Manuel segurou Rosana com força nos braços, como se quisesse fundi-la ao próprio corpo, como se ela se integrasse à sua carne e ao seu sangue.
Foi então que um grito agudo os fez se soltar rapidamente. Ambos olharam para cima e perceberam que Keila e Diego, de maneira constrangida, estavam se levantando do chão e saindo de trás de um canto, mancando levemente.
Keila, ainda irritada, disse a Diego:
— Tudo culpa sua, eu disse para não me empurrar!
Diego estava visivelmente desconfortável, mas só podia assumir sua postura de mais velho e disse, com certa autoridade:
— O Manuel chegou!
Rosana os observou em silêncio e perguntou, com um olhar que misturava incredulidade e embaraço:
— Pai, Keila, há quanto tempo vocês estavam aí, ouvindo a gente?
Keila, com vergonha, respondeu apressada:
— Só um pouquinho, só um pouquinho! Continuem, por favor!
Com isso, Keila puxou Diego de volta para dentro da casa.
Rosana, ao se lembrar de que seu pai e Keila haviam visto o beijo entre ela e Manuel, se se