Capítulo 16

O silêncio do quarto pesava mais do que o contrato em suas mãos.

A luz suave que atravessava a cortina mal tocava o rosto de Melissa, sentada na beira da cama de hóspedes. O papel amassado contra o peito parecia queimar. O coração batia acelerado, recusando aceitar o que a mente já sabia: seu destino estava selado por um ano inteiro.

Passou os dedos pela assinatura e sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha.

Um ano… será que suportaria?

Mas um pensamento ainda mais doloroso rasgou o peito:

O que ele deve estar pensando de mim agora?

Será que acredita mesmo nas mentiras que contaram? Será que me enxerga como uma mulher sem vergonha, capaz de brigar por um homem qualquer?

Ela fechou os olhos com força, tentando calar a própria mente.

Ele nem quis me ouvir.

Virou as costas antes mesmo de perguntar se era verdade.

As lágrimas vieram pesadas, até que, exausta, Melissa se deitou. Mas o sono não vinha.

Depois de se revirar algumas vezes, levantou-se em silêncio.

No a