— Senhor...
Foi a voz de Fábio que o trouxe de volta à realidade.
Papai, ao se recompor, deu um chute em Fábio, que estava ao seu lado.
— Trate de se livrar desses ratos agora mesmo!
— Será que você combinou isso com ela? Trouxe esses ratos e um cadáver de não sei onde para me assustar.
Fábio estava com uma expressão de injustiça, e eu também fiquei sem palavras.
O mordomo Fábio, ao contrário de Patrícia e outros, era apenas um empregado obediente, que nunca se metia em assuntos que não eram da sua conta.
— Senhor, isso é uma injustiça, a Srta. Débora realmente está aqui. Foi o senhor mesmo quem trancou a porta do depósito, e eu só abri agora.
Infelizmente, as explicações de Fábio não abalaram a teimosia de papai, que ainda apontava para o depósito com descrença e raiva.
— Débora não pode estar morta, isso é falso.
— Ela deve estar tentando fugir sem admitir seu erro.
— Espere, eu vou encontrá-la, e vou quebrar suas pernas.
Eu ri ao ouvir o que papai dizia, girando ao redor dele, mesmo