Natacha respirou fundo, tentando controlar a tensão que sentia. Com uma calma forçada, começou a falar:
— Então vamos conversar. Vamos falar sobre quantas maldades você já fez, sobre quantas pessoas você matou!
Rafaela sorriu, um sorriso cruel e despreocupado:
— Quantas pessoas eu matei? Me deixe pensar! Na verdade, nem foram tantas assim. Uma foi aquele garoto... Eu troquei os medicamentos dele, e daí? Eu fiz isso para salvar o meu filho, que culpa eu tenho? A única coisa que lamento é que o acidente de carro não conseguiu matar você, só matou Gabriel.
Natacha ficou chocada. Algo tão cruel e desumano saía da boca de Rafaela como se fosse a coisa mais trivial do mundo. Não havia um traço de arrependimento.
“Então, foi verdade... Não foi Joaquim quem trocou os remédios. Por que eu não percebi isso antes?”
Natacha balançou a cabeça, furiosa:
— Já pensou no que seu filho vai sentir quando descobrir que a mãe dele é esse tipo de pessoa?
— Não, ele nunca vai saber de nada! — Rafaela sorriu