Capítulo 48. Murilo.

Aline saiu da sala de parto e Bernadete foi para o quarto fazer companhia a ela. Cheguei perto de Augusto, que veio logo me parabenizar pelo nascimento do meu filho. Meu irmão sempre quis ser pai, e eu sempre achei que ele seria pai antes mesmo de mim. Ele me disse que faltava pouco para colocar as mãos em meu sogro, e com a ajuda do homem que deixamos vivo, seria bem mais fácil. Sempre soube quando ele dizia que seria bem mais fácil, era porque ele iria fazer o prisioneiro falar por bem ou por mal. E Augusto sempre gostou quando a pessoa escolhia a forma mais difícil.

— Filho, quero te pedir perdão novamente por ligar tua vida com a daquele psicopata. — Meu pai falou pegando em meu ombro.

— Pai, o senhor não tem o porquê pedir perdão. Minha vida nunca esteve ligada a dele, minha vida sempre esteve ligada a da minha esposa.

— Cuide bem deles, meu filho.

— Darei minha vida pela deles. — Eu falei o abraçando.

— Espero que não chegue a tal ponto. — Ele disse correspondendo o meu abraç
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