Capítulo Três

-Não não! Não faça nada, senão terei que matar um deles. Qual você quer que eu mato primeiro?

        Depois de algumas horas, Dominic já impaciente com seu parceiro, chama-o para a sala.

-Acho que a matei, esta sem respiração, na empolgação deixei meu antebraço no pescoço dela e não esta respirando mais.

-Deixe eu ir lá ver - Fala Dominic.

-O que você fez com a mulher, esta toda roxa e braço quebrado, ela esta morta.

-Nãoooo, seus monstros! - Gritam a família.

        Damian levanta-se e tenta ir em cima dos dois, mais leva um tiro na perna e cai, as crianças chorando muito chamam por ele, e pela mãe desesperadamente.

-Calem essas bocas. Henry! Amordaçam-as-Ordena Dominic- Agora temos que matar a todos, viram nossas caras não podem descreverem a gente para a polícia. Mais primeiro me tragam a menina para o outro quarto.

-Por favor não, ela é um anjo - Suplica Damian.

-Cale essa boca!

        Dominic da um chute em sua mandíbula, e leva a garota para o quarto com a mesma gritando pelo pai. Onde o mesmo escuta seus gritos de dor, sendo estuprada por um dos presidiários.

Depois de horas de agonia, e terror da família, Dominic e Henry discutem sobre o que fazer com eles, e chegam em uma conclusão que não é legal para eles deixarem todos vivos.

James o garoto, vê uma das janelas próximo a ele aberta, e resolve enquanto os foragidos estão de costas, pular a mesma para pedir ajuda, apesar que não moram ninguém pelas imediações. Assim foi feito, rapidamente foge, não dando chance aos marginais.

-Atira, atira! - Ordena Dominic

-Acho que acertei, mais entrou na floresta, os bichos irão comer ele, não vai muito longe.

-Henry! Traga a menina.

-Papai! Ele me machucou, está doendo muito- Diz em lágrimas e com dores sua filha Alyssa.

-Meu Deus! O que vocês fizeram, destruíram uma família, não precisava nada disso, era só pedirem comida e água, nós não iríamos denunciar vocês- Diz Damian.

-Agora já esta feito moço. Temos que ir Henry, mate os dois, o garoto já era.

        Nisso Damian se levanta para atacar Henry, enquanto Dominic pega as roupas do varal. Leva um tiro no peito acertando seu coração. Sua filha Alyssa grita pelo pai, e o vê morrendo olhando para ela. Damian deixa uma lágrima cair em cima de uma folha de carvalho no assoalho da casa. Com a criança em cima do pai chorando o marginal da um tiro em suas costas e vê a criança desfalecer soltando um possível último suspiro.

-Dominic! Tudo esta acabado. Vamos embora, antes que começam as buscas.

-Ok! Veste essas roupas e vamos embora.

-Para onde vamos?

-Cada qual irá pegar seu destino, não podemos ficar juntos, seremos mais vulnerável em dois. Eu vou para Londres, e você escolhe para qual lugar que queira ir.

- Podemos ir junto para Londres, e lá cada um segue seu destino, pode ser? - Pergunta Henry.

-Certo! Vamos o quanto antes, que daqui a pouco a coisa irá feder.

        Depois de duas horas, um milagre acontece. Alyssa se meche por cima de seu pai já falecido, puxa o ar profundamente, e levanta-se devagarinho com dores no ombro.

A bala pegou abaixo de sua clavícula, não acertando nenhum órgão, porém a dor é grande. O sangue vai se esvaindo devagar pelo orifício feito pelo projétil alojado no local. Ela muito fraca vai até ao banheiro, tenta limpar o ferimento amarrando um pano para conter o sangramento. Senta-se num sofá olhando para a cena de terror em sua frente, com muita dores divididas pelo ombro e sua área abdominal. Os olhos vão se fechando caindo num sono profundo. Começa a sonhar com um anjo radiante a sua frente, que o diz:

-Menina! Você é a escolhida para combater as injustiças da Terra. Fará justiça conforme as Leis do plano terrestre, porque no espiritual seus agressores já estão condenados. Seja sempre forte e nunca perca sua fé.

-Mais o que posso fazer? Sou só uma criança!

-O destino já está traçado para você, tudo acontecerá como ele quer, e você ira vencer. Agora acorde meu anjo, e começa a fazer de seu destino, seu grande objetivo. JUSTIÇA!

-Mais, espere!

E o anjo vai desaparecendo com sua luz diminuindo.

        Nesse instante ela acorda, levanta, e vai em direção a sua mãe, conseguindo arrastá-la para ao lado de seu pai. Ela chora, fica alguns instantes rezando para Deus os colocarem em um ótimo lugar.

        Que menina forte, determinada, apesar de seus onze anos. A cabeça da mesma se fecha num só pensamento. JUSTIÇA.

        Ela pega a folha de carvalho que esta com a lágrima de seu pai e guarda-o em seu bolso, tornando-se um símbolo de tudo isso que aconteceu em sua vida, as percas, as dores, o terror que passou com com seus algozes, e a cena de seus pais esticados no chão, onde até poucas horas eram uma família cheia de felicidades, alegria, fé e união. Isso a torna mais forte em suas decisões naquele momento, onde toma uma atitude.

        Um a um, com muita dificuldade, ela leva seus pais para debaixo de uma árvore conhecida pelo nome de Carvalho, árvore esta muito linda, com suas copas bem altas e largas, se tornando quase que um mausoléu, uma cobertura enorme para um eterno descanso. Muitas folhas caídas ao chão, idênticas a que Alyssa tem em seu bolso.

        Cavando sem parar duas covas profundas, uma para cada amor de sua vida, ela coloca com muito cuidado os corpos em seu lugar de descanso. Faz uma oração, jura justiça perante eles. Devagar sendo iluminada pelo luar da lua cheia, vai enchendo os buracos com areia misturadas com folhas de carvalho. Não deixa vestígios que eles estão enterrados ali, as covas ficaram profundas, onde ninguém irá perceber.

        Por trás das árvores alguém fica observando sua movimentação, sem se identificar a ela. Caminha devagarinho para a imensidão da floresta, fazendo com que os gravetos secos se quebrem cada vez que caminha, chamando a atenção de Alyssa. Ela se aproxima e não vê ninguém, voltando para o chalé.

        Horas depois, quase três da manhã, mais revigorada e ainda sentido algumas dores no ombro e na região abdominal, com banho tomado e roupas novas, ela vai embora de casa só com uma mochila, desnorteada e com destino ignorado.

        As sete horas começam a chegar os primeiros policiais para fazerem a troca de turnos no presídio em questão, se deparando com a cena violenta envolvendo seus colegas. Cenas estas com alguns guardas e um e um presidiário mortos dentro da cela. Rapidamente verificam suas pulsações, mais nada podem fazer, a não ser chamarem reforços para uma busca dos assassinos, apesar que a esta hora eles já devem estarem muito longe do local.

        Helicóptero, viaturas, cães farejadores, ambulâncias e uma boa quantidade de policiais, todos no local do presídio. O Comandante começa a traçar as rotas para as buscas dos fugitivos dando início sem perca de tempo. Acham o chalé dos Evans, porém totalmente abandonado e limpo, sem marcas de sangue ou qualquer vestígios do que aconteceu anteriormente

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