Quando as luzes do quarto se acenderam, ele forçou os olhos a se abrir e viu João entrar, carregando um laptop.
- Eu... não vou te dizer. - Disse ele. Mesmo faminto e quase desmaiando de fraqueza, ele se mantinha firme.
João falou:
- Não estou aqui para te perguntar nada.
O homem, exausto demais para discutir, apenas olhou para ele confuso.
Sentando-se e colocando uma garrafa de água ao lado, João disse:
- Na verdade, não importa se você abrir o bico ou não, alguém vai.
O homem encarava a garrafa de água com uma palidez fantasmagórica, seu desejo por ela era tão intenso quanto o de um peixe no deserto ansiando por água, sua garganta doía até para engolir.
João abriu o laptop e virou a tela para ele.
- Será que seu irmão tem a mesma resistência?
Ele ficou rígido ao ver quem estava na tela.
- É o seu irmão. Rodrigo pretende interrogá-lo.- João sorriu, movendo a água para perto dele.
O homem, com as forças se esvaindo, disse com dificuldade:
- O azar foi meu de cair nas mãos de vocês,