5 - Os olhos do abismo

            Já passava da meia-noite quando a porta de uma casa modesta, com o muro mal-acabado e gato na energia abriu em um estrépito ruidoso, invadida por quatro adolescentes desabalados e um motorista de terno, tumultuando a madrugada na Vila de Ponta Negra.

            – Não, você não! – Nandini gritou, apressada, se dirigindo ao motorista enquanto tentava fechar a porta. – Meu irmão pode chegar a qualquer momento!

            – Espere no carro. – Lena pediu, ligeiramente verde e segurando o estômago com as mãos. – Certifique-se de que o homem na estrada seja devidamente atendido.

            – Sim, senhora. – O motorista respondeu, deixando

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