O quarto estava envolto em uma penumbra suave, o tipo de escuridão que deixa tudo mais intimo, mais próximo. Quando entrei, meu coração estava acelerado, e eu podia sentir o calor da expectativa crescer a cada passo. Olhei para Grady, que estava deitado de bruços sobre a cama, com o rosto voltado para o lado. A luz suave do abajur iluminava seus cabelos escuros e as costas expostas, revelando a tensão nos ombros e na linha rigida de sua coluna.
Ele não se moveu até eu me sentar na beirada da cama e soltar o cinto do meu robe. Então, com uma lentidão deliberada, ele me puxou para perto de si, de modo suave, mas tão firme que não houve como me esquivar. Não resisti. A sensação de ser envolvida pelos braços dele me preencheu de tal forma que quase parecia que meu corpo havia esperado por aquele momento toda a vida.
— Parece que esperel por isso a vida inteira — Grady murmurou com a voz rouca, seus dedos deslizando suavemente nas minhas costas, como se estivesse tentando desenhar um mapa,