temos um lado ruim, não deixe o seu tomar o controle.

- É difícil sabe? Eu tenho medo que toda fraqueza tome conta de mim novamente.

- O amor não torna ninguém fraco Kate, ele só nos faz enxergar o mundo como ele é. E você ainda tem muito pra dar, e eu posso te ajudar - eu sorri com vontade de chorar e dei um grande abraço nela, e de alguma forma eu me sentia VIVA.

********** LIZ

- Estava ansiosa por este momento - dizia enquanto era beijada pelo Gregor - Eu precisava disso. 

- Eu precisava de ti - disse o Gregor. 

Comecei abrindo zíper de sua calça enquanto era beijada, e ele pegou nas minhas mãos e me encarou.

- Liz eu preciso te dizer uma coisa - ele estava estranho, e seus olhos estavam molhados.

- Qual é, não mata o clima - disse tentando agarrar ele de novo e ele afastou-se. 

- É sério Liz... - ele disse mais sério, e me deixou preocupada, e ao mesmo tempo curiosa.

- Ahhh - respirei fundo - Espero que seja algo útil porque você acabou de matar o clima.

Ele ajeitou a sua T-shirt e o zíper da sua calça e tirou o ar todo para fora.

- Eu acho que estou apaixonado por ti - ele ficou olhando pra mim, e queria que isso não fosse real, ele sabe que o nosso caso jamais poderia chegar a esse extremo.

- Você acha, é normal, até amanhã já passa. Agora vem! - tentei pega-lo.

- Não Liz você não entende, eu estou mesmo apaixonado por ti, eu não quero mais aventuras contigo, eu quero namorar contigo, eu quero fazer parte da tua vida. 

- Você não pode estar sério - revirei os olhos.

- Nunca estive tão sério em toda a minha vida - segurou nas minhas mãos - Liz... aceitas namorar comigo? 

- Não Gregor - soltei - Não! Amor, paixão são distrações humanas, você sabe que o nosso caso sempre foi apenas sexo, e você concordava e agora vens com essa conversa?

- Eu sei mas...

- Nem mais... perdi a vontade de transar contigo - dei de costas e fui andando pensando nessa situação constrangedora pra mim, ele era um bom homem, e eu gostava de estar com ele, mas relacionamentos para mim é uma fraqueza humana. 

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