capítulo 28.1

— Não precisa me lembrar dos meus erros, revivo aquela noite todos os dias da minha vida. 

— Você poderia ter ido atrás de mim. — Acabo elevando minha voz enquanto acerto um soco sobre a mesa de vidro fazendo os pratos balançarem. 

— Eu fui Samuel. — Ele se altera, mas logo se acalma. — Eu fui. 

— Pare de mentir. — Rio com ironia. 

— Apenas eu sei o que passei todos aqueles anos, sem dinheiro, quase passando fome, às vezes minha mãe depositava um dinheiro em minha conta, mas na maior parte do tempo me recusava a aceitar sabendo que esse dinheiro era seu — cuspo as palavras irritado. 

— Eu não estou pedindo que me perdoe pelas coisas que fiz, estou pedindo que recomece uma nova vida sem esse sentimento de ódio que te consome todos os dias. Assim poderei seguir em frente sem a culpa que me consome diariamen

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