Vinte

Papai voltou para casa no dia seguinte, o que rendeu o alívio de mamãe, e na cabeça dela tudo estava certo. Mas não estava, na verdade a coisa era mais feia do que eles imaginavam.

Ele estava sendo acusado de desvio de dinheiro. Depois de estudar as acusações e os materiais que comprovavam a culpa do meu pai, percebi que ou o culpado estava disposto a inventar qualquer prova para se safar da culpa, ou meu pai era o culpado.

O promotor do caso descobriu uma conta bancária, em nome do meu pai, a qual tinha movimentação de altos valores de dinheiro da empresa.

— Eu realmente não sei o que aconteceu! — papai disse tomando um café naquela noite.

Era bom vê-lo em casa, mas eu não me sentia mais tranquila. Se eu não pudesse provar sua inocência, teria que reviver a mesma cena do dia anterior.

— Eu nunca tive acesso a essa conta, nem sab

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