Quando abri os olhos ela estava lá, parada na janela de seu quarto observando as estrelas. Antes de me aproximar a admirei por alguns segundos; seus cabelos soltos caindo por suas costas e sendo bagunçados pela brisa noturna, a forma com que ela estava perdida em seus pensamentos como se estivesse voando entre aqueles pontos piscantes mentalmente, me aproximei lentamente e sentei ao seu lado despertando-a de seu devaneio.
— Olá. — Ela beijou meu ombro e apoiou sua cabeça ainda olhando para o céu.
— Olá. — Beijei sua testa. — Como você está?
— Estou bem. Só um pouco perdida em pensamentos enlouquecedores! — Ela deu um sorriso meio triste que fez meu coração pulsar de dor.
— Por que? — Falei, confuso e aflito.
— Sabe tenho medo. — Ela me olhou de soslaio.
— Medo