Mais tarde, Grace senta-se à mesa da cozinha novamente, e segura um envelope pardo com seu nome. Preparo o jantar para nós duas. A TV está ligada na sala, e o som escapa para a cozinha, compensando o silêncio entre nós.
Grace parece não perceber, mas nesses dias, esse vazio me deixa uma pilha de nervos, e então jogo conversa fora para disfarçar o silêncio.
— O que acha de pedaços de frango na salada? — pergunto. Ela dá de ombros. — Prefere arroz integral ou branco? — quero saber, mas ela não responde.
— Farei o frango — digo. — Harry gosta de frango. — Mas sabemos que ele não estará em casa.
— O que é isso? — pergunto, apontando para o envelope que ela tem nas mãos.
— O quê? — Grace indaga.
— O envelope.
— Ah — diz ela. — Isto