Numa noite qualquer, Isaac bebia sem parar, agarrado ao copo mesmo depois de vomitar.
Larissa, com os olhos inchados de tanto chorar, tentava convencê-lo com a voz embargada:
— Sasa, por favor, não beba mais... Se continuar assim, vai acabar no hospital. Não se destrua desse jeito por causa de uma mulher interesseira que nunca te deu valor.
Ao ouvir isso, os olhos turvos de Isaac clarearam por um instante.
Ele agarrou o colarinho de Larissa com força, a voz ainda trôpega de tanto álcool:
— Interesseira? Ela se casou com... com meu tio só pra me provocar! Depois de mais de dez anos juntos, você acha que eu não entendo o joguinho dela? Só quer que eu corra atrás dela, que eu implore! Quer saber? Vou agora mesmo buscá-la. É só estalar os dedos e ela volta correndo!
Dizendo isso, empurrou a garrafa para o lado e cambaleou em direção à porta.
Larissa mordeu o lábio, contrariada, e o seguiu com relutância no olhar.
O táxi parou em frente à Vila do Litoral Sul, e Isaac digitou o código e entr