Bella
Estávamos no shopping, eu e minha amiga Giulia, tomando sorvete e curtindo um momento de descontração. Contei a ela sobre o que minha avó havia feito, me obrigando a ir para a igreja. Giulia soltou uma risada, achando a situação um tanto inusitada.
― Sério, Bella? Tua avó te força a ir para a igreja? ― Ela riu, balançando a cabeça. ― Isso é meio inesperado vindo dela.
Balancei a cabeça, concordando com Giulia. ― Eu sei, parece que ela enlouqueceu de vez. Eu só quero continuar a busca, descobrir o que aconteceu com meus pais.
Giulia me olhou com compreensão, parando de rir. ― Entendo, Bella. É uma situação complicada
BellaHoje não tive aula na faculdade, por isso que estava aqui na minha cama.Ainda estava na cama, revirando na minha mente a conversa que tive com a minha avó na noite anterior. As palavras dela ecoavam, misturando-se com as minhas próprias frustrações e determinações.O cheiro suave do incenso da igreja ainda estava presente no ar do meu quarto, como se trouxesse consigo todas as expectativas e preocupações que minha avó tinha por mim. Ela sempre foi uma figura forte na minha vida, especialmente desde que meus pais partiram. Seu desejo de me proteger era palpável, mas às vezes parecia sufocante.Olhando para o teto, eu me perguntava como poderia conciliar minha busca pela verdad
BellaAo chegar em casa após passar a tarde na casa da Giulia, senti um misto de alívio e apreensão. Estava exausta da divertida tarde com minha amiga, mas sabia que teria algumas explicações para dar à minha avó. Assim que comecei a subir as escadas em direção ao meu quarto, ouvi a voz dela chamando meu nome da sala.― Bella, onde você estava a tarde toda? ― Sua voz soou firme, carregada de preocupação.Parei no meio da escada, olhando para baixo para encontrá-la parada, com uma expressão séria no rosto. Engoli em seco, sabendo que essa conversa era inevitável.― Desculpe, vó. ― respondi, tentando manter a calma. ―Eu estava na casa da Giulia. Nós passamos a tarde lá.Minha avó franziu o cenho, como se estivesse processando a informação.― Você deveria ter me avisado, Bella. Fiquei preocupada. E se algo tivesse acontecido?Senti um peso no peito ao ver a preocupação nos olhos dela. Minha avó sempre fora superprotetora desde que me trouxe para morar com ela em Taormina, após a morte do
BellaMinha avó entrou no meu quarto com uma bandeja de café, pronta para me acordar e me ajudar a começar o dia. No entanto, sua expressão mudou instantaneamente quando seus olhos se fixaram na mala semi aberta em cima da minha cama. Ela deu um pequeno suspiro de surpresa, claramente pegando-a desprevenida.—Querida, para onde você está indo com essa mala? — perguntou ela, sua voz repleta de preocupação e confusão.Virei-me para encará-la, segurando uma pilha de roupas que eu estava tentando enfiar desajeitadamente na mala.— Vó, eu estou indo para Palermo. — respondi, tentando manter minha voz firme apesar do nervosismo que começava a se espalhar dentro de mim.Sua expressão ficou ainda mais preocupada, seus olhos fixos em mim como se estivesse tentando ler meus pensamentos.— Palermo? Bella, o que você está pensando? Eu te disse para não ir para lá, é perigoso.Respirei fundo, sentindo-me determinada a explicar minha decisão.— Eu preciso descobrir a verdade, vó. — disse eu, olhand
LuccaFaz dias que aconteceu aquele ocorrido, que aquela loira gostosa veio aqui em casa para tentar me matar por ordens da familia Matarazzo. E ainda saber que eles acham que sei de algo, mas não faço ideia o que pode ser? Merda! Preciso descobrir alguma coisa sobre isso o mais rápido possível, antes que eles tentem fazer algo.Enzo estava aqui comigo estavamos tentando entender o que essa familia queria tanto me matar para ter mandando uma assasina de alugal para isso? E ainda também descobrir o real motivo por que mataram o meu amigo, o Marco, deixando sua pobre filha sem os pais. E de repente começo a lembrar daquela menina. Como se passaram cinco anos, acho que ela deve está com dezoito anos agora. Isso nos meus cálculos. Espero que ela esteja bem, a avó dela a tirou daqui de Palermo para mant&ec
Bella Ao chegar em Palermo, minha terra natal, fui recebida por uma mistura emocionante de nostalgia e novidade. A cidade ainda exalava o mesmo encanto que me cativava quando criança, com suas ruas estreitas e pitorescas, seus edifícios históricos e sua atmosfera vibrante. Era como se o tempo tivesse congelado desde que parti com minha avó após a morte dos meus pais.Enquanto caminhava pelas ruas familiares, era impossível não ser inundada por lembranças da minha infância. Eu me vi brincando nas praças ensolaradas, explorando os becos escondidos e saboreando os gelatos italianos que tanto amava. Cada esquina, cada edifício, parecia guardar memórias preciosas que agora ressurgiam diante dos meus olhos.No entanto, apesar da familiaridade reconfortante da cidade, eu sabia que não podia me deixar levar pela nostalgia. Havia um propósito claro para minha volta a Palermo: descobrir a verdade por trás da morte dos meus pais. E isso exige foco e determinação.Após um tempo admirando a cidad
Bella — Eu estava em total choque. Eu simplesmente não conseguia acreditar nas palavras que acabara de ouvir. Meu coração estava apertado, era como se alguém estivesse esmagando-o com força contra o meu peito. Meus pais… mortos? Como isso era possível? Corri até a janela, olhando desesperadamente pela rua esperando vê-los chegando em segurança. Mas o que encontrei foi um cenário assustador. Haviam carros dos capangas do meu pai espalhados pela frente de nossa casa. Eu caí de joelhos no chão, procurando algum sinal de esperança nos olhos das pessoas presentes. Minha avó correu até mim e me abraçou, tentando me consolar. Suas palavras pareciam distantes e irrelevantes diante da tragédia que acabara de acontecer. Minha mente estava turva e atordoada. Minha realidade estava desmoronando completamente ao meu redor. Em um momento de puro desespero, me afastei dos braços da minha avó e gritei com todas as forças que tinha em mim: — NÃO! Meus pais não morreram! — As lágrimas teimosas cont
Bella Eu estava em total choque. Eu simplesmente não conseguia acreditar nas palavras que acabara de ouvir. Meu coração estava apertado, era como se alguém estivesse esmagando-o com força contra o meu peito. Meus pais… mortos? Como isso era possível? Corri até a janela, olhando desesperadamente pela rua esperando vê-los chegando em segurança. Mas o que encontrei foi um cenário assustador. Haviam carros dos capangas do meu pai espalhados pela frente de nossa casa. Eu caí de joelhos no chão, procurando algum sinal de esperança nos olhos das pessoas presentes. Minha avó correu até mim e me abraçou, tentando me consolar. Suas palavras pareciam distantes e irrelevantes diante da tragédia que acabara de acontecer. Minha mente estava turva e atordoada. Minha realidade estava desmoronando completamente ao meu redor. Em um momento de puro desespero, me afastei dos braços da minha avó e gritei com todas as forças que tinha em mim: ― NÃO! Meus pais não morreram! ― As lágrimas teimosas contin
Lucca Com o coração acelerado, olhei atônito para Marco, que se debatia no chão. O pavor tomou conta de mim ao ver meu melhor amigo naquela situação. Em estado de choque, me ajoelhei ao seu lado e segurei sua mão, tentando manter a calma. — Marco! Olha pra mim, cara! Tenta ficar acordado! — implorei, sentindo um nó se formar em minha garganta. Marco abriu os olhos devagar e me encarou com dificuldade. Seus olhos estavam cheios de dor e desorientação. — Lucca… o que… aconteceu? — ele sussurrou com dificuldade. Um misto de preocupação e alívio inundou meu peito. Marco estava vivo, apesar de gravemente ferido. O sangue escorria incessantemente de suas costas e suas palavras eram fracas. — Alguém te atingiu às costas enquanto você estava jantando com Giovanna. Mas agora você precisa se concentrar em ficar acordado até a ambulância chegar. Aguenta firme! — falei, lutando contra as lágrimas que queriam escapar dos meus olhos. Marco assentiu com dificuldade enquanto segurava minha mão c