As palavras de Rosa me trouxeram de volta à realidade.
— Jack, considera que eu morri mesmo. Só assim a gente se liberta. Só assim cada um vai poder viver em paz, recomeçar.
— Não, Lúcia. Pode me bater, me xingar, me odiar, mas não desaparece de novo, por favor! Eu imploro, volta comigo!
— Jack, nosso relacionamento foi um erro desde o começo. Eu nunca fui ela. E o que você queria... nunca foi realmente eu. — Falei com o peito apertado de raiva e dor.
— Eu errei. Fui cego. Só entendi depois que você se foi... que é você quem importa. Só você.
— Lúcia, eu vou te matar! — Rosa gritou, conseguindo se soltar dos guardas. Num impulso, pegou um caco de vidro do chão e veio em minha direção.
Tudo aconteceu rápido demais. Antes que eu pudesse reagir, Jack se levantou e se colocou na minha frente.
O vidro afundou direto nas costas dele.
— Mesmo agora, mesmo vendo ela com outro, você ainda protege essa mulher?! — Rosa berrou.
Caio e os guardas correram e a imobilizaram no chão.
— Cala a boca. Nã