Na rua escura e deserta, a chuva caía forte e incansavelmente, não havia ninguém perambulando pelo local, com exceção de um ser que observa ao seu redor com astúcia e um olhar afiado, sobre um prédio próximo.
Em um beco a poucos metros dali o observador percebe uma sombra se mexendo furtivamente pela escuridão, o qual se moveu mais rápido, e o observante o reconheceu como o alvo que esperava.
Levantou-se e foi silenciosamente em direção ao alvo, não se escutava barulho algum, a não ser o da chuva. Os cabelos negros e compridos do rapaz estavam ensopados, quase formando um obstáculo para sua visão, mas isso não importava para ele, pulou em frente o fugitivo assustando-o. Era um homem magro, baixo, de pele morena, olhos fundos, cabelos curtos e esbranquiçados, suas roupas estavam sujas, rasgadas e seu cheiro de esgoto indicava por onde o velho havia vindo.
O fugitivo olhou para seu interceptor completamente intimidado pelo seu porte alto, os olhos azuis glaciares, os cabelos negros e levemente compridos escondendo parte do rosto, mas ele não deixava transparecer o medo que sentia, começou a pensar em como fugiria daquela situação incomoda, mas precisava de um pouco de tempo.
— Ora, ora, que encontro inesperado meu amigo, um rapaz tão jovem não deveria andar sozinho a essa hora da noite! — indagou o homem rindo.
O rapaz encarou-o, porém, nenhuma palavra saiu de sua boca. Tirou um objeto pontudo, afiado e brilhante do bolso, e antes que o velho pudesse reagir, atacou-o acertando seu coração arrancando também um grito desesperado da vítima que, sem a menor chance, tombou ao chão enquanto sua vida se esvaia rápida e dolorosamente.
— Posso dizer o mesmo de você meu... amigo. — disse o rapaz sem um pingo de emoção na voz.
Levantou o corpo m