Capítulo 1 Parte Final

Os três riram com a gracinha, Lucca e Edu fizeram a mesma careta para me provocar. Eu tinha uns amigos muito idiotas que pegavam muito no meu pé, fiquei feliz com isso que acabei rindo junto com eles.

As aulas como sempre passaram com grande tédio, em algumas matérias eu prestava atenção genuína e em outras eu ficava apenas escrevendo no caderno ou me pegava encarando Kayla que parecia estar de verdade concentrada na aula, até nas mais chatas. Minha raiva inicial por ela logo se dissipou, agora foi tomada pela curiosidade, nunca tinha sentido isso antes, me senti estranho, tentando afastar qualquer sentimento que fosse por ela.

Estávamos na hora do intervalo, eu e os garotos sempre ficávamos nos bancos ao ar livre pelo simples fato de que podíamos ver toda a movimentação da garotada ao redor. Eu e o Lucca observávamos as garotas passarem com seus shorts lindíssimos de ginastica e Erik e Eduardo, fazendo o mesmo com os rapazes.

— Então, qual é a da garota nova? — perguntou Erik olhando para mim com expectativas.

— O que? Eu sei lá, cara! Só sei que ela é ladras de mesas — respondi e cruzei os braços no peito procurando por ela no meio da multidão.

— Ela não está aqui, bobão. Já procurei — contou com divertimento na voz. — Estava mais do que na hora de você esquecer a piranha da sua ex.

— Ei, é a minha irmã de quem você está falando, seu debiloide — retrucou apressado o Lucca, dando um soco no braço do Erik.

— Guarde a raiva aí, Hulk. Sei que é a sua irmã, entretanto há uma diferença de personalidade nas pessoas — começou a se explicar. — Ela é a Mikaella sua irmã, gente fina, maravilhosa, aposto que é linda até. Mas agora tem o lance do bro code cara, tenho que ficar do lado do meu parceiro aqui. Então ela não é a Mikaella sua irmã, ela é a Mikaella destruidoras de corações joviais desamparados e indefesos — contou Erik que me puxou para um abraço, enfiando minha cabeça em seu ombro e batendo em meu rosto. — Pode chorar, amigo. Estamos aqui por você e o paletó não é de camurça, vai fundo, chore!

— Dá para me largar? — pedi me afastando dele com um empurrão. — Eu não vou chorar, não preciso chorar e não sou uma garotinha para chorar. E eu não esqueci ninguém e não estou afim da novata.

— Vemos aqui um triangulo amoroso, senhores — anunciou Eduardo com uma voz de narrador. — Gabe, o atleta popular do colégio se vê apaixonado pela a universitária Mikaella, que depois de quase um mês juntos nas férias de verão, partiu o seu coração indo embora para a Itália. Agora, depois meses depois surge a encantadora Kayla, será que ela aguentará o triangulo amoroso que se envolveu?

— Qual é, até tu Edu?! — me queixei e arremessei uma latinha vazia de refrigerante nele.

— Qual é, digo eu Gabe. Vocês nem ficaram tanto tempo assim, você já ficou com garotas por muito mais tempo que um mês e não ficou igual a Bella Swan em “Lua Nova” como tem ficado agora — respondeu com preocupação. — Você precisa esquecer ela.

Suspirei fundo com aquela conversa e direcionei meu olhar par ao Lucca que também suspirou e encolheu os ombros. Era o único que realmente sabia o que tinha acontecido entre mim e a Mikaella, que ela não estava na Itália e que ela provavelmente nunca mais voltaria, que mesmo assim eu não poderia esquece-la, eu era apaixonado por ela fazia vários anos. Mesmo que ela tivesse partido para eu seguir em frente, não sabia por onde começar e não era tão fácil assim.

— A Mikaella seria o vampiro purpurina nessa situação? — Erik perguntou com humor. Aqueles dois sabiam fazer piada com qualquer desgraça. —Que fashion.

— Sim e a novata seria o lobinho de corpo escultural. Eu pegava aquele cara —comentou Edu que me fez rir.

— Sabe como devia ter terminado aquela saga? — Erik perguntou sem qualquer critério para que alguém respondesse.

— Fala, Erik, como deveria ter terminado? — incentivou Lucca sabendo que ela contaria de qualquer forma.

— O lobinho devia ter chegado na Bella e falado: Bella, você não pode ficar com ele — Erik pegou meu rosto enquanto dizia isso, tentando imitar uma voz mais grossa e sensual do ator.

— Por que não? — entrei no meio da encenação, imitando uma voz de garota tímida.

— Porque eu estou apaixonado, Bella.

— Por mim? — perguntei e pisquei os meus cílios várias vezes.

— Claro que não, sua louca. Pelo Duduzinho — respondeu e largou o meu rosto com um falso empurrão e foi em direção ao Eduardo. — Edward purpurina, eu te amo.

Eu e o Lucca nos segurávamos para não rirmos. Eduardo segurou a bochecha do Erik e os dois se entreolharam.

— Lobinho delicia, eu também te amo. Li seus pensamentos pervertidos e me identifiquei com eles — respondeu Eduardo.

— Me beije, Dudu purpurina — pediu Erik.

Eduardo se inclinou para frente e o beijou. No início pareceu ser um beijo encenado, parte da brincadeira só que rapidamente mudou para a forma carinhosa que eles sempre se beijavam. Provando que os dois estavam apaixonados um pelo outro, aquilo me causou inveja. Não estava com paciência para ver pessoas felizes com seus amores, não enquanto o meu devia estar beijando a boca de um ex-namorado dela em outra galáxia.

Peguei minha mochila e me levantei, deixando os dois se beijando. Mais uma vez senti meu sangue ferver, culpando Mikaella por meu sofrimento, Eduardo tinha razão eu devia esquece-la, ela com certeza já devia ter feito o mesmo.  Fui afastando as pessoas dos corredores, tentando chegar em algum lugar isolado, talvez a quadra coberta que ficava do outro do colégio estivesse vazia.

Em minha mente surgiu a imagem da Mikaella beijando o Troy, os dois rindo e se abraçando felizes, mais feliz do que ela aparentava ser comigo. Balancei a cabeça para aquilo sumir da minha cabeça, mas apenas ficava cada vez mais clara com uma voz surgindo ao fundo, sussurrando em meus ouvidos como uma melodia cansada e envolvente: ela nunca amou você. Você nunca seria como Troy, o verdadeiro amor da vida dela, eles agora estão juntos para sempre, para sempre! Isso ficava se repetindo em meus ouvidos aumentando o volume, ficando cada vez mais alto e claro.

Não aguentei o ciúme que crescia dentro de mim que era misturado com o ódio e acabei dando um soco na parede, depositei toda a minha força no soco que foi tão forte que lasquei a pintura e cortei a minha pele, porém eu não sentia nenhuma dor, apenas alivio. Estava ficando louco por causa dela, estava perdendo a minha mente a cada segundo do dia.

Encostei minha testa na parede, a temperatura fria dela me causou um calafrio e comecei a tomar controle da minha respiração acelerada, fechei os olhos para apagar cada pensamento sobre a Mikaella. Não fazia sentido essa fase da minha vida, não era para ser assim, devíamos ficar juntos eu sabia disso, no fundo da minha alma. Como pode não ter dado certo? Eu ainda não conseguia entender como tudo acabou dando errado, como uma tarde em Paris acabaria comigo no dia seguinte sendo quase morto sem poder dizer a verdade para ela.

Mikaella tinha segredos na qual eu já os sabia, não a apressei, deixei ela ter seu próprio tempo para se adaptar a mim, fui paciente porque quando se ama é isso que fazemos pela pessoa amada, temos paciência com ela. Não fiquei com pressa para ter ela em meus braços, porque tinha a garantia que ficaríamos juntos, entretanto nunca pensei que ficaríamos juntos por tão pouco tempo e que eu seria aquele que teria segredos que não pude contar. Contar porque realmente tudo isso fazia sentido, a minha certeza sobre nós dois.

— Gabe, você está bem? — ouvi a voz do Lucca atrás de mim. Levantei a cabeça exausto, eu estava longe de estar bem. Nós dois estávamos.

— Acho que sou amaldiçoado — contei. Levei minhas mãos para os meus cabelos e puxei para trás, retirando dos meus olhos. — Amaldiçoado a amar quem eu nunca poderei ter.

— Não é assim, Gabriel que isso. A minha irmã te ama, tenho certeza disso. Cada coisa tem o seu tempo, você só precisa ter fé.

— Fé? — repeti com desdém. — Fé exatamente no que? Ela escolheu cair fora e você quer que eu tenha fé em algo que está obvio que foi uma decisão consciente dela? Não cara, eu não posso ter fé.

— Bem, não é culpa dela. Sei que você sente falta dela, cara. Mas ela não teve escolha — Lucca estava calmo, de bem com os fatos ocorridos, aquilo me deixava mais indignado.

— Sim, ela teve uma escolha — respondi contrariado. — E ela escolheu ir embora.

— E o que você queria que ela fizesse? Ficasse com você? Tivesse escolhido você, ficado e foda-se o mundo?

— Sim! É exatamente o que eu queria, Lucca! — falei alterado e alto, fechei minha mão em punho. Sentia agora o sangue pulsar no corte. — Eu queria que ela tivesse me escolhido.

Lucca balançou a cabeça desacreditado no que eu falei, andou em volta e me olhou com seriedade.

— Isso é a coisa mais egoísta e idiota que você já disse — apontou o dedo para mim bravo.

— Eu sei! Você acha que eu não sei?! Eu estou sendo um completo babaca, mas quer saber? Pessoas são babacas quando estão apaixonadas — desabafei. — E mano, eu sou completamente apaixonado pela sua irmã. Eu sou louco por ela.

— Eu sei, Gabe, eu sei. Sinto muito. Mas ela vai voltar, você vai ver — me encorajou e colocou a mão em meu ombro, tentando me reconfortar.

— Não quero que ela volte— abaixei a cabeça, apertando minha mão machucada focando minha frustração na dor física. — Quero que ela nunca tivesse ido.

As duas últimas aulas eram de educação física, o que para nós três era o horário de treino. Eduardo ia para o campo de futebol, enquanto Lucca e eu íamos para a quadra de vôlei, Erik não fazia nenhum esporte, alegando que o suor em sua pele não combinava e o professor não aceitava sua lógica e por conta disso ele corria em todas as aulas. As garotas jogavam handebol, basquete ou qualquer outro esporte que fosse programado para o semestre para os alunos que não participavam de campeonatos como nós. No caso de hoje, a programação foi jogo misto de vôlei, professor resolveu misturar os times, mesclando as garotas com os garotos. Acabou sendo eu e o Eduardo no mesmo time, Lucca e Erik ficando no time adversário, junto com a novata Kayla que não parecia ser do tipo que jogava algum esporte, como algumas das garotas da sala.

O jogo era amador comparado ao que eu estava acostumado a jogar, devíamos fazer a troca de posições para cada um fazer o saque, nós meninos fomos levados a pegar leve na força por conta dos gritos dados pelas garotas que reclamavam que jogávamos muito forte, menos Kayla. Ela jogava com determinação, nós dois começamos a jogar entre nós dois de forma indireta, causando uma pequena disputa.

Aquela garota sabia provocar com divertimento, abria um sorriso convencido e cerrava os olhos para mim. Não era possível ela ganhar, eu jogava há anos, era capitão do time de vôlei da turma e ela era apenas a novata que roubou meu lugar na sala, iria ser divertido ganha-la. Foi o que eu pensei.

O meu time realmente ganhou, mas entre o nosso joguinho a dois, ela me ganhou bonito, cortando cada saque meu e bloqueando cada corte por cima da rede que dava. Não deixava cair nenhuma bola minha e ela arremessava com força, jogando como iguais e eu que acabei perdendo como uma garotinha. Kayla estava me matando.

 — Vemos agora, senhores, o personagem principal ser derrotado pela linda novata — começou Eduardo de novo a pegar no meu pé. — Ignorando o parceiro no jogo.

— A gente ganhou, do que você está reclamando? Vai encher o saco do seu lobinho smurf, vai — retruquei e me sentei no banco.

— O Erik está abanando o rabo para algum outro cara — comentou com desdém. Observei Erik rindo com uns rapazes da outra sala.

— Tem certeza? O beijo de vocês parecia ser de reconciliação — disse sutilmente, Eduardo não conversava sobre seus sentimentos, ainda mais quando era em relação ao Erik.

— Parecia? — perguntou com desdém, inclinou o queixo para o Erik. — Ele está ótimo sem mim, o que significa que eu estou perfeito sem ele.

— Vocês dois são totalmente estranhos, é alguma coisa de gays ou apenas de dois panacas mesmo?

— Apenas dois panacas mesmo — e deu de ombros.

— Suspeitei.

Me levantei e peguei minha mochila e fui em direção ao vestiário com o Eduardo, deixando morrer o assunto sobre os dois. Procurei pela Kayla pelo caminho, não a encontrei. Acabei me trocando rapidamente e esperando o Edu do lado de fora enquanto ouvia música.

— Você até que joga bem para um garoto — ouvi alguém dizer de frente para mim. Levantei a cabeça e era Kayla, abri um sorriso rápido na hora.

— Até que você é boa para uma garota — respondi arqueando a sobrancelha. Seu cabelo agora estava preso em um rabo de cavalo para o lado esquerdo, ela ainda estava vestindo o uniforme de ginastica, short vermelho com listras brancas na lateral e a regata branca com o brasão do colégio.

— Não. Apenas estava em um time com pessoas piores do que eu — respondeu. — Até amanhã, garoto.

— Até amanhã, garota — me despedi, observei ela se afastar com confiança.

— Louro quer biscoito? — zombou Eduardo na porta do vestiário. — Que despedida mais banal que eu já ouvi... garoto!

— Mas o que deu em vocês para encherem meu saco hoje sobre isso, hein? — indaguei enquanto começamos a caminha para sair do colégio. — Até parece que nunca me viram conversar com uma garota antes.

— Você chama aquilo de conversa? Cara, até eu poderia ter dado uma cantada melhor naquela garota. Melhor, o Erik podia ter feito bem mais do que isso.

— Quem disse que eu estava cantando ela?

Já na porta do colégio conseguia ver Skyla do lado de fora do portão nos esperando, ela não se atrasava nunca. Apertei o passo para sair logo.

— É, tem razão. Aquilo não foi uma cantada, você parece mais um papagaio repetindo o que ela dizia — brincou.

Me ajoelhei na rua e abracei Skyla, ignorando Eduardo por um minuto. Skyla estava sendo minha salvação nos últimos meses, ela que me dava a tal fé que o Lucca comentou, fé que de alguma forma ela poderia me levar até a Mikaella, fé de que com ela eu me sentia mais próximo da Mia de alguma forma.

Skyla deitou o focinho em meu ombro e fiz carinho em seus pelos macios, ela cheirava neve caindo, não sei como explicar, apenas lembrava neve caindo quando sentia o seu cheiro.

— Sentiu saudades, Sky? — me levantei e voltamos a caminha lado a lado. Ela apenas sacudiu os pelos em resposta.

O movimento no Fatia Doce ficava mais agitado no horário de o almoço, assim que eu chegava do colégio ia direto para o bistrô trabalhar. Eu genuinamente gostava de trabalhar no bistrô, no início foi apenas para eu ter uma renda melhor para gastar com regalias, mas agora eu nem pensava apenas no dinheiro, sentia felicidade em chegar no bistrô. Meus problemas pareciam desaparecer quando trabalhava fazendo as receitas. Eu ia para um outro mundo quando cozinhava, me distraia totalmente.

Gostava mais de ficar na cozinha do que no balcão atendendo e servindo, como era segunda-feira e horário de pico, fiquei exatamente onde eu queria, na cozinha. As coisas estavam indo bem até, mesmo com o Sr. Matteo não aparecendo mais por aqui, a equipe conseguia administrar o serviço, eu fui promovido para ser gerente na parte da tarde junto com o Lucca. Ele preferia ficar servindo as mesas e ficar no caixa, não tendo nenhuma habilidade para cozinhar. Às vezes Eduardo e Erik apareciam para ajudar, mais o Erik porque o Edu fazia treinos durante a semana.

Estava com o som ligado na cozinha, preparando os pedidos do almoço e cantava à música que tocava no rádio quando Erik apareceu, não usava mais o uniforme do colégio. Estava com bermuda azul calara com uma camiseta regata com a bandeira da Inglaterra, sorria todo alegra entrando pela porta de trás do bistrô.

— Que cara de bobo alegre é essa? — perguntei correndo em volta da bancada, pegando os pratos prontos.

— Nada. Apenas sou feliz, não posso? — retrucou, pegou um prato e foi me ajudando.

— Claro que pode. Apenas não quando aparece com esse sorriso, é tipo de psicopata cara, tem crianças que frequentam aqui. Vai assusta-las.

— Vai se ferrar, Gabe.

Gargalhamos com a brincadeira e voltamos ao ritmo do serviço. Quando o horário de pico diminuiu, Erik foi embora e eu tive que ir para frente do bistrô porque Lucca ia para casa ver como estava o seu pai, eu não me importava de fazer sua parte por mais algumas horas, não havia ninguém esperando por mim em casa de qualquer forma. Skyla ficava caminhando pelo quarteirão enquanto eu trabalhava, às vezes eu assobiava e lhe dava algo para comer nas horas de intervalos. As coisas estavam com pouco movimentos já no meio da tarde, fiquei observando a rua distraído quando um casal entrou no bistrô, estavam rindo e de mãos dadas. Resolveram se sentar na janela, qualquer um conseguia perceber quão felizes os dois estavam na companhia um do outro. Ver os dois me recordou da Mia e suspirei de saudades, olhar para eles me fez voltar a pensar na minha situação, talvez eu devesse ter realmente fé de que a Mikaella poderia voltar, eu havia esperado ela voltar da Itália por dois anos. Não parei minha vida por causa daquilo, admito. Não deveria parar agora também, porém era difícil tentar agir como se não sentisse saudades dela.

Porque quando você ama, sente uma necessidade da pessoa. Não como carência ou dependência, mas porque é bom estar com ela, estar ali sentado em um restaurante de mãos dadas e sentir que seus dedos se encaixam perfeitamente, sentir o coração da pessoa bater ao seu lado, você se sente em casa. E a minha casa estava tão longe, em um outro mundo sendo provavelmente o lar de outra pessoa.

Passei a mão no cabelo tentando mais uma vez afastar o ciúme do desconhecido. Sentia tanto rancor quando lembrava que ela podia estar com ele, antigamente quando eles namoravam eu não sentia isso, eu ficava genuinamente feliz pelos dois. Agora que sei como era fazer ela feliz, que tinha conseguido fazer ela me amar, ter feito ela ser minha, não no sentido de posse, mas de ser o meu amor, minha garota, minha Cara Mia e era tão insuportável saber que agora ela poderia ser de outra pessoa. Meu maior medo era saber que os dois eram de verdade um casal bonito de se ver, na época eu conseguia ver que não havia um casal jovem mais apaixonados e ideias um para o outro como Mikaella e Troy eram e como deviam ainda ser.

Não aguentando mais ficar me torturando com essas ideias e pensamentos, resolvi ir embora uma hora antes do meu turno terminar. Peguei minha mochila e sai, assobiei para Skyla me alcançar.

Ficamos andando sem qualquer rumo, não queria voltar para casa porque lá iria me sentir mais solitário do que nunca. Fomos andando e entrando em ruas diversas indo quase em direção ao centro da cidade quando me sentei em uns degraus de concreto.

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