Patrícia empunhava o bisturi sobre o corpo de Mariana, mas a dor que realmente a atormentava era a dor no coração, uma dor dupla que a assolava impiedosamente. Mariana sofria imensamente. Patrícia não tinha intenções de deixá-la escapar facilmente: — Você sabe quanto tempo esperei por este dia? Desde criança, perdi a mãe que tanto amava. Ela era tão boa para você, e você a tratou com tanta crueldade. Nem mesmo meu pai você poupou. Sabe o quanto lutei para salvá-lo? Com apenas algumas palavras, você tirou a vida dele facilmente. Você consegue imaginar a minha dor? Nesse momento, os movimentos das mãos de Patrícia ficaram ainda mais brutais, e Mariana gritava até ficar rouca: — Patrícia, o que aconteceu naquela época foi um acidente, ele também era meu pai, eu fui enganada! — Você merece ser chamada de filha dele? Mariana, por que quem morreu não foi você? Você sabe o quanto meu pai estava ansioso para ver meus filhos nascerem? Ele fez tantos brinquedos para eles, tinha tanta v
Esse foi o golpe final que desmoronou Mariana, cujas pupilas quase se dispersaram. — Parece que ele quer te manter ao lado dele para sempre, como posse exclusiva, hahaha, tão orgulhosa quanto você é, pelo resto de sua vida você será um brinquedo para os homens. Cada frase de Patrícia era como uma faca afiada, que perfurava diretamente o coração de Mariana. — Mas não se preocupe, uma vez na mesa de cirurgia, mesmo que você seja minha inimiga, ainda mantenho a ética médica ao pegar o bisturi. Mariana não entendeu suas palavras, não sabia o que ela realmente queria fazer. A cirurgia foi longa, Mariana não sabia quantas vezes havia desmaiado de dor. O suor na testa molhava seus olhos, e cada vez que acordava, podia ouvir ruídos altos. Às vezes, Patrícia balançava um grande martelo, outras vezes, ela usava uma serra elétrica, ocupada como um mecânico. Foi a primeira vez que Mariana descobriu o quão terrível uma cirurgia poderia ser, o som da máquina cortando sua perna era assi
Patrícia já havia descoberto a relação entre Max e Lorenzo, e o assassino de Jorge ainda não havia sido encontrado. Independentemente da posição de Max, isso sempre representava um risco.Felizmente, ele estava apaixonado por Mariana, e o movimento de Patrícia não só poderia permitir que Mariana deixasse a cadeira de rodas, como também faria com que Mariana e Max se contivessem mutuamente.Mesmo que, no futuro, fosse descoberto que Max pretendia prejudicar a família Botelho, ela teria uma bomba-relógio em mãos, o que também impediria Mariana de continuar fazendo mal após se recuperar.No fundo, ela ainda era compassiva.Mariana havia cometido muitos males, não só quase matou Patrícia e seu filho anos atrás, como também estragou seu casamento. Era óbvio que ela se dava bem com Juliana, que poderia ter sido salva.No entanto, por egoísmo, ela escondeu isso intencionalmente, e mais tarde até envenenou Juliana para acelerar a deterioração de sua condição, levando à morte indireta de João.
Mariana parecia ter tido um pesadelo, e só quando acordou gritando percebeu que havia retornado à Mansão da Oásis, e que já não estava mais na mesa de cirurgia. — Mariana, você finalmente acordou. — Rodrigo disse, olhando para ela com um sorriso carinhoso no rosto. — Eu ainda estou viva? — Mariana olhou para suas mãos e pernas intactas, lembrando das horas que pareceram um inferno, sem saber o que Patrícia tinha feito a ela. — Boba, claro que está viva. Vamos, desça da cama e ande um pouco. Mariana, confusa, pensou: "Patrícia realmente curou minhas pernas? Como ela poderia ser tão bondosa?" Ao levantar o cobertor, Mariana descobriu que suas canelas haviam sido substituídas por pernas mecânicas! Ela respirou fundo, surpresa, e, no momento seguinte, lentamente colocou os pés no chão, sentindo o toque do piso sob seus pés após anos, e as lágrimas imediatamente brotaram em seus olhos. — Como se sente? Está tudo bem? — Perguntou Rodrigo. — Embora sejam próteses, eu investiguei
— Sarah? O que aconteceu com ela? — Mariana tinha ficado inconsciente por um longo tempo e ainda não estava ciente do que havia acontecido. Gabriel já havia levado Sarah de volta à Mansão da Oásis, mas ela ainda estava muito chateada, trancada em seu quarto desde que retornara e não saíra mais de lá. — Suponho que Paty já tenha te explicado a origem de Diego, ele é meu filho com Paty. Cometi um erro terrível no passado, e, por causa das últimas palavras de Hélio para cuidar de você, acabei sendo excessivamente indulgente, o que fez Paty sofrer muito. Não quero mais vê-la sofrer. A expressão de Mariana se fechou: — O que você quer dizer? — O nome Sarah foi escolhido por você. Naquela época, eu pensava que logo iríamos nos casar, e concordei por querer dar à criança uma infância normal. Agora que não temos mais nada a ver um com o outro, e tudo que aconteceu no passado já foi esclarecido, você deveria mudar o sobrenome dela. Pode ser Freitas, Bastos, tanto faz. Cada palavra d
Mariana descobriu que todo o seu corpo estava funcionando normalmente, exceto suas pernas, que não obedeciam ao seu comando: — O que você fez comigo? — Tente voltar. — Quando Mariana recuava, tudo voltava ao normal, mas ela não conseguia passar pela porta da Mansão da Oásis. — Eu limitei seu raio de ação dentro da Mansão da Oásis. Srta. Patrícia realmente é um gênio, ela me ajudou a resolver um grande problema. Mariana sabia que Patrícia não a deixaria em paz facilmente, mas não esperava que fosse tão cruel, dando a ela liberdade ao mesmo tempo em que a prendia a atuar dentro de um espaço restrito, confinada a esse pequeno lugar. Mansão dos Botelho. Patrícia chegou de volta quando já era noite profunda. Estava bastante cansada, pois havia realizado sozinha uma cirurgia de precisão que normalmente exigiria várias pessoas, não apenas fisicamente, mas também mentalmente exaustiva. Na verdade, ela não era especialista em próteses, então o procedimento foi muito mais cansativo do
Patrícia correu rapidamente e, ao entrar na sala, viu que todos os membros da família Botelho estavam presentes, exceto Sophie e Lorenzo.Havia um cheiro desagradável no ambiente e, com o calor, Patrícia quase se sentiu enjoada.Ela se forçou a engolir o mal-estar e entrou rapidamente. Neste momento, Jorge estava parado ao lado da janela, com as sobrancelhas franzidas.Salvador estava ao lado da porta do banheiro, enquanto Ivone estava ajoelhada ao lado do vaso sanitário, vomitando muito. Natacha estava batendo nas suas costas.Embora Patrícia odiasse Ivone, afinal, era a filha que ela mesma havia visto crescer e para a qual havia dedicado muito esforço...— O que aconteceu com você?Patrícia entrou, e Ivone imediatamente agarrou a manga de sua roupa.— Patrícia, me ajude, eu não quero perder o bebê!— O que aconteceu?— Estou com muita dor na barriga, vomitando e com diarreia. Eu sei, foi o Lorenzo, com certeza foi ele. Ele quis me colocar na prisão, colocou veneno na comida, ele quer
No passado, Natacha a amava profundamente, mas agora ela a odiava com a mesma intensidade. A razão? Aquela pessoa estúpida havia colocado a filha de Natacha em perigo, e essa filha falsa ainda se permitia sonhar que era a verdadeira filha. Depois de despedir Ivone, Natacha ficou furiosa ao olhar para o quarto. — Governanta, arrume este quarto. Se as joias, os acessórios e as bolsas puderem ser vendidas, que sejam vendidas. O resto, qualquer coisa de azar, queime. — Sim, Sra. Natacha. Após os eventos, a atitude de Natacha em relação a Patrícia se suavizou consideravelmente: — Patrícia, desculpe por te incomodar a essa hora. — Não se preocupe, isso é o que eu deveria fazer. Patrícia esfregou os olhos e voltou a dormir um pouco. Quando amanheceu, ela estava tomando café da manhã com Sophie quando recebeu uma notícia. — Sra. Natacha, não tenho boas notícias, Ivone fugiu. — O segurança correu para relatar. — Como ela fugiu do hospital? — Natacha imediatamente deixou os ta