Abla Dinis
— Temos que conversar! — Disse profissional.
O quê? Agora que ele não quer agir profissionalmente.
— Não temos nada para conversar.
— Claro que temos, Abla! — Esbravejou retirando os óculos e olhando para mim. Puta merda!! Engoli seco, eu não conseguia desviar meus olhos. Ele olhava-me perigosamente, como se fosse me atacar a qualquer momento. — O que foi? — Questionou com um meio sorriso.
É impressão minha ou a voz dele ficou rouca.
— Na... — Pigarreie tentando controlar minha voz. — Nada!
— Sério? — Se aproximou mais, e eu tentei recuar sem sucesso. É impressão minha ou aqui ficou quente e apertado?
— Sim senhor. — Falei sem gaguejar.
— E se eu a beijar, será que ainda vai ser nada?
O que esse homem quer comigo?
— Você não fará isso, eu não permiti que me tocasse.
— Verdade... Bem, façamos o seguinte, eu só a beijarei quando me pedir, e quando isso acontecer, minha linda, eu a devorarei toda.
O quê? Esse homem quer destruir a minha mente.
— Por que está fazendo isso?