52. VIAGEM AO TEATRO

VALERIA

Caminhei rapidamente em direção à cama, com o coração apertado no peito, mas suspirei aliviada quando vi seus olhinhos azuis se abrirem, vivo e bem.

— Muito obrigado, senhorita Valeria, por me ajudar no parque — disse com uma voz infantil educada que derreteu meu coração.

O mais triste, dada a minha possível infertilidade, é que sempre amei crianças.

— Não foi nada, pequeno Edward. Só fiz o que qualquer pessoa faria — respondi, sentando-me à beira da cama.

Ele sorriu docemente, e sua mãozinha macia saiu para agarrar a minha, que descansava sobre o edredom.

Ele parecia tão solitário naquele quarto escuro e sombrio. Não precisava passar muito tempo ali para perceber que o filho "defeituoso" não era o favorito.

— Pode abrir as cortinas, por favor? Está muito escuro aqui — pedi à criada, e por um segundo senti Edward apertar minha mão. Mas, ao olhar para ele, parecia tranquilo e logo relaxou.

As pesadas cortinas se abriram, e a luz do sol inundou o amplo quarto.

De repente, lembre
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