Capítulo cinco:

O sol está para se pôr. A maioria dos visitantes já foi embora e os que ficaram se despedem de Aislan e Skoob. A porta da varanda da vizinha está fechada. Aislan lamenta por Luna estar lá trancada com a víbora em forma de gente. Ele não entende como uma pessoa pode ser tão egoísta, furiosa e curiosa também. É muita coincidência ela estar colocando o lixo pra fora bem na hora que ele está para adentrar a casa... Ou não?

— Skoob, eu não consigo entender qual é dessa mulher. Ela demonstra me odiar, mas não perde uma chance para ver o que estou fazendo. Bisbilhoteira e fuxiqueira. Deve estar falando mal de mim nas redes sociais. Ela não sai da frente das telas. Quando não é no notebook é no celular. Ela deve estar com os dedos duros de tanto escrever fofocando sobre mim, mas deixe estar. Eu vou fazer só um teste. Se ela continuar a me vigiar, ela vai ter o que merece... Um presentinho de boas-vindas...

Com o seu plano em mente, Aislan adentra a casa e saí abrindo todas as janelas. A casa está um forno por ter passado, bem dizer, o dia todo fechada. Ele mantém as luzes apagadas só deixando acesa a do banheiro onde toma um banho gelado e demorado. Ao sair do banho ele passeia pelos cômodos, acende as luzes e finge procurar por algo. Como esperado, a vizinha está andando pela casa, falando ao celular e de segundo em segundo olha pela janela de cada cômodo, o observando. Vendo que ela cairia na armadilha, Aislan novamente apaga as luzes de toda a cada com exceção da sala onde ele inicia uma série de exercícios físicos. Não deu outra e a vizinha senta-se no sofá colocando o notebook em seu colo.

— O show vai começar

Como quem não quer nada, Aislan continua a se exercitar, mas em certo momento ele se retira da sala. As luzes dos outros cômodos permanecem apagadas. Na casa ao lado, a vizinha se divide em observar a tela do notebook e a olhar pela janela. Tudo vai bem. Aislan está sem camisa, mas está vestindo uma bermuda branca. Tudo certo. Ele volta para a sala e a levantar os pesos. Skoob está na cama, dormindo, vencido pelo o cansaço. Aislan resolve ligar o som e verifica se a vizinha está a lhe observar... Sim! Ela está!  Disfarçando, mas está. Ele também disfarça e se abaixa. Acho que para soltar os pesos, não? Não! Ele se abaixa e quando se levanta está totalmente nu. A vizinha ainda não percebeu, mas ele insiste e leva uma boneca inflável, o tal presente deixado por Henrique, lembram-se? Até o batente da janela. Ali ele inicia os atos libertinos com a boneca.

A vizinhança está silenciosa. Os quiosques já foram fechados e o único som ouvido é da respiração ofegante e exagerada de Aislan. Claro! Ele quer chamar a atenção e chama. Em instantes a vizinha crava seus olhos na imagem mais horrenda que já vira em sua vida: O vizinho tendo relação com uma boneca horrível, diga-se por passagem. Aislan ainda provoca ao ver que ela está observando e solta palavras hediondas e palavrões obscenos. A primeira reação da vizinha é de fechar as cortinas. Do outro lado, Aislan ri comemorando a vitória e joga a boneca de lado. Sua excitação era tão falsa quanto a boneca. O intuito era apenas de provocar. De certo que ele pensou no grupo de amigas que encontrara pela manhã para o amiguinho poder levantar, mas a sede de vingança falava mais alto do que a libido.

Naquela noite a vizinha se recolheu mais cedo. Ao menos foi o que Aislan imaginou. As luzes foram todas apagadas, as janelas fechadas e nem pelas brechas destas fora vista a iluminação vinda do notebook...

— Bingoooo! Medalha de ouro para o melhor! Troféu unânime do Oscar para o melhor ator protagonista! Eu sou foda! Eu sou um gênio! — gritou ele comemorando.

Enquanto Aislan se joga no sofá vestindo a sua roupa. A vizinha tenta dormir, mas sem sucesso.

Por fim a noite se passa. De um lado a vizinha atribulada por um insistente pesadelo e pelo o outro lado ela se passa relaxante e com o gostinho de vitória onde Aislan comemora...

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo