— Eu não vim aqui hoje para falar sobre essas coisas com você, Nelson. Você sabe disso. — Disse Alana, interrompendo friamente as palavras dele.Nelson tentou mudar de assunto, mas Alana estava decidida e não lhe deu nenhuma chance.Sem alternativa, Nelson acabou dizendo a verdade: — Alana, eu só quero me reconciliar com você. Qual é o problema nisso? Ao ouvir essa frase, Alana ficou sem palavras por um momento. — Como assim, qual é o problema? Você acha que não fez nada de errado, não é? Nelson respondeu com confiança: — E o que eu fiz de errado? Ele acreditava que não havia problema algum em perseguir alguém que gostava, mesmo que seu objetivo principal fosse o benefício próprio. Afinal, na visão dele, todos agem por interesse próprio, e ele não era diferente. Para Nelson, isso era perfeitamente justificável. Com esse pensamento, sua confiança só aumentava. Alana observou a atitude dele e ficou sem saber o que dizer. Como era possível que Nelson ainda estivesse tão co
Alana não queria nem um pouco estar no mesmo lugar que aquele lixo. — Agora você nem me chama mais de cunhado? — Nelson perguntou, com um sorriso incômodo. Nelson às vezes achava seus próprios pensamentos estranhos. Ele queria que Alana o respeitasse, mas ao mesmo tempo desejava estar com ela. Esse conflito interno, por vezes, o atormentava. No entanto, naquele momento, ele tinha um único objetivo claro: fazer Alana ficar com ele. Alana riu, sem conseguir se conter:— Você não acha que o que diz é contraditório? Por um lado, diz que gosta de mim. Por outro, quer que eu te chame de cunhado?"Que tipo de idiota sem cérebro é esse cara?" Pensou ela, com desdém. Nelson também percebeu que estava sendo incoerente. Suas palavras soaram estranhas até para ele, mas o que estava dito, estava dito. Voltar atrás agora só faria parecer que ele não sabia o que queria. — Não importa o que seja, o que eu sinto por você é verdadeiro. — Nelson respondeu, encarando-a com um olhar profundo, ten
Os dois olharam na mesma direção e viram Liz, com o rosto cheio de raiva, acompanhada por sua fiel seguidora, Rebeca.Alana arqueou levemente as sobrancelhas e, instintivamente, olhou para Nelson enquanto pensava:"Será que isso é uma armação dessas duas? Como pode ser uma coincidência tão grande assim?"Não era só a presença de Liz. Era o fato de ela aparecer exatamente naquele momento, com Rebeca ao lado, exigindo explicações sobre o que seu namorado estava fazendo com outra mulher. A cena inteira parecia ter saído de um roteiro clássico de traição, onde a esposa ou namorada descobre tudo. Por isso, Alana achou tudo muito conveniente. Mas, no segundo seguinte, percebeu que talvez estivesse enganada.— Liz... O que você está fazendo aqui? — Perguntou Nelson, sua voz revelando mais nervosismo do que ele queria demonstrar.Nelson estava ainda mais tenso do que Alana. Ele temia ver Liz naquele lugar. "Droga", pensou ele. "Por que ela tinha que aparecer justo agora?" Ele nem sequer havi
Às vezes, Alana usava as mesmas estratégias que aplicava contra rivais no mundo dos negócios. Ela não demonstrava um pingo de misericórdia. Nelson estreitou os olhos enquanto encarava o celular de Alana. — Alana, sua vadia! Você não tem moral alguma! Suas táticas são desprezíveis! — Gritou ele, com a voz cheia de raiva. Ele nunca imaginou que Alana também tivesse gravado um vídeo dessa vez. Por mais que ele fosse experiente e já tivesse enfrentado situações semelhantes, ser pego de surpresa novamente o deixava profundamente desconfortável. Alana arqueou uma sobrancelha e respondeu com desdém: — No mundo dos negócios, esse tipo de coisa não é comum? Além disso, para lidar com alguém como você, eu realmente preciso de estratégias sofisticadas? Ela lançou um olhar de desprezo para Nelson, avaliando-o de cima a baixo. Não conseguia acreditar que ele, mesmo diante de Liz e de tantas pessoas, ainda tinha a audácia de usar palavrões contra ela. Nelson sempre foi obcecado por sua r
Rebeca não conseguiu evitar criticar a si mesma em pensamento: "Por que eu sou tão covarde assim? No final das contas, estávamos em público. Alana não ia me engolir ali, não é?"Liz, ao perceber a expressão frustrada de Rebeca, lembrou-se de como ela havia agido no salão momentos atrás.Para Liz, Rebeca era realmente um caso perdido. Sempre que enfrentava Alana, tornava-se completamente inútil, incapaz de dizer qualquer coisa ou de se impor. No final, só servia para que os outros rissem delas.Se Liz não tivesse algum uso para sua "pequena seguidora", com certeza já teria se livrado dela. Rebeca era um peso morto e, muitas vezes, acabava estragando seu humor. No entanto, em certas situações, ela ainda era uma "faca" bastante útil.Como agora, por exemplo. Rebeca estava encarregada de carregar as sacolas de compras, poupando Liz de ter que se prestar a esse trabalho. Na prática, Rebeca era como uma criada que sabia elogiar e agradar.Rebeca, ainda cheia de indignação, perguntou:— Liz,
A verdade era que o Grupo Alves estava indo bem e, por isso, todos os parentes distantes queriam se aproximar para tirar proveito da situação.Liz afirmou com confiança:— Mamãe, pode deixar essa festa comigo. Fique tranquila, eu garanto que será tão boa quanto as anteriores. Laura sorriu, satisfeita:— Com uma filha tão dedicada como você, o que mais eu poderia pedir? Não se preocupe, organize tudo do seu jeito, como sempre faz. Não precisa prestar atenção em detalhes que não importam. Laura já havia entendido como lidar com os parentes da família. Bastava oferecer a eles pequenas oportunidades de colaboração, algo que não demandasse muito esforço. Afinal, essas pessoas raramente contribuíam com algo significativo, mas, nos momentos importantes, eram sempre as primeiras a aparecer. Liz assentiu, aceitando todas as instruções. Ela decidiu guardar as queixas que pretendia fazer sobre Alana para o jantar da família. Planejava expor tudo durante a festa, na frente de todos. Dessa
Rebeca também percebeu a expressão de raiva no rosto de Liz. Apesar de algumas desavenças ocasionais entre elas, Rebeca sabia que seguir Liz trazia muitas vantagens. Muitas vezes, Liz lhe dava bolsas e acessórios de última moda, sem hesitar em presenteá-la. Por esses motivos, Rebeca estava disposta a ajudá-la, mesmo sabendo que, em algumas ocasiões, estava sendo usada. Enquanto os pedidos de Liz não ultrapassassem certos limites, Rebeca não se importava em colaborar. — Rebeca, você vai fazer assim... — Disse Liz, explicando seu plano. Quando Rebeca ouviu a ideia, seus olhos imediatamente brilharam.— Nossa, Liz, você realmente é incrível! Eu nunca teria pensado nisso! Rebeca olhou para Liz com admiração. Antes, ela achava que Liz não tinha tantas habilidades, mas agora percebia que, quando se tratava de lidar com Alana, Liz demonstrava uma inteligência afiada e estratégica. Ela começou a olhar para Liz com um certo fascínio. — Certo, agora vá e faça o que eu pedi. Não fiq
Rebeca correu apressadamente para fora, sem sequer olhar para Liz. Enquanto isso, Liz continuava pensando consigo mesma: "Essa assistente realmente sabe como servir bem. É tão dedicada que até se oferece para assumir mais trabalho." Liz sorriu, satisfeita. "Acho que vou dar mais vantagens para Rebeca no futuro. Dessa forma, ela ficará ainda mais empenhada em me ajudar", pensou ela, com uma sensação de triunfo. Alana, por outro lado, não fazia ideia do que Liz e Rebeca estavam cochichando. Ela estava totalmente concentrada nas conversas com um grupo de grandes empresários. Ela discutia as tendências atuais do mercado e compartilhava sua visão sobre os próximos passos para o Grupo Alves. Alana falava com confiança, usando um tom firme e argumentativo que prendia a atenção de todos ao seu redor. Seu vestido tomara-que-caia destacava suas curvas elegantes, e sua presença parecia irradiar uma luz própria, atraindo todos os olhares na sala. Enquanto a observavam, as pessoas não c