Muito tempo se passou até que Patrick estivesse mais calmo. Apesar de desolado , apesar da dor que ele carregaria no coração pelo resto da vida , teve que se acalmar para cuidar da parte burocrática e dar um enterro digno a sua esposa.

3 dias depois da morte de Bela ele voltou ao hospital e foi levado ao berçário. Conheceria Pillar , aquele bebê que  fora tão desejado , que a mamãe contava os dias para beijar e carregar , aquela chance lhe foi negada e agora a bebê estava condenada a viver sem o calor materno e tudo por culpa de animais selvagens.

                      Sua dor ainda era muito intensa e ele achou que  não poderia suportar.

- Por que sua mãe foi nos deixar desse jeito Pillar?

                     Lamentou com a pequenininha, beijando docemente a testa do bebê.

                   Com imenso desespero ele começou a se lembrar do velório de Bela . Queria porque queria tirar ela daquele caixão , abraça-la e implorar para que ela não o deixasse. Que revivesse. Então , 1 hora antes da cerimônia fúnebre terminar , ele foi embora, pois tinha certeza de que ficaria louco se assistisse o enterro.

                    Patrick se questionava se seria capaz de cuidar sozinho de uma criança recém-nascida. Seu amor seria suficiente? E a inexperiência?

                     Pillar chorava muito , com certeza era falta do leite materno. Ele levou a menina para a fazenda e saiu para comprar leite, fraudas , tudo que precisava . Mas não voltou. O choque de ter que pisar no local onde sua esposa fora morta , o atingiu de forma brutal. Patrick então saiu vagando pelas ruas , sem destino e desorientado por vários dias, até que recobrasse a consciência e fosse procurar a sogra.

- Patrick. Até que enfim apareceu. Onde estava?

- Por aí.

- Entra!  toma um banho. Você não pode continuar nesse estado.

- Vim buscar minha filha.

- Primeiro vamos pensar na sua reabilitação. Pillar está muito bem cuidada , alimentada e nutrida. Você é que precisa ficar bem antes de leva-la.

- Eu agradeço a senhora.