| Gustavo Delmon
Ainda processando tudo que a Nain contou, eu estava no trabalho quando percebi que já era hora de ir ao cartório. Tinha que me organizar rapidamente. Ao entrar no carro, os seguranças mantinham-se atentos a qualquer movimentação suspeita, e eu já havia ligado para Líliam para buscá-la. Quando chegamos, avistei-a do lado de fora, conversando com Grace, o sorriso no rosto iluminando o caminho. Enrico apareceu e sorriu ao me ver, aproximando-se de Líliam com uma postura confiante. Quando me aproximei, os olhos dele refletiam uma mistura de surpresa e aceitação, mas não de entusiasmo.
Ele perguntou:
— É verdade que vão voltar para Minas Gerais?
— Verdade — respondi, abraçando Líliam —, mas o que isso tem a ver com você?
— Que grude, Gustavo. Saiba que não estou mais interessado em Líliam, somos amigos e isso já ficou claro entre nós dois — disse, tentando manter a postura.
— Bom saber — retruquei, firme
— Assim você se toca. Ela é a minha mulher, e você não tem chance!
E