" O amor é um jogo, e apenas dois podem jogar" Martina Ross teve seu coração quebrado da pior maneira possível, e no pior dia de sua vida. Apartir desse instante ela mata sua antiga personalidade. Durante um tempo ela fez do amor um jogo, onde apenas ela pode ganhar, a cada conquista sua, um coração era quebrado. Quando Brian Blanc aparece na mansão, o objetivo conquista-lá, tentando fazer que a mesma sinta o peso e dores que ela causava em Rapazes, nada saí como o planejado, e Brian acaba apaixonado.
Leer másOlhando para o teto com a mente vazia e o coração cheio de vontades, permito-me viajar entre os corpos celestes fixados nas ripas de madeira.
O barulho ensurdecedor do alarme retira toda a concentração de mim. Desviando meu olhar do teto, levanto da cama com lençóis enrolados em meu corpo, o tecido cobre totalmente meu corpo enquanto caminho até a porta a minha frente.
Assim que entro no banheiro, permito que a coberta, percorra meu corpo abaixo. Meus pés descalços entram em contato com o chão gelado do banheiro, esfrego um por cima do outro tentando mantê-los aquecidos. Com um pouco mais de coragem, sigo até a banheira abrindo o chuveiro de seguida. Parada na fonte de água fria, suspiro profundamente.
Após terminar, enrolo meu corpo em uma toalha branca, usando uma toalha menor, enxugo meus cabelos enquanto caminho de volta ao quarto. Meus olhos dão uma rápida passada pelo relógio pendurado na parede a minha frente, o relógio marca sete e vinte da manhã. Nesse momento percebo o meu atraso.
Quem se importa? Eu não. Olhando para o espelho tento pentear o meu cabelo, apesar do mesmo ser rebelde, hoje facilmente está obedecendo ao pente sem quaisquer dificuldade.
Visto o uniforme da mansão de rubi, a peça é vermelha com algumas malhas pretas e azuis o que o torna bem interessante para um tecido plano, dando assim uma textura agradável, sofisticada e relaxante. Parada entre a cama e o criado mudo, aliso o porta retrato de minha mãe, a foto simples esbanja simpatia e beleza, seus cabelos escuros e longos iguais ao meu estão presos em um coque, atada em seus braços puxando sua blusa de renda estou eu!
— Vamos. — Disse Vanessa entrando no quarto. Batucando o indicador nos livros em seu braço, a mesma demonstra nervosismo. De vez em quando, removia e recolocava os óculos dando sentindo a minha tese.
— Nervosa?.— Questiono. Em um aceno afirmando ela responde. — É só mais um dia comum nessa escola.
— Não. É o primeiro dia de aulas nessa escola, uma escola especial. — Ainda nervosa, Vanessa caminhou até o espelho, rapidamente passou um pente em seus cabelos morenos, condizendo totalmente com sua pele macia e morena. — Por favor, vamos. — Sua voz muda de timbre, súplica é tudo que consigo sentir.
— Tudo bem. — Concordei por fim.
Assim que a enorme porta de madeira é aberta é aberta dando acesso directo ao corredor, a grande movimentação nos corredores é visível, o castanho de suas paredes, ganha vivacidade a cada aluno que atravessa o corredor as presas pisando fundo no piso de madeira.Alguns alunos, subiam e desciam as escadas, enquanto, outros apenas procuravam seus nomes no quadro de avisos.
Caminhamos em silêncio pelo corredor, gargalhadas ecoavam nele, e se você quisesse ouvir os sentimentos mudos, precisava apenas fechar os olhos, facilmente poderia escutar orações, súplicas e principalmente, sentir a tensão em cada um dos alunos.
Do lado oposto, entre as escadas, três alunas sorriam enquanto a mais baixa passava um bato na loira. Ao contrário do resto dos alunos, a três trajavam peças de tom rosado, similares ao uniforme da Mansão. Baixei a cabeça em reprovação.
— Martina. — A loira sorriu. Conheço o trio desde o ano passado. Carla a loira, adora arrumar confusão por coisas fúteis e as outras, a seguiam tal como uma mosca segue uma fruta estragada jogada fora.
— Carla. — Respondi indiferente.
— Não vai dar-nos os parabéns?.— Esmeralda se pronunciou. — Uma antiga amizade na qual botei tanta fé, em tempos antigos, colocaria minha mão no fogo por ela. —Vai ou não?.
Permaneci em silêncio apertando suavemente a mão de Vanessa que se mantinha imóvel a meu lado.
— A educação Martina. — Olívia Disse. Nunca entendi como ela realmente é, tem tudo para ser boa, e se virar sozinha por todos os cantos, mas preferi ficar atrás de Carla.
—Não, ela é mesmo uma malcriada.— Encarando minha face, Carla sorriu enquanto falava. — Esse ano, sua vida vai virar um inferno.
— E, você vai vive-lo comigo. — Provoco.
— Se eu fosse você, não teria tanta certeza nisso. — Esmeralda parou ao lado de Carla. — Você deve-me tantas.
— Queridas. — Provoco, sei o quanto elas odeiam esse apelido. Esmeralda revira os olhos assim que escuta o som da minha voz. — Se alguma de vocês, fizer algo de errado, eu prometo encaminhar cada uma de vocês até a sala de cirurgias plásticas mais próxima da cidade.
— Você fala demais. — Disse Olívia passando para frente, a mesma me encara. Olhando fundo em seus olhos pretos, apenas sinto solidão em sua alma.
— E faço mais ainda. — Sussurrei perto de seus ouvidos. — Se vocês me dão licença, estou atrasada demais.
Puxando Vanessa comigo, atravesso as escadas debatendo com outro corredor. O mesmo se encontra vazio, dando sinal ao nosso atraso. Caminhamos mais apresadas ainda passando por várias portas, finalmente a nossa sala está próxima. A passos largos, alcançamos a Sala D13 a mesma está quase cheia, suas paredes azuis e seu piso branco, reflectem calmaria.
Vanessa passa por mim tomando seu acento na fileira do meio, observo com vagar cada canto da sala, nada muito. A lousa continua ao lado da secretaria do Professor. A arrumação das cadeiras alinhadas em três fileiras dá a sala o espaço necessário para a locomoção. Vanessa, estende a mão indicando um lugar vago, a sigo e sento.
Tomando meu assento, folheio a banda desenhada em minha mesa. A agitação toma conta da sala, alunos correndo em busca de um assento vago, antes da entrada do professor na sala. Um senhor de meia idade entra na sala acompanhado por um jovem.
Toda a atenção da sala, inclusive a minha é virada ao novato pouso a banda desenhada e miro meu olhos directamente no novato. Seus olhos castanhos são capazes de absorver qualquer uma.
— Bom dia, meu nome é Brian. —Disse o novato com um sorriso de canto em seus lábios. Tomei atenção enquanto observava seus gestos, formas e movimentos. A medida que falava suas mãos passavam entre seus cabelos curtos, semi-cacheados castanhos.
As colegas soltaram suspiros demorados enquanto ele falava. Olívia mal conseguia ficar quieta na cadeira, outras abanavam o cabelo, e algumas apenas sorriam. Vanessa olhou para mim e sorriu, retribui seu sorriso.
— Brian, senta aqui.— Pronunciou a Carla dando um leve tapa na cadeira ao seu lado.—Só não senta perto dessa daí.-— Acrescentou aprontando o indicador para mim.
—Eu quero sentar lá— Disse Brian indicando o acento vago ao meu lado esquerdo. Mantive-me calada observando. Nesses momentos lembro de uma frase que, minha mãe vivia repetindo " um bom jogador sabe quando jogar" E esse não era o momento.
— É surdo?.— Carla falou. Brian caminhou até mim sorrindo. — Mas não é possível, alguém com sanidade mental avisa para ele?.— Exaltando a voz, Carla demonstrava estar perdendo a paciência.
— Vocês deviam dar a vossa opinião, apenas quando a mesma for solicitada. — Respondeu Brian deixando todos boquiaberta.
Olívia rugiu, Carla pareceu que viu um fantasma e Esmeralda ficou quieta só observando. Baixei minha cabeça tentando conter o sorriso, retomo minha atenção a banda desenhada enquanto Brian segue os trilhos até seu assento.
- Oi?— Sua voz ecoou para mim. Brian já havia tomado seu lugar.
— Oi. — Disse sem tirar os olhos da Banda desenhada. — Você precisa aprender a escutar.
— Você precisa aprender a olhar para as pessoas, quando estão falando com você. — Retrucou Brian.
— Boas maneiras?.— Questionei.
— Algo do gênero. — As mãos de Brian puxam a banda desenhada que eu segurava de leve. — Quem é você?.— Questionou fechando o livro de animação.
— Alguém que você não precisa conhecer. — Ele sorriu erguendo a sobrancelha.
— Quem tira as conclusões aqui, sou eu.— respondeu me deixando boquiaberta. — E, tire essa máscara de proteção.
— E você. Quem é o Brian?.— Pela primeira vez em toda nossa conversa, direciono meu olhar a ele.
— Brian é Gay. — Falou me fazendo arrelagar os olhos. — É sério. Muito sério.
— Você mente mal. — Respondi.— A verdade tarda, mas chega.
O sinal tocou anunciado o fim de uma aula, que por sinal foi passada sem nenhum professor. No momento seguinte Professor Smith entra na sala carregado de uma maleta e alguns papéis em suas mãos.
Lembranças! Meu corpo cansado deitado na cama coberto pela fina camada do tecido de cima, repousa ao lado da morena de cabelos escuros. Lilly dorme tranquilamente, concretizando um dos meu maiores desejos nesse momento. Entretanto, as lembranças da noite anterior inserem a cada parte desse quarto, trazendo consigo a culpa. Foi fraco a carne, mesmo embebedado não deveria enganar meu coração e meu corpo de tal modo. Entrelaçando meus dedos nas mechas de seu cabelo, Lilly se remexe sentindo o tacto em seus cabelos. Minha mente não para de pensar nela, tudo que fiz aqui eu gostaria de ter feito com ela, talvez seja o poder da culpa, ou simplesmente a saudade transbordando dentro de mim. Removo os dedos de seus cabelos partindo directo a coberta ao seu lado, cobrindo uma parte de seu corpo exposto. A luz do sol invadia a janela sem pudor, cada traço de luz iluminava o local magoando os olhos de qualquer um que se atrevesse a acordar. Apreciar Paris pela manhã é incrível, independenteme
Árvores! Sinto a brisa embalar meu corpo, o arrepio se formar em minha pele, a mata tira o meu suspiro. Suas árvores de diferentes formas e tamanhos, exibindo o seu verde realçam a beleza do local. Olhei entre os arredores em busca de algo familiar. Alguém familiar. Ao longe, distante dos salgueiros inclinados, eu o vi. Sua regata branca exibia seus músculos definidos, seu cabelo cresceu debatendo com suas bochechas morenas. A escuridão daqueles olhos castanhos me fitaram. Apenas um olhar foi suficiente, meu corpo reagiu a ele, a ansiedade, o nervosismo, arrepios, sensações que apenas ele causava em mim. — O que você gostaria de contar. — Sua voz soou juntamente com o murmúrio do vento em minha pele. Com as mãos no bolsos da calça jeans preta, Brian contorce seu corpo no tronco do salgueiro. — Eu gostaria que você estivesse bem aqui agora, e tudo ficaria bem. — Sussurrei. — Eu estou aqui. — Sorriu. Enquanto caminha até mim sinto meu corpo reagir a sua presença, minhas mãos tré
A música soa alta tirando meu sono, aos poucos abro os olhos em busca de um rosto familiar, ou algo que me traga de volta ela. Assim que abro os olhos definitivamente, me apercebo que passei a noite no sofá, Lilly dormiu em minha cama. Ainda não consigo processar o tipo de garota que ela é... tão fora do normal. —Acordou. — Disse Lilly sorrindo. — Com essa música, qualquer um acordaria. — Respondi indiferente. Minha cabeça lateja de tanta dor, coloco as mãos na mesma tentando massagear em fases. A música para, Lilly se mantém no sofá de couro ao lado, seu olhar curioso recaí em mim.Assim que alcanço sua face, pestanejo duas vezes. Seu corpo está coberto por uma camiseta vintage retro, que provavelmente seja minha — Legal. — Suspirei. — A camiseta ficou bem em você. — Tornei a olhar a peça que cobria parcealmente suas coxas. Lilly não é alta, entretanto também não é baixinha, sua altura é média. — Obrigada. — Senti a vergonha carregada em sua voz. — Tomei a liberdade de pedir o
= Martina Ross= Meus dias se tornaram preto e branco, sem nenhuma cor vibrante para devolver a vida. Sem ele. Meu lugar colorido se tornou escuro novamente, as cores que Brian colocou em mim, aos poucos foram se apagando. Eu as apaguei. Tento seguir com a vida e esquecer tudo. Deixar para trás e apenas recomeçar, dar uma nova chance a mim e ao meu coração. Passei os últimos dias repetindo a mesma rotina. Tomar um cappuccino e comer biscoitos amanteigado, em uma cafeteria perto daqui. Ficar lá por alguns instantes transmitia paz, eu poderia observar rostos desconhecidos com diferentes emoções, alguns sorrindo e outros apenas frustrados com a vida. Um lugar funcionando como uma válvula de escape. [...] Acordo com raios de sol iluminando uma parte do quarto, tentar dormir seria impossível, a claridade tirava isso de mim. Com pesar movo meu corpo para fora da cama, olhar para esse qua
= Brian Blanc=Não sei como consigo chegar ao aeroporto internacional a tempo, mas chego.Depois de muita conversa jogada fora, James e Nicolle seguem seu caminho para fora do aeroporto, enquanto eu, bom estou passando pela área da embarcação rumo a França." Depois de passar por essa porta, não tem mais volta" pensei.E aqui estou no avião, com um assento vago ao meu lado, com a mente a mil e o coração vazio. " Porque ela não veio?" Essa pergunta martelava em minha cabeça. Tentando afastar cada lembrança dela em mim, balanço a cabeça algumas vezes. Levanto e caminho pelo corredor revestido a preto em seu piso, o cenário das poltronas é basicamente comum, almofadas e travesseiros fofos para todos.- Desculpe. Você precisa se sentar, estamos prestes a levantar vôo.- Pediu a aeromoça assim que se p
Martina RossUm mês!Um mês se passou desde a briga com o Brian, palavras jogadas fora cortaram mais que uma espada aguçada e afiada. Lembranças da sua existência ainda vagavam pela minha mente.Como? Por que? Eu?Eram tantas perguntas, o único que poderia responder a todas com total certeza, era ele. Infelizmente, depois do ocorrido, dói de todas as maneiras ficar ou sentir sua presença. Achei que ele fosse meu. E se foi meu porque o perdi?Esse período de afastamento, foi marcado por total silêncio. Até o dia, aquele maldito dia. Ainda me lembro, Brian apareceu em meu quarto com rosas em sua mão. Foi horrível, brigas e mais brigas, e no final...no final ele decidiu sumir. Raramente o vejo, mal sei como está sua família.[...]A chuva caia com tanta intensidade, observar as gotas da chuva escorrerem pelo vidral, era algo que me transmitia um
Último capítulo