Juliana, cresceu em uma cidade do
interior e foi para a capital com treze anos.Muito estudiosa e com inteligênciaacima da média, começou os estudos aosseis anos e irá começar o segundo grau aosquatorze, na escola da polícia militar, ondefez um teste de seleção para a vaga e foiaprovada em segundo lugar, logo atrás deum tal de Jonas.Parece que fizeram a prova na mesmasala, mas ela nem desconfia quem é o guri.Pelo que sabe o dito rapaz estudará emturno diferente do seu, pois o tal guri nãotrabalha, só estuda, e pelo que ela sabe é defamília abastada, enquanto ela, terá detrabalhar meio período, para ajudar seus paisa manterem na escola.Ela cursará o segundo grau inteiro,curiosa em saber quem é o tal rapaz.Que se formará em patologia clínica,tal qual ela, mas em outra turma.Eles estarão sempre no quadro deavisos do colégio, como as melhoras notasdele. E com diplomas de honra ao mérito,por suas notas.Hora um estará em primeiro lugar docurso, hora outro.No dia da formatura serão juntadas asturmas, para a formatura.Na hora que anunciaram o nome deJonas, Juliana ficou de olho, para ver o talrapaz que concorria com ela nas notas, e aover, o achou, lindo.Na hora em que ela subiu ao palco,receber seu diploma, foi a vez dele de fazero mesmo e dizer a si mesmo, que moçalinda, e além de tudo é inteligente.Mas ficou nisso, os dois cursaram aacademia militar do Guatupê, concomitante,mas ela cursara psicologia e ele química.Se formaram no mesmo ano nafaculdade e já saíram tenentes, da políciamilitar e ambos escolheram o corpo debombeiros para atuar.A corporação do corpo de bombeirosestava precisando de uma psicóloga e tinhavaga para um químico, o que os tornoucolegas de corporação.Mas a chance de se conhecerem melhore se tornarem amigos veio dias depois emum curso de rapel, que eles fariam para acorporação, que a formatura seria a escaladade um paredão de pedras em Minas Gerais,que é muito bonito.Foi a primeira vez que conversaram, efalaram sobre o segundo grau onde sempredisputaram as notas, sem jamais um saberquem o outro era.E ambos confessaram um ao outro, queestavam ultra curiosos, quando foram seformar para saber quem era o outro eacabaram prestando muita atenção quando ooutro fora chamado para receber o diploma,os dois riram muito da história.Com o tempo ficaram muito amigos,trabalharam em várias situações juntos,gerenciando conflitos, e começaram umnamoro, que foi ficando cada vez mais sério,e acabaram se casando.Pareciam que tinham sido feitos um parao outro, pois ambos conversavam e umcompletava o pensamento do outro, pareciaque um lia o pensamento do outro, paraquem os olhava.O amor nasceu lentamente pelo convívioe pela disputa de Q is altíssimos.Aí sua vida era acampar todo final deano, fazer caminhada, e escalar.Todas, as férias, do casal eram emlugares diferentes do país e em todos, muitasaventuras, fotografias, filmagens e novasamizades.Jamais revelavam que eram policiaismilitares, lotados no corpo de bombeiros.Iam acampar como se fossem malucosde estrada e trabalhassem como merosartesãos.Muitas vezes seu hábito das férias viravatrabalho durante o ano quando eramescalados para serviços da inteligência dapolícia militar que envolvia produtosbélicos, drogas e psicopatas.Iam juntos faziam o trabalho deinteligência trabalhando disfarçados deartesãos e observando o entorno edescobrindo potenciais marginais perigosos,frequentadores das ruas.Que muitas vezes se misturavam aos moradores das ruas para esconder-se outraficar algo, ou até mesmo para armarexplosivos ou coisas relativas a armasquímicas, que eram especialidade de Jonas.Muitas vezes, eles tiveram frente a frentecom psicopatas de alta periculosidade, masJuliana sabia bem lidar com a coisa, que nãoa atingia, mas quando o assunto eramulheres e crianças inocentes, que moravamna rua, por miséria, a coisa mudava de figurae seu emocional se abalava, quando algoacontecia com alguém em volta.Muitas vezes ela relacionou, as coisasque aconteciam nas ruas com pessoas desua família que tinham a mesma idade,mesmos sonhos, mesmas tolices e isso lhecausava dor.Já Jonas, filho de policiais federais, teveuma vida mais tranquila financeira, viera deuma família abastada e não se deixavaatingir com grande facilidade pelas coisas epelas pessoas em volta.Mas quando o assunto era crianças, meuDeus, aí ele ficava sem chão, quando algo demal ocorria.Jonas cresceu em um lar com muitoamor e com muito dinheiro também, paisprotetores e desde menino teve lições deartes marciais, esgrima e foi preparadodesde pequeno para ingressar na polícia.Pois o desejava, ao ver o pai, voltar contandocoisas legais de sua profissão.Muitas vezes Jonas, fotografou Juliana,em situações de risco, divertidas, ou até mesmo vexatórias, e ela fazia o mesmo comele.Eles sempre se tratavam com muitadoçura, mas ambos eram mito alegres eafoitos o que os fazia parecerem duascrianças em uma escalada e não dois adultospoliciais militares,Quando estavam fardados e trabalhandoem situações de risco nas cidades e fazendoseu trabalho normal de dia a dia eram maissérios e o jeito descontraído e alegre ficavainvisível a olho nu,E só era percebido, pelas pessoas queconviviam com os dois direto.Quem não os conhecia os achavacarrancudos, à primeira vista.Mas com o tempo de amizade não tinhaquem não se apegasse nos dois.São cristãos católicos e frequentam aigreja onde vão, em sua cidade sãofrequentadores do cursilho de cristandade,onde vez por outra, são chamados a daremtestemunho, por serem um casalconsiderado modelo, de amor ecompanheirismo.UM DE SEUS MUITOSTESTEMUNHOS NA IGREJA FOIDESCRITO A SEGUIR – O PRIMEIROHoje é um dia muito especial, é o dia deJuliana e Jonas, darem seu testemunho devida no cursilho que frequentam.Eles trouxeram um slide e com elepassam fotos e vídeos, para os presentes, econtam a história em terceira pessoa comose estivessem se referindo a outras pessoas,meio em tom de brincadeira.Então vamos começar!Diz Jonas!Mais um dia que começa...“Clareia o dia, eles levantam-se, e olhama sua volta, muito frio no local, que Julianae Jonas estão acampados.De uma montanha na outra os malucospor escalada vão de carona e para terdinheiro para a viagem, vendem seus,artesanatos”.Juliana colocou o veludo no chão, aspulseiras e colares que faz e sentou-se, jáque a chuva deu uma trégua”.E por aí vai ser contada a história sempreem terceira pessoa, como se hora, um, horaoutro a estivesse narrando.Fica muito engraçada a forma do relato.Mas vale a pena acompanhar.As pessoas, vem e vão, algumas correndomais, outras nem tanto, todos indo para seustrabalhos, escolas, e ela ali sentada,pensando tomara que passe alguém para eu vender algo.Estou louca por um café da manhã.Diz Juliana a Jonas.Passam-se as horas e nada, já é hora dealmoço, e não venderam nada, começounovamente a chover, tem de fechar o pano eesconder-se debaixo de uma marquise de umcomércio qualquer, próximo dali.As pessoas que estão ali paradasconversam umas com as outras, alguém lhepergunta de onde ela vem vindo, para aescalar a montanha.Ela responde que vem do Paraná.Uma criança no local, começa a indagá-la, do porque eles usam uma mochila tãogrande.Juliana responde com calma que eles sãoalpinistas e na mochila tem um montão decoisa para acampar e para subir montanhas.A criança olha bem e pergunta e para quevocê sobe em montanha?Ela diz que o faz para conhecer lindoslugares e tirar fotos.A criança pergunta, você não fica comfome, subindo paredão de pedra?Juliana sorri e diz, sim as vezes.E quando você chega lá em cima vocêcome?Sim eu e meu marido comemos.Você é casada?Sou.Vocês, não trabalham não?A gente trabalha sim, por exemplo agoranós estamos trabalhando, vendendoartesanato.Isso é trabalho?.Sim meu anjo, isso é trabalho.Hummmm, faz o garoto.De repente ele sai correndo, na direção damãe que está se afastando.Juliana, sorri olhando o menino que seafasta.Jonas chega com dois sanduíches paraeles tomarem café, e ela conta sobre omenino, ele sorri e diz, é bem pequeno ele.Juliana diz deve ter uns quatro anos.Muito esperto.A vida é entendida diferente pelascrianças, sem as sombras que os adultoscolocam em seu colorido...Elas não veem nada com a malícia damaldade, e sim com a doçura dos que aindanão perderam a inocência.Depois que terminarmos, essa viagem evoltarmos a nosso dia a dia normal, quero terum filho.Amo crianças, diz Jonas.Juliana sorri.Isso é surpreendente, para Juliana, afinalJonas, jamais tinha falado sobre o assunto.O alpinismo, é um, dos, ganha pão docasal, o artesanato é outro, mas essas duascoisas eles fazem no tempo de férias, ambossão soldados do corpo de bombeiros, porprofissão.Apesar dos sanduiches, já é hora do almoço e Juliana ainda está com fome,E a chuva não passa.As pessoas uma a uma, vão saindo dali,pois chove demais e a chuva não irá parar.E todos tem de chegar a seus trabalhos oua sua casa e não adianta esperar mais, eles,tem de ir.De repente eles se vêm só novamente,cansados, tristes por não poder iniciar aescalada.Estão com fome de novo, as horaspassaram rápido, a chuva não.A noite chegou, chegou também a horade se esconder para dormir, em algum localque não ofereça perigo de assaltos.Armar a barraca e ir dormir.Jonas e Juliana estão cansados, mais avitória de chegar no cume de mais umamontanha faz valer a pena o esforço.Eles dão esse testemunho na igreja.Mas a história dos dois vai bem mais longe