O homem que, sem hesitar, comprou cinco quadros por meio milhão de dólares cada, definitivamente merecia uma saudação.
Seria grosseiro ignorá-lo.
Por isso, acompanhada da tia, Marília caminhou até ele.
— Há quanto tempo — cumprimentou Elisabete, sorrindo com familiaridade.
Ficava claro que já o conhecia.
— Não imaginei que um homem tão ocupado como você teria tempo para prestigiar minha sobrinha.
Giano Bosque sorriu levemente.
— Coincidiu com um dia de folga.
O tom dele era tranquilo, sem pressa.
— Esta é minha sobrinha, Marília — apresentou Elisabete.
O orgulho era perceptível em sua voz.
— Uma artista de talento. Todas as pinturas desta exposição são dela.
Marília ficou sem graça com o elogio exagerado.
Suas bochechas esquentaram.
— Tia, não exagera…
Baixou o olhar, um pouco embaraçada.
— Eu só pinto por hobby.
Giano riu.
— Mas há talento, sem dúvida.
Olhou para um dos quadros atrás dele.
Uma pintura de montanhas.
— Esta, por exemplo. Embora retrate montanhas e use tons quentes, tran