Pete Mitchel
Estava quente usando todos os equipamentos, a porra daquele colete começava a me sufocar e ainda por cima tínhamos que aguardar as ordens que o capitão não liberava. Estar em mais um estouro de fábrica de metanfetamina é algo que se tornou corriqueiro aqui em Cambridge.Ouço pelo comunicador a permissão para invadir e logo em seguida silêncio de rádio, olho para os meus companheiros e entramos no apartamento onde havíamos recebido a informação que Glenn mantinha a sua fabricação de entorpecentes.Assim que estouramos a porta e entramos no cubículo, sem iluminação direta, fomos recebidos por tiros, me abaixo e dou alguns disparos neutralizando o idiota que estava com uma máscara provavelmente para não inalar o que estava produzindo. Mas o inevitável acontece, um garoto com menos de dez anos, surge na porta e acaba sendo atingido por um disparo.Após as investigações o disparo que acertou a garoto saiu da arma do meu parceiro e como equipe todos fomos punidos pela corporação.Não perdemos o emprego da S.W.A.T, mas fomos rebaixados.Meus parceiros se tornaram agentes de trânsito e como tenho mais idade que eles acabei me tornando um agente da condicional. Nesse mês fui designado para a famosa Diana Prince, a garota que teve coragem de matar Greg e Lewis Powell. A única coisa que me intriga é como ela continua viva, porque tenho certeza que aquele desgraçado deve ter tentado algo contra a garota de vinte três anos.Antes que seja obrigado a ser a babá da menina maravilha, vou me divertir no Duck’Bar. Um dos caras com quem trabalhei quando servi nos Marines, abriu esse bar onde a maioria dos homens são das forças armadas. Mas o que me traz aqui é a facilidade de ter uma mulher por noite.Caminho em direção ao bar e já avisto a Cris, uma loira de olhos verdes que tenho certeza que deseja que a escolha como uma parceira fixa, uma namorada ou esposa. Mas sei lá, acho que não tenho coragem de envolver uma mulher na vida que tenho.Nós das forças armadas temos a mente tão fudida que é capaz de fazer a minha mulher sofrer ao meu lado e não é esse o meu desejo.— Oi, Pete, quer o de sempre? — Cris diz.Afirmo com a cabeça e pisco para ela, que já entende e acena com a cabeça para o depósito que fica ao fundo do bar. Assim que passo pela porta vejo David que chuta o meu pé e acabo mostrando o dedo do meio dele.Assim que passo pela porta seguro em sua cintura e a puxo contra o meu corpo, a imprenso contra a parede enquanto reivindico os lábios macios, seus gemidos baixos mostram que estava gostando da nossa pequena aventura.Mais uma entre tantas que já compartilhei com ela. Mesmo assim não me sinto a vontade de pedir a sua mão em casamento.Viro o seu corpo e deixo uma mordida na sua nuca e ganho um palavrão em resposta, como punição aperto a sua garganta contando o seu fluxo de ar. Sei o quanto ela é safada e adora uma rodada de sexo mais bruta e quente e mesmo que agora não estejamos em meu apartamento ou na casa dela, não a deixarei passar vontade.Com a mão livre, ergo o vestido que ela estava usando e ouço o seu pedido.— O preservativo Pete… — Sorrio ao ouvi-la.Mas não a tomaria assim, sem me proteger e principalmente dando a ela mais uma obrigação. Mas não nego que adoraria ser pai. Retiro um preservativo de minha carteira e cubro a minha extensão antes de penetrá-la.— Segure-se, não serei gentil. — Digo deixando uma chupada na curva do seu pescoço.A vejo empinando aquele quadril cheio de curvas e seguro seus flancos, pincelo a ponta do meu pau na fenda da sua abertura e percebo o quanto ela estava molhada.— Sabia que eu vinha aqui? — Pergunto para irritá-la.— Não, dei para o David um pouco antes. — Deixo a gargalhada sair e entro de uma vez dentro dela.— Pelo visto, ele não apagou o teu fogo… — Fecho os olhos aproveitando o calor que sinto.Meus movimentos são rápidos, até porque não podemos ficar aqui por muito tempo, entro e saio dela com agilidade e quando noto que ela estava se aproximando de seu ápice, levo os meus dedos até a sua buceta para massagear o seu clitóris.Abafo os seus gemidos que começavam a ficar ainda mais altos com a mão, assim que sinto a sua musculatura me apertar, deixo que meus jatos de esperma preencham o preservativo.Tento controlar a minha respiração para acalmar minha pulsação. Seguro a Cris em sua cintura e a viro de frente para mim, quero beijá-la, não é porque gosto de trepar com ela que não sou carinhoso.— Ainda me fará me apaixonar por você Pete! — Sua risada quase me ofende.— Essa doeu! — Me livro do preservativo e me arrumo novamente.— Vamos nos sentar no bar, pela sua cara e por vir cedo demais algo aconteceu! — Ela afirma.Cris é a pessoa que melhor me conhece, acredito que por nos conhecermos há muitos anos e sempre a procurar para uma rodada de sexo selvagem. A vejo arrumar o seu vestido e me aponta a grade de corona para levar até o bar, sorrio para a tentativa de despistar o que havíamos acabado de fazer.Mas mesmo assim faço o que ela me pede, deixo o engradado ao lado da geladeira para que ela abastecesse e dou a volta no balcão e me sento para poder conversar com ela e com o David que logo surgiria ao meu lado.— Fale de uma vez, o que houve? — David pergunta ao sentar ao meu lado.— Fui convocado para ficar com a menina maravilha! — Digo de uma vez e percebo quando a Cris para o que está fazendo e me olha diretamente, sua fisionomia parece preocupada.Cuidar daquela garota era sinônimo de cuidar de um cadáver, será questão de tempo de ter o Glenn na cola dela e principalmente é capaz de ser morto com ela se não prestar atenção por onde estiver passando.— Não tem como passar ela para outro cara? — O olhar preocupado da mulher que acabei de transar parece preocupado.— Sabe que não é assim que funciona! — Tomo um gole da minha cerveja.— Se precisar de qualquer coisa estamos aqui amigo. — Brindo no copo de uísque de David e sorrio agradecendo.Sei que meu esquadrão não se importará em me ajudar a manter a garota viva e se for preciso usá-la de isca para nos vingar do Gleen faremos isso.Passo a noite por lá e chamo a Cris para dormir em minha casa, mas a safada tem a coragem de me dá um chute e dizer que precisa encontrar um novo pau amigo.Uma safada…Pela manhã, já no presídio de segurança máxima, fico conversando com a diretora que ostentava uma barriga enorme de gestante enquanto aguardávamos pela chegada da senhorita Prince.Assim que ela entra e me apresento percebo que os anos que ela ficou aqui ela amadureceu muito, seu rosto continua jovial e algo nela deixava claro a sua presença, é como se ela precisasse ser o centro das atenções, ou simplesmente era o sol e todos precisam orbitar ao seu redor.— Boa tarde, senhorita sou Pete Mitchel, serei o seu agente pelo próximo ano. — Me apresento e estendo a mão para a garota a minha frente.Ao tocar em sua mão sinta a maciez de sua pele e estranho, sua mão assim como o seu rosto não haviam nenhuma cicatriz, nada que revelasse alguma agressão e olho para a diretora para questionar. Mas sou surpreendido quando a própria garota maravilha me responde.— Impressionado por não ver cicatrizes em mim? — A diretora sorri e volta a se sentar.Olho diretamente para Diana e seu olhar surge um brilho que não sei identificar.— Conheci pessoas maravilhosas aqui, sem contar nas diversas que estão me esperando do lado de fora. — Ela responde com carinho, olhando para a direto.— Que bom, porque assim que o Gleen souber que você está solta, meu trabalho com você vai dobrar de tamanho. — Digo.— Tenho a intenção de me formar senhor Mitchel, adoraria poder fazer isso. — Ela diz com séria.— Tentaremos senhorita Prince.Até sendo uma pessoa fechada, ela tem um charme que me deixou intrigado e sem contar em como ela é linda, com esses olhos acinzentados e o cabelo em tom de chocolate ao leite, suas bochechas um pouco pálidas pelo tempo que estava presa entre essas paredes, mas isso é algo que logo mudará.— Tem para onde ir? — A vejo afirmar com a cabeça.— Para casa do Ryan, vamos morar juntos agora que estou saindo daqui. — Franzo a sobrancelha curioso para quem seja esse tal de Ryan.Será que ela tinha um namorado antes de vir para cá e mantiveram o contato pelos últimos cinco anos?Ou ela conheceu alguém aqui dentro…O que isso importa, tenho quarenta e cinco anos, ela vinte e três e sem contar que não me envolvo com meus trabalhos.Agora é esperar, ela sair para poder descobrir quem é esse tal de Ryan.