Martina Ross
Não consigo acreditar nas últimas palavras dele, como alguém ousa em dizer que o medo invade o meu corpo, é necessário não conhecer-me para pensar algo assim. Ainda permanecem vivas suas palavras em minha cabeça. Medo de amar.
Meu medo é não saber amar, lembro-me como ontem, dei tudo de mim para Marcos, mas do que eu mesma podia dar. Ele levou tudo de mim, minhas lágrimas, sensibilidade, e principalmente a capacidade de voltar a sentir borboletas no estômago quando alguém me olha com ternura e desejo. Dois dias. Em dois dias Brian não olha para minha cara, na maioria das vezes em que esbarro nele, Carla é sua companheira. Palavras me faltam para descrever a raiva que sinto de vê-los um grudado no outro.
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A claridade invade o quarto passando pela janela aberta, atravessa a cortina Branca distribuindo feixes de luz pelo quarto. Reviro vezes sem conta meu corpo