CAPÍTULO UM

KADE

Completamente nu, andava em direção à cama, onde ela jazia exausta. Era a terceira vez que me procurava, porque dizia que só eu conseguia deixá-la daquele jeito. Jogada sobre a cama, depois de gozar três vezes – nos meus dedos, na minha boca e no meu pau.

Casada, esposa de um magnata do ramo petroleiro, insatisfeita e entediada. As minhas favoritas. Além disso, quarenta anos e muito, muito bonita. Como todas as minhas clientes, aliás.

Eu estava há seis meses no ramo, mas já tinha “fama” suficiente para poder escolher. Elas pagavam bem, porque, modéstia à parte, eu era bom no que fazia.

            E a maioria delas sempre voltava.

            Stella, a mulher ainda ofegante sobre a cama do hotel, já tinha me encontrado duas vezes. Aquela era a terceira. Éramos quase… amigos àquela altura.

            — Querido, você me destruiu desta vez — sua voz saiu soprosa, entrecortada, e eu apenas sorri, enquanto subia novamente na cama, colocando-me ao lado dela, conforme passava o dedo preguiçosamente pelo seio nu e pequeno, ainda firme.

            — Pensei que você tinha me pedido para te pegar com força. Entendi mal?

            Ela deu uma risadinha maliciosa.

            — Não, foi o que eu pedi mesmo. Estou muito estressada. Estamos preparando a galeria para a exposição de um artista francês muito temperamental e que está nos dando muito trabalho.

            — Artistas costumam ser assim. Ou estou enganado?

            — Ah, nem sempre. Já lidei com todo tipo. Este se acha o novo Monet. Ele é bom, mas precisa de um pouco de humildade. — Stella estendeu a mão para a cabeceira, pegando sua bolsa e seu celular, abrindo a tela em uma bela pintura.

            Peguei o aparelho na mão.

            — Impressionismo não é o meu estilo favorito, mas ele é bom, sem dúvidas.

            A mulher sorriu.

            — Ah, Kade… é por isso que eu gosto de você. Não é apenas um deus do sexo, mas também consigo ter uma conversa inteligente. É um homem tão interessante. Por que solteiro ainda?

             — Deus do sexo? — Gargalhando, caí de costas sobre a cama, levando uma mão ao rosto. — Que exagero.

            — Exagero nenhum! — Ela se virou na minha direção, apoiando-se em um cotovelo, imitando-me e passando o dedo pelo meu peitoral. — Você é ridiculamente bonito, gentil, cavalheiro, sabe como enlouquecer uma mulher na cama e ainda consegue manter uma conversa com um nível de intelectualidade que me atrai. Ou seja, você é o pacote completo. Deveria estar mais do que amarrado por uma boa mulher que soubesse te valorizar.

            Fiquei sério subitamente, respirando fundo. Nunca tinha aberto para nenhuma das minhas clientes o motivo de eu estar exercendo aquela profissão, e não iria começar agora, mas gostava de Stella o suficiente para responder alguma coisa.

            — Não é fácil encontrar uma boa mulher que aceite o que eu faço.

            Ela assentiu, ainda me acariciando.

            — Sim, foi um comentário infeliz da minha parte. Eu entendo. Ainda assim… acredito que ninguém pode ficar sozinho. Você vai encontrar alguém.

            Talvez ela estivesse certa, mas a última coisa que eu queria, naquele momento, era romance. Tinha coisas demais para lidar. Não era apenas a minha profissão que repelia mulheres, mas a minha vida, no geral, não havia tempo para mais nada.

            Fiquei mais alguns minutos com Stella, e ela saiu primeiro, deixando-me uma gorjeta bem gorda além do dinheiro que fora transferido para a minha conta.

            Era humilhante, sem dúvidas, mas um meio para um fim.

            Estava de frente para o espelho de corpo inteiro num canto do quarto, preparando-me para sair, quando ouvi meu celular tocando.

            Apressei-me em atender, como sempre fazia, porque poderia ser da minha casa, e eu não queria ignorar. Contudo, encontrei um telefone desconhecido informado na tela.

            Atendi, imaginando que poderia ser outra cliente.

            — Kade Bowers? — uma voz feminina falou do outro lado da linha.

            — Sim, quem fala?

            — Meu nome é Cheryl Bowers, e uma amiga minha me indicou seus serviços.

            Era sempre assim. Tudo começou muito fácil para mim. A proposta veio de uma antiga colega de trabalho que me confessou, pouco depois de eu ser demitido, num período bem complicado da minha vida, que pagava por sexo. Ela me apresentou o site, e eu entrei, sem compromisso, para pesquisar.

            Tudo parecia muito discreto, correto e quase tentador para um cara que tinha um padrão de vida alto e que se viu totalmente sem saída. Fiquei um ano em busca de outra colocação, participando de várias entrevistas, e nada. Meu currículo era bom, eu era formado em comércio exterior, e passei cinco anos como analista em uma boa empresa, com um ótimo salário, até que decidiram que eu não era mais necessário.

            Com minhas economias consegui sobreviver por alguns meses, e estava planejando abrir meu próprio negócio quando, mais uma vez, meu mundo virou de cabeça para baixo.

            Então, recorri à última alternativa.

            Comecei “agenciado” – se é que poderia chamar assim – pelo site, mas minha fama cresceu o suficiente para que minhas próprias clientes me indicassem a outras. No final das contas, foi menos pior do que eu imaginava que seria, e o dinheiro era bom.

            — Oi, Cheryl. O que posso fazer por você? — perguntei com a voz mais sussurrada, sabendo que isso mexia com elas.

            — Por mim, nada. Mas eu tenho uma amiga… — ela ia começar a explicar, mas interrompeu a si mesma. — Olha, a gente pode ter uma conversa pessoalmente? É um pouco complicado…

            Eu dificilmente encontrava minhas clientes previamente e muito menos a céu aberto. Sempre era em motéis ou hotéis, nunca na casa delas e nem na minha. Tinha minhas regras.

            — Desculpa, mas vamos ter que resolver por telefone. Eu…

            — Sr. Bowers, é uma situação bastante inusitada, mas eu estou disposta a pagar uma quantia indecente em dinheiro para que me ajude. É um caso especial. Uma pessoa especial…

            — Cheryl, eu não sei se…

            — Kade — ela mudou o tratamento, provavelmente para tentar uma abordagem mais intimista. — Vou te explicar por alto do que se trata, e se seus instintos altruístas não se comoverem, podemos encerrar esta ligação e você finge que nunca nos falamos. Só me ouça, tudo bem?

            — Tudo bem. — Agora minha curiosidade estava falando mais alto.

            — Eu tenho uma amiga, a Deanna. Ela é a garota mais bonita, gentil e doce que você vai conhecer na sua vida. Só que teve o azar de encontrar um embuste na vida, e ele abusou dela de todas as formas possíveis. Preciso de alguém que faça minha amiga acreditar em si mesma novamente. Que se sinta desejada… Alguém que lhe mostre que nem todos os homens irão machucá-la ou tratá-la mal.

            Respirei fundo, porque, sim, aquele tipo de história mexia comigo. Tive uma cliente que apareceu com uma marca muito suspeita uma vez, e eu consegui incentivá-la a ir à polícia e denunciar o filho da puta do marido. Minha vontade era dar umas belas porradas nele, mas isso tornaria sua situação ainda pior.

            — Tudo bem, Cheryl. Eu vou topar te ouvir melhor e entender o que quer de mim. Mas você poderia enviar uma foto da sua amiga antes de mais nada? — Não que eu fosse um babaca que só liga para aparência, mas se eu iria trabalhar a autoestima da moça, precisava, ao menos, sentir alguma atração real por ela. Não queria que meus olhos mentissem e que ela acabasse ainda mais traumatizada por isso.

            — Claro. Te envio assim que desligarmos. Você se importaria de marcar um encontro comigo hoje ainda? Ao meio-dia, pode ser? Podemos almoçar e…

            — Não. Meio-dia para mim é impossível. Só vou poder depois das duas.

            Cheryl ficou em silêncio do outro lado da linha, até que retornou.

            — Claro. Duas horas está ótimo. Sem problemas — ela parecia ansiosa o suficiente, o que me deixou ainda mais compelido a ajudar, de alguma forma.

            — Tudo bem. Nos vemos!

            Desliguei o telefone, e quase que imediatamente chegou a mensagem de Cheryl. Duas, aliás. Uma dela com uma sugestão de restaurante – um que por acaso eu gostava muito – e outra com uma imagem. A foto da tal Deanna.

            Esperei que abrisse e fui surpreendido quando o arquivo carregou por inteiro. A moça não era apenas bonita. Ela era…

            Porra, ela era linda.

            De uma forma suave, delicada e natural. Cabelos castanhos e lisos caindo até os ombros, com algumas mechas douradas mais claras; olhos castanhos grandes e expressivos, covinha, rosto alvo e meigo… maravilhosa.

            Não que qualquer mulher merecesse passar pelo que ela passou, mas aquela garota dificilmente poderia despertar algo em um homem que não fosse um senso de proteção, ao menos em um primeiro momento. Isso e algo mais, é claro.

            Não seria nem um pouco difícil fazê-la acreditar que era desejada, porque eu, muito provavelmente, iria desejá-la ainda mais quando a visse pessoalmente.

Tentando não pensar muito recolhi minhas coisas e saí do hotel, pegando meu carro e partindo para a parte mais importante do meu dia. Não importava o que eu fazia antes ou depois; não importava o tipo de coisa que eu precisava fazer para garantir que tudo desse certo. Era por ele que eu seria capaz de mover céu e inferno.

            Cheguei na creche, tentando não me intimidar pelo fato de que sempre era o único pai a ir buscar seu bebê, e me esforçando para não perceber que todas aquelas mães me devoravam com os olhos, como se soubessem exatamente o que eu fazia para viver. Mas eu sempre me certificava disso; de nunca escolher uma cliente que pudesse ter qualquer ligação com alguém próximo a mim. A tal Cheryl era uma exceção na minha breve “carreira”.

            Quando meu pequeno Will me foi entregue, o sorriso banguela em seu rosto iluminou meu dia.

            — Ei, amigão! Como foi hoje? Hein? — saudei-o enquanto ele também fazia o mesmo comigo, mas sem palavras, apenas com suas mãozinhas gordinhas tocando meu rosto, cheio de afeição.

            Will tinha quase um ano de idade e chegara na minha vida como um furacão. Fruto de uma relação casual – como muitas das que eu tinha –, sua mãe simplesmente surgira com ele recém-nascido, na minha porta, comigo desempregado, informando que não tinha condições de criar uma criança, sendo modelo. Sua frase que me doeu o coração foi: “Se você não o quiser, podemos dar para adoção.”

            Nunca pensei que Jennifer pudesse ser tão fria, ainda mais em relação a um filho. Porém, as pessoas podem nos surpreender de todas as formas, até as mais cruéis.

            Enquanto carregava meu bebê até o carro, ouvi uma voz feminina me chamando, e ela era familiar. Tratava-se de Monica, uma das mães das crianças – mãe solteira, que vivia tentando me convidar para sair.

            Ela era linda, eu não podia negar, especialmente quando a via como naquele momento, com uma roupa de academia bem colada, os cabelos loiros platinados presos, o bronzeado em dia, e os olhos azuis cheios de maquiagem.

            Uma beleza agressiva, totalmente diferente da mulher que vi no retrato mais cedo.

            Por que diabos aquele rosto não saía da minha cabeça?

            — Ei, Kade! — Enquanto vinha na minha direção, fazia um sinal para a babá ficar de olho em sua menininha. Ela era modelo ou influenciadora digital… qualquer uma dessas coisas que eu não conseguia definir muito bem, e nadava em dinheiro. — Meus pais vão ficar com a Julie na sexta, porque vou a uma festa. Estou sem companhia… se quiser se divertir um pouco e fugir dessa vida de pai atribulado…

            O sorriso dela era mais branco do que uma folha de papel A4, e em qualquer outro momento da minha vida eu ficaria muito tentado em acompanhá-la, tomar alguns drinques, compartilhar alguns toques inocentes, sussurrar algumas palavras sensuais no seu ouvido e convencê-la a terminar a noite na minha cama. Eu costumava gostar do jogo da sedução, mas agora isso não fazia muito mais sentido.

            Não que eu tivesse parado de gostar de fazer sexo por prazer. Claro que não, embora só tivesse acontecido uma vez desde que entrei para o… “negócio”, mas eu andava cansado de coisas casuais. Só que não havia espaço na minha vida para um relacionamento sério também.

            Como disse à minha cliente: que mulher iria aceitar compartilhar seu homem com outra, mesmo que fosse apenas o corpo?

            — Eu não sei se…  — comecei a negar, mas ela era boa nisso.

            — Ah, não, Kade… não começa. Sei muito bem o que vai dizer, porque é o que sempre fala quando te convido para alguma coisa. O Will pode ser deixado com uma babá. Você não amamenta — brincou, e eu acabei sorrindo. Inconscientemente passei a língua pelo lábio inferior, e os olhos dela recaíram sobre minha boca imediatamente. — Vamos comigo. Não quero ir sozinha, porque tem uns caras muito chatos que sempre ficam me assediando.

            Ela não precisava dizer isso. Esta era uma característica que eu não costumava apreciar em uma mulher: tentar colocar ciúme ou me fazer acreditar que ela era muito desejada. Isso era óbvio. Monica era uma beldade. Cheguei a respirar fundo para insistir na minha negação.

            — Tenho certeza que você consegue encontrar alguém para te acompanhar.

            — Claro que sim, mas eu quero você.

            Ela estava sendo mais incisiva do que das outras vezes, então, não me restou alternativa.

            — Ok. Me dá seu telefone, que eu te aviso ainda hoje se vou ou não.

            Trocamos números, e eu finalmente consegui chegar ao meu carro, onde coloquei Will na cadeirinha e partimos para casa. Deixei-o com a babá, que já nos esperava, e lamentei não poder ser eu mesmo a lhe dar o almoço, mas o compromisso me chamava.

            Tomei um banho e me troquei, optando por uma pullôver preta e uma calça jeans nova, um pouco de perfume e um relógio legal. Beijei meu filho ao sair, cumprimentei a babá e nem precisei lhe passar instruções do que fazer, porque ela já trabalhava comigo há uns bons meses e era uma santa, sempre me atendendo nos horários mais inusitados.

            Peguei meu carro e segui para o local combinado.

            Chegando lá, deparei-me com várias mesas cheias de pessoas, mas apenas uma dela continha uma única mulher, solitária. Jovem, atraente, e vestindo uma camiseta rosa, como me informara que seria.

            Aproximei-me, então.

            — Cheryl? — Coloquei-me ao lado dela, de pé.

            Ela lentamente virou a cabeça na minha direção, e seus olhos rapidamente se arregalaram ao me ver.

            — Kade? — Assenti. — Uau… eu… — Ela respirou fundo. — Nossa, minha amiga falou que você era bonito, mas… Meu Deus.

            Aquele tipo de coisa me deixava muito sem graça, mas tentei não demonstrar.

            — Obrigado. Posso me sentar? — Apontei a cadeira em frente a ela.

            — Claro. Fique à vontade.

            Assim que me acomodei, fiz sinal para o garçom, pedindo o cardápio. Cheryl também fez o seu pedido, e nós dois ficamos sozinhos.

            — Bem, vou direto ao assunto. Já te adiantei o caso da Deanna e estou realmente contando com você para ajudar a minha amiga.

            — Olha, eu ouvi a história e realmente fiquei comovido, mas tenho algumas dúvidas.

            — Vá em frente.

            — Como você acha que ela vai se sentir depois que o cara que a tratou como uma princesa e que a fez acreditar que era especial simplesmente desaparecer. Porque você não vai poder pagar meus honorários para o resto da vida. Eu não vou me casar com a sua amiga, com todo o respeito.

            — Estou ciente de tudo isso. Mas a minha ideia é que você invente uma história qualquer desde o início. Que diga que está de saída da cidade, que vai se mudar… Não sei. Seja sincero desde o início… ou melhor… sincero, não, né? Mas você entendeu. — Ela fez uma pausa enquanto eu analisava a situação. — Seja como for, tudo o que eu quero é que Deanna tenha o direito de viver uma relação saudável. Aquele imbecil foi o primeiro e único homem da vida dela, e ele a destruiu. Minha amiga é forte, é uma guerreira, e você jamais dirá, quando a conhecer, o quanto o emocional dela foi abalado, mas eu sei. Fui eu que recolhi os cacos quando ela desmoronou.

            Cheryl estava visivelmente emocionada, e havia lágrimas em seus olhos. Porra, eu não podia ver uma mulher chorando. Isso me afetava profundamente.

            — Entendo. É muito bonito da sua parte se preocupar tanto com ela.

            — Você não tem noção de quem Deanna é. O que já fez por mim. O que já fez por várias pessoas. O coração dela é enorme, e eu não consigo entender por que alguém teria coragem de maltratá-la da forma como foi maltratada.

            Eu mal conhecia a moça, mas só pela raiva com que a amiga se referia ao ex, meu sangue começou a ferver.

            — Ele a agrediu? Fisicamente, quero dizer.

            — Fisicamente, moralmente, emocionalmente. Ele a infernizou e perseguiu, violentou de todas as formas. Então, você pode imaginar que não restou muito dela, e você vai ter que ser muito bom de lábia para conquistá-la. Por isso preciso de um profissional.

            — É uma responsabilidade grande que está jogando nas minhas costas — comentei, sentindo-me apreensivo.

            — Eu vou pagar muito bem. Mais do que você ganharia fazendo seus programas usuais.

            Era um dinheiro que viria bem a calhar, mas tudo naquele trabalho me deixava desconfortável.

            Cheryl pareceu perceber isso, porque rapidamente comentou.

            — Se não for você, será outro. Mas você foi muito bem recomendado. Minha amiga me disse que é culto, inteligente, gentil… Deanna nunca se interessaria por um homem que não pudesse manter uma conversa interessante com ela.

            Algo dentro de mim se remexeu ao pensar que Cheryl poderia contratar algum dos vários caras que conheci dentro da minha própria profissão. Conheci muitos que acabariam magoando a tal Deanna mais ainda. A maioria estava no negócio porque gostava mesmo de sexo – o que não era um problema –, mas não iriam entrar no jogo. Não iriam fazer a moça realmente se sentir especial. Iriam pegar o dinheiro e simplesmente tentar forçar uma barra para levarem a cliente para cama e terminar o trabalho. Especialmente pela aparência de Deanna.

            Foi então que me vi tomando a minha decisão sem nem pensar muito no assunto.

            — Tudo bem, Cheryl. Vamos fechar negócio. Mas eu realmente espero poder ajudar.

            — Tenho certeza que vai. Então… vou te passar algumas informações sobre a Deanna e vamos arrumar o primeiro encontro de vocês.

            Ela parecia empolgada, e eu quase me juntei à animação. Quase.

            Algo dentro de mim dizia que aquilo daria muito, muito errado.

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