Capitulo 4

-Trent acho que eles não vão falar-disse o Daron e eu revirei os olhos.

-E por que acha isso?-perguntei

-Pelo simples fato que a Demétria queria esconder tudo de você, não acha que não pediria o mesmo aos pais?-perguntou e eu respirei fundo, provavelmente ela devia ter feito isso mesmo.

-Eles não vão poder recusar meu pedido-Disse olhando para a estrada, alguns minutos depois, estacionei em frente a casa dela, era enorme, com varias janelas, quando ela dizia que se sentia sozinha não era para menos, era enorme a casa, nos descemos e o porteiro me barrou.

-O senhor é?-perguntou.

-Trent, Trent Maddox e Daron Distrin-disse e ele falou no interfone.

-Pode entrar-disse o mesmo e nos entramos, a casa era realmente imensa.

-Trent, Daron? Bom revê-los-disse o senhor carlos- podem vir aqui n meu escritório-disse e o Seguimos, ele sentou atrás da cadeira e na sua mesa estava a foto da Demi quando pequena, era a coisa mais angelical que eu tinha visto-Ela é encantadora desde pequena-disse ele seguindo meu olhar.

-Sim realmente-disse e quando fui falar com ele diretamente, eu congelei, era minha mãe naquele porta retrato- Conhece aquela mulher?-perguntei atônito, ele se virou e me olhou estranho.

-Claro é Eva minha cunhada irmã da minha mulher-disse e eu congelei, não pode ser.

-Eva Maddox?-perguntei e ele me olhou estranho.

-Sim Eva Maddox, como sabe?-perguntou e o Daron me olhou estranho.

-Eva Maddox era minha mãe-disse ele me olhou confuso- ela morreu com 30 anos, depressão-disse e ele pareceu surpreso.

-Como o mundo é pequeno-disse ele tirando os óculos- Jesus você é o pequeno Trent-disse e eu comecei a cair na realidade, Demétria era minha prima.

-Demétria é minha prima, ela está gravida de mim, somos parentes de primeiro grau, a criança pode nascer com grave deficiência-disse para ele e o mesmo suspirou.

-Meu rapaz, vou te contar algo que ninguém sabe-disse ele serio e olhou em volta- Demétria não é minha filha-disse e aquilo foi outro baque.

-Ela sabe disso?-perguntei

-Não-disse ele suspirando- Demi é filha da Eva-disse e minha pressão parecia cair.

-Está de brincadeira-disse o Daron- Trent transou com a própria irmã?-perguntou ele e eu quase vomitei, isso não podia estar acontecendo.

-Não, não-disse o Carlos e nós os olhamos- Trent você não é filho da Eva-disse e aquilo foi outro choque.

-Poderia me explicar essa história?-perguntei e ele suspirou.

-Antes de me casar com Lucia, Eva tinha se relacionado com um cara tranqueira, ela engravidou da Demi, teve depressão pós parto, Lucia cuidou dela e da Demi, porém esse cara já tinha um filho-disse e eu suspirei.

-Eu-disse e ele assentiu.

-Te deixou com a Eva, é isso que eu sei da história-disse ele, e eu suspirei, eu era abandonado dos dois lados.

-A história está errada-disse a Lucia aparecendo atrás de nos.

-Lucia-disse o Carlos e ela parecia cansada, e os olhos cansados.

-Eva te criou, você pertence a minha família-disse ela- Quando peguei Demi era para me redimir-disse ela suspirando- Quando tinha 15 anos engravidei de Trenton Maddox-disse e olhei para o Carlos e o mesmo parecia não sabe disso- Eu fugi, me escondi dele pois ele era pobre, meus pais não aceitaram isso-disse e eu engoli seco-Ele queria muito ter você Trent, ele era um ótimo lutador de box-disse secando as lagrimas que escorriam, quando percebi estava chorando- Então Eva apareceu-disse ela olhando para foto- Eva amava Thomas, ela era minha melhor amiga, tinha condições precárias, e meus pais em ato de desespero lê concederam um acordo, que ela ficasse com a criança e teria uma salario para você e para ela-disse e ela me olhou- 8 anos depois ela engravidou, quando fiquei sabendo pensei que era de Trenton, mais era do melhor amigo dele-disse e ela riu- Antes de Eva morrer ela me disse que Trent ainda me amava, mais esperava que eu fosse atrás dele, mais eu não fui, você foi levado pelo conselho e consegui pegar a Demi antes que fosse levada-disse e ela secou as lagrimas- e todos os dias que olhava para aqueles olhinhos azuis me lembrava do monstro que eu fui, em deixar meu bebê-disse e ela me olhou- Olhe você Trent, é a cara do seu pai-disse e eu solucei.

-Algum dia se quer pensou em que fim eu tinha levado?-perguntei com ódio.

-Todos os dias da minha vida-disse ela com dor- Imaginava onde meu pequeno Trent andava, até ver você no hospital e quase cai para trás-disse ela- você não tem nada meu Trent, você é inteirinho seu pai, quando te vi tive a certeza que você tinha alguma coisa a ver com ele, e no final o destino fez uma piada de mau gosto comigo, meu menino se apaixonou pela minha menina-disse ela e eu sequei as lagrimas.

-meu pai ainda é vivo? Como tenho o sobrenome dele?-perguntei e ela sorriu.

-Não sei nada sobre ele desde que Eva morreu, assim que te entreguei a ela, ele te reconheceu em cartório junto a eva, porém anos depois desapareceu no mapa-disse ela e eu olhei para frente- Querido não quero que me perdoe-disse e senti ela se aproximar- A demi está neste endereço-disse ela me entregando um papel e eu a olhei- Não faça a mesma besteira que sua mãe fez, não deixe esse amor tão bonito morrer como fiz o meu e o do seu pai morrer, eu sempre amei seu pai, mais escolhi um rumo infeliz para minha vida, vá atrás dela, lute por ela, seja lá o que tenha acontecido-disse ela e eu a olhei, seus traços delicados, mais seus rosto demonstrava idade, ela estava enganada, tinha muito dela em mim, mais não iria admitir isso agora, me levantei e ela me olhou.

-Não posso te perdoar agora-disse a olhando- só me de um tempo para entender tudo isso-disse e ela assentiu.

-Antes de ir quero que leve isso-disse e ela tirou uma foto e me entregou, e lá estava ele, com os cabelos negros e um sorriso de lado, seus olhos eram verdes vivos, o cabelo caiam escorrido pela a testa, estava com luva de box em suas mãos, ele só não tinha barba igual a mim, mais eu realmente era a cara dele, virei e tinha uma frase escrita com uma letra caprichada.

"Para minha Lucy, que nosso amor nunca morra"

Lucy, suspirei e olhei para ela.

-Eu vou atrás da minha Lucy-disse e ela sorriu, não podia ter o mesmo destino que meu pai, e nem dar o mesmo desgosto para Demi, eu ia lutar por ela.

Narração da Demi

-Eu não acredito gente-disse sorrindo e querendo chorar, meus alunos tinham comprado roupinhas de bebes e varias coisas e colocado em um cesto e me entregado- Como sabiam que era menino? Perguntei sorrindo.

-Vitor nos avisou assim que você saiu do ultrassom- disse uma das aulas e eu olhei para ele sorrindo.

-Garoto levado-disse e todos riram, o sinal bateu e agradeci a cada um pelo presente, tinha roupa para dar e vender.

-Agora o meu presente-disse ele com as mãos para trás e eu sorri, ele tirou a mão de tras e lá estava um body preto, escrito AC/DC em vermelho, eu ri e o olhei.

-Vitor ele vai amar-disse rindo.

-Sei que vai, esse menino vai ser o maior pegador-disse e eu ri.

-Não sei o que seria de mim sem você sabia-disse e ele sorriu.

-Magina-disse eu sorri, ele pegou o meu cesto e nos saímos.

-Não vejo você com outras meninas, por que?-perguntei e ele me olhou.

-Eu sou da pegada romântica-disse ele e eu ri- Gosto de uma menina, mais não sei se ela gosta de mim-disse ele.

-Quem é?-perguntei e ele olhou em volta e as suas bochechas coraram.

-Ela a de óculos lendo livro-disse ele e eu procurei, e la estava ela, tinha cabelos pretos, usava um óculos de armação preta, estava concentrada em seu livro, ela lembrava muito eu nessa idade.

-Por que não vai falar com ela?-perguntou e ele voltou a andar.

-Pelo simples fato que ela me deve ver como um babaca-disse e eu o olhei.

-Por que?-perguntei

-Por que sou bonito-disse e eu ri.

-Talvez se conversasse com ela, antes de arrumar essas conclusões ai-disse e ele riu.

-Vamos vai deixa de papo-disse e saímos indo direto para o bar, chegando lá o Gabriel me espera.

-Parabéns mamãe-gritou ele e os velhos que sempre ficavam no bar- É menino-disse e todos gritaram e eu ri.

-É o nosso próximo rockstar que vem ai-disse o Carlão gritando.

-Trouxemos presentes-disse e eu ri, assim como o vitor, eles me deram Body de bandas de rock, do batman , supermen e etc.

-Vocês são demais-disse rindo.

-E antes que a senhorita reclame, hoje vai ser seu dia de folga-disse o Gabriel- Sem mais-disse e eu ri.

-Tudo bem chefinho, não vou reclamar-disse e ele riu, me ajudou com as coisas no carro e ficou do meu lado- Bem vou ir para casa entçao-disse e ele me olhou.

-Demi ... preciso te dizer algo-disse ele serio e eu o olhei.

-pode dizer Gabriel-disse para ele e o mesmo suspirou.

-Eu, estou sentindo algo por você que vai além da amizade-disse ele se aproximando.

-Gabriel-disse para ele.

-Sei que ainda ama aquele cara, mais pense bem você poderia dar um chance para você mesmo, para seu filho-disse ele tocando meu rosto e eu fechei os olhos.

-Não sei se estou pronta para isso-disse e ele sorriu.

-Estarei aqui quando tiver certa disso-disse ele e se aproximou, seus lábios tocaram os meus suavemente, em um dança doce, seu beijo era bom, mais não bom que nem o do Trent, ele terminou e sorriu saindo, eu apenas suspirei, não conseguiu ir para frente, senti um chute na minha barriga.

-Hey garotão-disse e ele chutou de novo- possesivo que nem o pai-disse rindo, fui para casa e fiquei a tarde toda arrumando o quarto do Travis, quando chegou a noite a Alysson veio para cá e ficamos conversando e vendo filme a chuva cai forte lá fora e fazia frio.

-Sabe preciso de um namorado-disse ela e eu ri- Preciso de um calor humano do sexo oposto-disse e nos rimos.

-VocÊ vai achar alguém legal aly-disse para ela.

-Como se eu tenho o dedo podre-disse eu ri, fomos interrompida por um estrondo.

-O que foi isso?-perguntei

-Acho que foi trovão-disse ela e ouvi de novo.

-Não parece alguém na porta-disse me levantando, quem era o louco de sair nessa chuva, abri a porta e tudo ficou branco, na minha frente estava ele, Trent, todo molhado os lábios roxos e tremia como um louco- Jesus entre-disse o puxando e ele entrou e logo atrás o Daron que estava na mesma condição que ele.

-Demi?-perguntou a Alyson e ela parou- Ual encontro dos deuses?-perguntou ela.

-Alyson vá com o Daron para banheiro e ligue na agua quente ele ta gelado-disse e ele olhou para ela de cima a abaixo e sorriu.

-Será um prazer-disse se tremendo e todo roxo.

-Vai logo-disse o empurrando e ela levou ele, eu puxei o Trent para o quarto do bebe, liguei o aquecedor que tinha comprado, e tirei todas a toalhas possíveis, comecei a tirar a roupa dele, ele estava pior que o Daron- O que deu na sua cabeça sair nessa chuva-disse o secando e coloquei o aquecedor no ultimo, assim que tirei as roupas dele, deixei apenas com a sua cueca, sequei o máximo que pude e o enrolei no meu coberto, ele olhou em volta e me olhou.

-Achei você-disse ele tremendo e eu apertei mais o cobertor e volta dele.

-É achou, fique quietinho-disse secando o cabelo dele, estava ficando preocupada, ele estava muito gelado.

-Lucy-disse ele e eu o olhei- Sua barriga está linda-disse e lagrimas surgiram nos olhos dele, merda eu iria chorar mais ainda, ele parecia cansado, mais nada que tirasse sua beleza, como eu sentia falta desse olhar sobre mim.

-Trent-disse segurando o rosto dele que começava a tomar a cor normal.

-Não minta para mim-disse ele me olhando- O Daron me contou tudo-disse entre os dentes- O nome do meu pai era Trenton-disse ele e eu o olhei.

-Agora sabemos o por que de Trent-disse e ele sorriu ainda tremendo um pouco- Então ficara feliz em saber que a linhagem irá continuar-disse e ele me olhou confuso, peguei sua mão e coloquei a mão sobre a minha barriga, e por incrível que pareça ele chutou, o Trent me olhou e eu sorri- Nosso menino é travesso-disse e ele sorriu.

-Menino?-perguntou com os olhos cheios.

-Travis-disse e ele sorriu.

-Parece com o meu nome-disse ele e eu sorri.

-Eu sei-disse colocando a mão no seu rosto e o mesmo fechou os olhos.

-Temos muito que conversar-disse ele.

-Tudo bem, mais agora, vamos ficar aqui-disse e ele assentiu e me olhou.

-Nunca mais você vai fugir de mim minha Lucy-disse ele encostando a sua testa na minha e eu suspirei, sinceramente, nem queria

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