A manhã seguinte ao jantar desastroso (e revelador) com Kael encontrou Tobias em um estado de ansiedade febril. A ideia de ter "dois filhos" pairava sobre ele como uma nuvem carregada de chuva.
A promessa impulsiva de Kael em querer conhecê-los significava que a farsa precisava de mais do que uma narrativa; precisava de rostos, vozes, a prova viva da mentira. A única solução, por mais absurda e arriscada que fosse, envolvia os sobrinhos de Zenon, Jade e Sud.
Tobias ligou para Zenon assim que chegou à clínica, pulando qualquer formalidade. "Zenon, precisamos trazer os meninos. Hoje."
Do outro lado da linha, Zenon suspirou. "Eu imaginei. Tobi, tem certeza disso? Envolver as crianças... é um passo a mais na loucura."
"Não temos escolha!", Tobias respondeu, a voz tensa. "Kael quer conhecê-los. E rápido. É a única maneira de sustentar essa nova camada da mentira. Por favor, Zenon. É pela causa... pela causa do Kael. E agora pela causa de não sermos descobertos."
Zenon hesitou