Outro recomeço

- Isabella Diaz, onde está indo? Saindo sem me avisar, deve ser coisa que não irei gostar!

- Estou indo fazer um estudo de campo, Teodoro Diaz! Vou almoçar com o gerente do banco hoje.

- Nossa, mais que estudo de campo! Eu posso ir no seu lugar, minha querida?

- Ai Marco, você sempre se beneficia nos trabalhos de campo, deixa eu aproveitar que ele se interessou por mim e não por você...

- É, acho que será mais fácil se ela estiver namorando ele, mesmo. Boa ideia, maninha! E a propósito, você está linda, mas se eu descobrir que ele encostou em você, ele será a vítima fatal, entendeu?

- Entendi, Teo. Ele não irá encostar em mim, ele é um cavalheiro.

- Por que trata como se sua irmã fosse de vidro? Acha que ela não sente os mesmos desejos que você?

Teo agarrou Marco pela camisa e o prensou contra a parede.

- Escuta aqui, a irmã é minha! Estou protegendo ela para não se apaixonar, se você gosta de sofrer, o problema é todo seu.

- Se fizer isso de novo comigo eu me apaixono por você...

- Cala boca, Marco!

- Tá meninos, eu estou indo.

- De ônibus?

- Eu sou pobre, lembra? Não posso aparecer de carro lá, ele pode desconfiar.

- Eu levo você até lá perto... Não vou deixar ir de ônibus, é muito perigoso.

- Para quem? Para mim ou para os passageiros?

- Entra no carro, quando quiser vir embora me avisa.

Ela ficou esperando seu futuro pretendente, sentada na escada da praça.

- Desculpa o atraso, senhorita!

- Ai, me chama só de Cris!

- Deixa eu ajudá-la a levantar. O que gosta de comer?

- De preferência algo que não se mexa mais, e esteja cozido ou frito.

- Ah! Bom não pensava em levá-la para comer coisas tão exóticas assim mesmo, gosta de macarrão?

- Sim. Adoro. - Falou ela com muita animação.

- Então, vamos a um lugar onde só servem isso de todas as formas possíveis... E mudando o assunto. Como está seu irmão?

- Ficou com um amigo que consegue controlá-lo, estavam jogando quando saí. Acho que ele tem o mesmo problema do meu irmão, só não é agressivo...

- E você deixa seu irmão com ele?

- Estava brincando. – Disse sorrindo.

- O que eles jogam?

- Playstation. Agora, o jogo eu não faço ideia?

- Play três ou quatro?

Ela parou com um rostinho muito meigo. Olhou para ele e deu um sorriso lindo!

- Não, o um. Não temos como comprar essas coisas... Esse ele ganhou do filho de uma vizinha há muito anos, quando a mamãe trabalhava na casa de uma senhorinha. Logo que lançou o dois. Foi a maior felicidade do meu irmão quando a mamãe chegou com aquilo e entregou para ele.

- Como você conseguiu se formar? Estudar... Deve ser muito difícil!

- Muito mesmo, quando não encontrava alguém para ficar com ele tinha que levá-lo para aula, era bem difícil fazer ele ficar quieto às vezes... Mas eu consegui!

- Você... Nossa, não imagino isso! Que estranho, será que aconteceu alguma coisa? A polícia não costuma fazer tanto alarde assim!

- De onde eu venho era de se estranhar o dia que a polícia não estava rua...

- O que fará durante a tarde?

- Eu tenho que voltar para casa, não posso prender nosso amigo o dia todo, sabe como é, ele tem namorada.

- E você? Tem namorado?

- Eu? Não consigo nem sair de casa, acha que tenho tempo para isso? Mas consegui vir até aqui.

- Posso levá-la em casa?

- Não, acho melhor não. Você com esse carro não ficaria nem cinco minutos dentro dele. Se quiser deixo você me levar até a entrada de onde moro.

Então ela o conduziu para o outro lado da cidade. Depois que desceu, ligou para Teo buscá-la.

- Como foram no trabalho?

- Muito bem, você é sensacional, entendi sua façanha, sua estrategista desalmada, enquanto você cria um álibi almoçando com o gerente do banco, nós fazemos o trabalho...

- O próximo passo já está arquitetado... Deixa comigo!

- Amo sua inteligência, maninha. Queria ser assim como você!

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