Os poucos minutos chorando nos braços do Nial pareciam horas. Sentir seu corpo junto ao meu de uma maneira não sexual foi melhor do que te-lo dentro de mim. Seus braços em volta dos meus era como um consolo imediato, eu não precisava de palavras, apenas aquele abraço parecia já ter sugado toda a minha tristeza.
Desfiz o abraço quando pensei na possibilidade da Amanda também vir atrás de mim.
Ele segurou meus braços, olhando no fundo dos meus olhos.
— O que aconteceu?
Desvio ligeiramente o olhar, mas ele segura meu rosto com as duas mãos.
— Amanda pode ver isto, é melhor voce entrar.
Ele bufa.
— Ela está ensaiando com seu pai e o vovô, duvido que apareça agora.
Confesso que senti uma sensação de decepção em saber que Nial seria a única pessoa a vir saber como eu estava, mas não era algo novo.
— Aquela música, eu ia dançar ela com o André. — Minha voz falhou, mas pela expressão do Nial percebi que ele entendeu perfeitamente o que eu disse. — Os passos... eu ia fazer com ele, e ela