Fernanda
Assim que chegamos no hospital, sequer olho para Pietro e imediatamente abro a porta, descendo do carro. Com passos largos sigo para a recepção da ala da emergência, afim de ter notícias sobre a minha mãe. Ao chegar, sou atendida por uma mulher de meia idade, que me diz que o médico que atendeu a minha mãe me atenderá em breve. Agradeço e me afasto, ficando de pé em frente à janela. Pietro a todo instante ao meu lado, mas não dizia mais nada, afinal, nesse momento nada que ele fizesse ou dissesse mudaria minha postura. Nossa separação é um fato, e não mudará.
Após alguns minutos, um homem alto, aparentemente com a mesma idade do Pietro, vestido de branco se aproxima e vai logo dizendo:
— Familiares da paciente Celina Gusmão.
Corro e erguendo uma das mãos, logo falo:
— Aqui doutor, sou filha da paciente. Como minha mãe está? — pergunto aflita e Pietro se aproxima ficando ao meu lado
— Sua mãe está no CTI... — ao ouvir isso solto um grito e em seguida coloco as mãos na boca